segunda-feira, maio 05, 2008

Colisão no espaço acabou com os dinossauros?

Uma grande colisão ocorrida há 160 milhões de anos [sic] no espaço pode ter iniciado o processo que levou à extinção dos dinossauros, de acordo com um estudo de cientistas americanos e checos. Um "engavetamento" de asteróides causou a colisão que lançou fragmentos pelo sistema solar, e um deles mais tarde se chocou contra a Terra iniciando um processo que acabou com os dinossauros. Outros fragmentos caíram na Lua, em Vênus e em Marte, criando grandes crateras. O estudo, feito com modelos de computador, foi noticiado na revista Nature.

"Nós acreditamos que há uma ligação direta entre esse acontecimento, a chuva de asteróides que ele produziu e o impacto muito grande que ocorreu 65 milhões de anos atrás que, acredita-se, acabou com os dinossauros", afirmou Bill Bottke, do Southwest Research Institute, no Estado americano de Colorado.

Vários estudos foram feitos sobre o que parece ter sido um aumento na quantidade de choques de asteróides contra a Terra nos últimos 100 ou 200 milhões de anos [sic]. Os incidentes quase dobraram.

Bottke e seus colegas tentaram mostrar que esse aumento provavelmente foi provocado pela fragmentação de uma rocha de 170 quilômetros de diâmetro no cinto de asteróides entre Marte e Júpiter há cerca de 160 milhões de anos.

A fragmentação, induzida por uma colisão com uma rocha no espaço que tinha a metade de seu tamanho, criou um grupo de rochas visíveis hoje e que são conhecidas como a família Baptistina, dizem os pesquisadores.

Os pesquisadores fizeram um modelo da evolução desse grupo e concluíram que ele perdeu muitas das suas rochas, que mergulharam no interior do sistema solar.

A análise mostra, de acordo com os cientistas, que um grande fragmento da colisão provavelmente criou a cratera de Tycho, de 85 quilômetros de diâmetro, na Lua, há 108 milhões de anos [sic].

E é ainda mais provável que um fragmento ainda maior tenha provocado uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro, Chicxulub, no que é hoje a Península de Yucatán, no México. Este é o sinal de impacto que muitos cientistas ligam à extinção em massa dos dinossauros.

"Esses fragmentos começara a vagar pela região onde a Terra e a Lua estão localizadas e, na verdade, tantos foram liberados que se tornou quase inevitável que alguns maiores atingissem os planetas do interior do sistema solar", disse Bottke.

A análise química do material projetado ligada ao aparecimento de Chicxulub também associaria o objeto de impacto ao tipo de rochas que formam a família Baptistina.

(BBC Brasil)

Colaboração: Fernando Machado

Nota: No livro Uma Breve História da Terra (SCB), o geólogo Dr. Nahor Neves de Souza Jr. descreve a teoria da “grande catástrofe”. Nahor conta que nas seis missões do Projeto Apollo (1969 a 1972), desenvolvidas pela Nasa, foram coletados mais de 380 kg de amostras de solos e rochas da superfície da Lua. Quando os cientistas analisaram as amostras retiradas das crateras de impacto, perceberam que todas tinham a mesma “idade”. A conclusão mais provável é a de que os impactos de meteoritos na Lua ocorreram praticamente todos ao mesmo tempo. Ou seja, a Lua foi vítima de um gigantesco e violento episódio, conhecido como o “grande bombardeamento”, que, na verdade, afetou todo o Sistema Solar.

Há muitas evidências de que a Terra também passou por um tremendo bombardeamento de meteoritos no passado, só que aqui existem as intempéries que acabam mascarando ou mesmo eliminando as marcas de impacto. Uma cratera famosa dessas está no deserto do Arizona e tem 175 metros de profundidade. Só no Brasil, são reconhecidas cerca de dez estruturas de impacto. A maior, com 40 km de diâmetro, é a de Araguainha, no limite sul de Goiás-Mato Grosso. Outra está localizada na região sudoeste da Grande São Paulo, além do bairro de Santo Amaro; é o Astroblema de Colônia, que tem 3,6 km. Para Nahor, o mesmo fenômeno que causou os impactos na Lua pode ter atingido a Terra. Talvez possa ter havido um planeta entre Marte e Júpiter (onde está o Cinturão de Asteróides). Se por algum motivo ele explodiu, isso explicaria muito bem (assim como essa nova teoria da colisão espacial) esse bombardeamento de meteoritos e até mesmo os cometas. Apenas um meteorito provavelmente não seria capaz da destruição causada na Terra e nem responderia pela existência de tantos fósseis no mundo inteiro (para um ser vivo ser fossilizado ele tem que ser rapidamente soterrado por lama). Mas pense numa enxurrada de meteoritos caindo em terra e mar. Os que caíram na terra acabaram rachando a crosta, dando origem aos deslocamentos de placas tectônicas (e fazendo jorrar as fontes do "abismo"), aos terremotos e aos derrames de lavas. Os que caíram em mar poderiam gerar tsunamis de centenas de metros de altura, varrendo os continentes e destruindo tudo pela frente, cobrindo as mais altas montanhas de então e sepultando quantidades incríveis de rochas, plantas e animais - talvez isso explique o evento bíblico do Dilúvio.

Não se pode esquecer de que isso é apenas um modelo. O Dilúvio, sem dúvida, foi um evento sobrenatural, resultado da intervenção direta de Deus. A arca, segundo a descrição bíblica, era uma embarcação bastante resistente, calafetada com um tipo de resina, mas não seria capaz de resistir por si só à catástrofe. Certamente ela teve que ser protegida por Deus.

Mas essa nova suposição da colisão no espaço não deixa de ser interessante. Os pesquisadores ainda chegam lá...[MB]