sábado, maio 03, 2008

Ancestral humano ou simplesmente macaco?

O ancestral antigo mais próximo do homem moderno era significativamente mais parecido com macaco do que crido anteriormente, descobriu um professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York. Uma reconstrução feita por computador pelo Dr. Timothy Bromage, paleoantropólogo e professor adjunto de Biomatérias e de Ciência Básica e Biologia Crânio-facial, mostra um crânio de 1,9 milhão de anos de idade [sic] pertencente à espécie Homo rudolfensis, o membro mais antigo do gênero humano [sic], com um crânio surpreendentemente pequeno e mandíbula distintamente protuberante, características comumente associadas com membros mais parecidos com macacos da família hominídea que viveram há uns três milhões de anos [sic].

As descobertas do Dr. Bromage questionam a extensão na qual H. rudolfensis diferenciava das espécies hominídeas mais antigas e mais parecidas com macacos. Especificamente, ele é o primeiro cientista a produzir uma reconstrução do crânio que questiona a representação do ancestral direto mais antigo do homem moderno do renomado paleontólogo e arqueólogo Richard Leakey como tendo uma característica facial vertical e um cérebro relativamente grande ― uma interpretação amplamente aceita até agora. [Grifo meu.]

Na imagem acima, à esquerda está a reconstrução do Dr. Richard Leakey mostrando uma característica facial vertical num crânio de um humano primitivo de 1,9 milhão de anos [sic]. À direita, a reconstrução simulada por computador do Dr. Timothy Bromage mostra o mesmo crânio com uma mandíbula distintamente protuberante. O Dr. Bromage usou as linhas verdes e vermelhas para comparar a localização dos olhos, ouvidos e boca que devem estar em relação exata um com o outro em todos os mamíferos.

A reconstrução do Dr. Bromage também sugere que os humanos desenvolveram um cérebro muito maior e uma face mais vertical com uma mandíbula menos saliente e dentes muito menores pelo menos 300 mil anos [sic] mais tarde do que comumente crido, talvez tão recentemente há 1,6 milhão a um milhão de anos atrás [sic], quando duas espécies posteriores, H. ergaster e H. erectus viveram. O Dr. Bromage apresentou suas descobertas na sessão científica anual da Associação Internacional de Pesquisa Dental em New Orleans.

O crânio fragmentado que o Dr. Bromage reconstruiu foi descoberto originalmente no Quênia, em 1972, pelo Dr. Leakey, que o reconstituiu manualmente e o datou em aproximadamente três milhões de anos, um cálculo revisto para 1,9 milhão de anos por cientistas que descobriram mais tarde problemas com a datação.

"O Dr. Leakey produziu uma reconstrução enviesada baseada nas expectativas errôneas preconcebidas da aparência humana antiga que violavam os princípios do desenvolvimento crânio-facial", disse o Dr. Bromage, cuja reconstrução, em contraste, mostra uma mandíbula nitidamente protuberante e um cérebro menor do que a metade do tamanho de um cérebro de humano moderno. Essas características tornam o crânio do humano primitivo de 1,9 milhão de anos de idade mais parecido com aqueles dois hominídeos arcaicos parecidos com macacos, o Australopithecus e o primitivo Paranthropus, que viveram bem antes em pelo menos 3 milhões e 2,5 milhões de anos atrás [sic], respectivamente.

Dr. Bromage desenvolveu a sua reconstrução de acordo com princípios biológicos que sustentam que os olhos, os ouvidos e a boca devem estar em relação exata uns com os outros em todos os mamíferos. "Porque não empregou tais princípios, o Dr. Leakey produziu uma reconstrução que não poderia ter existido na vida real" [!], concluiu o Dr. Bromage.

(EurekAlert)

Nota: Pelo menos alguém resolveu explicar como são feitas as reconstruções de fósseis de antigos "hominídeos". Mas a explicação deixa em situação constrangedora uma tradicional evidência da evolução humana: o trabalho previamente aceito do Dr. Leakey. A pesquisa do paleoantropólogo Bromage reforça o ponto de vista de que o modelo gradualista da evolução humana é artificial. Mas alguém leu isso na mídia brasileira?[MB]