quinta-feira, maio 01, 2008

Bíblia: a Palavra de Deus (experiência pessoal)

Richard Dawkins, biólogo ateu e inimigo declarado dos criacionistas, escreveu que crer nos milagres relatados na Bíblia é coisa para mentes infantis (cf. Em Defesa da Fé, pág. 75). Mas ele não é o único a lançar dúvidas sobre a inspiração divina das Escrituras. Isso lamentavelmente acontece mesmo entre alguns que se dizem cristãos. Mas uma experiência pela qual passei na última semana fez-me ver, uma vez mais, como esse "pessoal" está errado.

Minha esposa, Débora, e eu estamos estudando a Bíblia com uma família de um bairro humilde de Tatuí. É maravilhoso acompanhar a mudança que vem ocorrendo na mãe e no garoto de 12 anos. Na verdade, considero essa uma das mais gratificantes experiências que nos são concedidas neste mundo: levar as boas-novas da salvação em Cristo às pessoas que desejam conhecê-Lo.

No último sábado, aconteceu algo diferente. A dona da casa havia convidado uma amiga para participar do estudo bíblico. A moça freqüenta um centro espírita e disse que se fosse a uma igreja evangélica os "espíritos" retirariam a "bênção" que lhe concederam: a cura dos desmaios aparentemente ocasionados pelo diabetes.

O tema de nosso estudo, naquela tarde, foi a Nova Terra e a recompensa dos remidos. Quando pedi que a Adriana - esse é o nome da moça - lesse o primeiro texto bíblico, ela não conseguiu sair da primeira frase. Simplesmente "travou". Por mais que tentasse, não conseguia ler. Dali para frente, de vez em quando, abaixava a cabeça enquanto eu falava. A Débora chegou a perguntar se ela estava bem. "Sim, estou", foi a resposta.

Minutos depois, pedi que a Adriana lesse I Coríntios 2:9, e ela leu o texto assim: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para os espíritos."

Achei aquilo estranho, já que o verso termina dizendo "o que Deus tem preparado para os que O amam". Mas prossegui com o estudo.

Mesmo com toda a minha racionalidade, fruto da leitura (da infância até hoje) de livros científicos, era inegável a existência de uma realidade sobrenatural interferindo naquele estudo. Senão, como explicar esse fenômeno ou mesmo a experiência pela qual passei pouco antes de me tornar adventista, e que está relatada no primeiro capítulo do livro E Deus Nos Uniu?

Depois de fazer a última oração, pedindo a bênção de Deus para aquela família e, principalmente, para a Adriana, nos despedimos.

No caminho para casa, a Débora comentou comigo: "Isso me prova, mais uma vez, que a Bíblia é a Palavra de Deus. Fosse ela um livro comum, a Adriana certamente não teria problemas com a leitura."

A despeito do medo que a Adriana tem de desapontar os "espíritos", notei que é mais uma filha de Deus que quer conhecer Sua Palavra e encontrar a verdadeira liberdade. Quando pedi que minha filha de 4 anos, a Giovanna, declamasse João 3:16, notei que lágrimas rolavam pelo rosto da Adriana.

Se você também crê que Deus é poderoso e amoroso o bastante para cumprir todas as Suas promessas, por favor, inclua a Adriana em suas orações.

Michelson Borges