sexta-feira, maio 02, 2008

Apocalipse já

Na matéria de capa desta semana – “Os sinais do Apocalipse” –, a revista Veja afirma que “já começou a catástrofe causada pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trinta ou quarenta anos. A ciência não sabe como reverter seus efeitos. A saída para a geração que quase destruiu a espaçonave Terra é adaptar-se a furacões, secas, inundações e incêndios florestais”. E adverte: “O tema central desta reportagem não é a previsão de mau tempo no futuro, ainda que este seja um de seus destaques. O que se lerá aqui diz respeito, sobretudo, ao impacto do aquecimento global que já se faz sentir no mundo atual e como teremos de aprender a viver com isso. A primeira coisa que precisa ser aprendida é como conviver com a fúria da natureza injuriada. De acordo com um levantamento da Organização das Nações Unidas, em 2005 ocorreram 360 desastres naturais, dos quais 259 diretamente relacionados ao aquecimento global. O aumento foi de 20% em relação ao ano anterior. No início do século XIX, de acordo com alguns historiadores, dificilmente havia mais de meia dúzia de eventos de grandes dimensões em um ano. No total, foram 168 inundações, 69 tornados e furacões e 22 secas que transformaram a vida de 154 milhões de pessoas.”

A reportagem relaciona o que chama de as “seis pragas do aquecimento”: o Ártico está derretendo, os furacões estão mais fortes, o Brasil na rota dos ciclones, o nível do mar subiu, os desertos avançam e já se contam os mortos (a Organização das Nações Unidas estima que 150 mil pessoas morrem anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados diretamente ao aquecimento global. Em 2030, o número dobrará).

“Irreversível?”, pergunta a matéria. “Muitos cientistas começam a acreditar que as mudanças climáticas chegaram a um ponto de não-retorno. Esse fenômeno leva agora o nome de tipping point, termo em inglês popularizado como título de livro por Malcolm Gladwell, escritor badalado de Nova York. Em ciência, significa o momento em que a dinâmica interna passa a encarregar-se de uma mudança iniciada previamente por forças externas. Em vários aspectos já cruzamos o limite sem volta. A limpeza da atmosfera é tarefa para gerações. O degelo nas regiões polares está além do tipping point. Obviamente, como conseqüência do volume de água do degelo, os oceanos continuarão a subir. O aquecimento dos mares alimentará novos furacões, aumentando a capacidade destrutiva desses fenômenos meteorológicos.”

São dados realmente alarmantes, mas que não surpreendem os que conhecem as profecias bíblicas. Isso tudo significa que a volta de Jesus se aproxima e que devemos nos preparar para esse evento mais do que para as conseqüências do desastre ambiental.