sexta-feira, maio 02, 2008

Colunista dogmático e generalista

Volta e meia, o colunista de Veja André Petry se aproveita de sua coluna (verdadeira torre de marfim) para destilar seu ódio contra aqueles que ele chama de “fundamentalistas religiosos”. Na edição de 28 de fevereiro, seu artigo traz o título “Sexo, não. Câncer, sim”, e afirma que é um “desvio típico do fundamentalismo religioso” o “fato” de as pessoas que têm fé não se contentarem em viver segundo seus dogmas; “precisam que a humanidade inteira o faça”.

Petry faz vista grossa à lista de atividades levadas avante pelas organizações religiosas em favor dos menos favorecidos (tema curiosamente quase sempre ausente na mídia). E parece ignorar o fato de que a imensa maioria dos cidadãos de fé é constituída de gente honesta, ordeira e respeitadora. Não é justo que ele condene todos os crentes pelo fato de haver aqueles que não concordam com a utilização de preservativos ou vacinas anti-HPV. O que a Bíblia ensina é a pureza e a fidelidade na vida, incluído aí o aspecto sexual. Que mal há nisso? Para os de mentalidade cético-liberal, como Petry, isso significa “fundamentalismo”.

O colunista acusa os crentes de querer impor seus dogmas a toda a humanidade. Mas o que quer ele, com sua coluna de opiniões também tão dogmáticas? A postura dele é semelhante à do cético que é cético quanto a tudo, menos com o ceticismo.

Nota: Enviei esse pequeno comentário para a Redação de Veja. Mas duvido que seja publicado. O mais comum é que seja ignorado, como já aconteceu com tantas mensagens que enviei para eles. Torço para estar equivocado desta vez.