sexta-feira, maio 02, 2008

Ancestral teimosamente desconhecido

Em seu blog Desafiando a Nomenklatura Científica, o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, Enézio E. de Almeida Filho, chama a atenção para um fato nem sempre admitido pelos evolucionistas e pela mídia secular em geral: a frágil evidência a favor da suposta ancestralidade humana.

"Atenção alunos do ensino médio: de volta às aulas, não se deixem enganar sobre a evolução humana conforme descrita nos seus livros-textos de biologia – eles não apresentam essa questão cientificamente objetiva, próximo de uma verdade científica e isenta de subjetividade ideológica", denuncia o ex-ateu e atual militante do DI. "O que você encontra ali é mais uma das 'estórias do faz-de-conta' do naturalismo filosófico. Desonestidade acadêmica, pois não é educação, é doutrinação no materialismo filosófico mascarado de ciência!"

Enézio cita Constance Holden ("The Politics of Paleoanthropology", Science, pág. 737, de 14 de agosto de 1981):

"O campo da paleoantropologia naturalmente excita interesse por causa de nosso próprio interesse nas origens. E, porque as conclusões de significância emocional para muitos devem ser tiradas de evidência extremamente insignificante, freqüentemente é difícil separar o pessoal das disputas científicas que estão grassando na área. [...]

"A principal evidência científica é uma pequena disposição de ossos desprezíveis com os quais se constrói a história evolutiva do homem. Um antropólogo comparou a tarefa com aquela de reconstruir a trama de Guerra e Paz [de Leon Tolstoi] com 13 páginas aleatoriamente selecionadas. Os conflitos tendem a durar mais tempo porque é tão difícil encontrar evidência conclusiva para mandar um pacote de teoria" (grifo acrescentado).

Enézio afirma que, por serem tão esparsos e difícil interpretar esses dados, Richard Lewontin, zoólogo evolucionista da Universidade de Harvard, disse que é difícil identificar os fósseis que podem ser aceitos universalmente como ancestrais diretos da espécie humana:

"Quando consideramos o passado remoto, antes da origem da espécie verdadeira do Homo sapiens, nós nos deparamos com um registro fóssil fragmentário e desconectado. Apesar das afirmações alvoroçadas e otimistas que têm sido feitas por alguns paleontólogos, nenhum fóssil de espécies hominídeas pode ser estabelecido como nosso ancestral direto. [...]

"As formas mais antigas que são reconhecidas como sendo hominídeas são os fósseis famosos, associados com ferramentas de pedra primitiva, que foram descobertos por Mary e Louis Leakey no desfiladeiro de Olduvai e em outros locais na África. Esses fósseis de hominídeos viveram mais de 1,5 milhão de anos atrás [sic] e tinham cérebros metade do tamanho do nosso. Eles certamente não eram membros de nossa própria espécie, e nós não temos nem idéia se eles estavam em nossa linhagem ancestral direta ou apenas numa linhagem paralela de descendência parecendo com o ancestral direto" (LEWONTIN, Richard C., Human Diversity, Scientific American Library, New York, 1995, pág. 163).

Nota: Na minha opinião de criacionista, Adão ainda é uma boa opção...[MB]