quinta-feira, maio 01, 2008

Evolucionistas questionam o evolucionismo

Nem tudo está perdido. Apesar de a imprensa popular (e mesmo científica) e dos meios acadêmicos quererem, com insistência quase proselitista, dar a idéia de que o evolucionismo não é uma "casa dividida" e de que não há dúvidas quanto às bases do darwinismo, algumas vozes ousadas entre os evolucionistas, e que não se privam do direito de pensar livremente, admitem as "insuficiências epistêmicas" do darwinismo. Eis alguns exemplos mencionados no blog Desafiando a Nomenklatura científica:

“Toda a panóplia da terminologia neodarwinista reflete um erro filosófico, um exemplo do século 20 de um fenômeno que foi bem designado por Alfred North Whitehead como: ‘a falácia da concretude colocada no lugar errado’. A terminologia da maioria dos evolucionistas modernos não é apenas falaciosa, mas também perigosa porque leva as pessoas a pensar que eles sabem sobre a evolução da vida quando na verdade eles estão confusos e desnorteados.” Lynn Margulis e Dorion Sagan, "Acquiring Genomes: A Theory of the Origins of the Species", pág. 29 (Basic Books, 2003).

A edição de 3 de março de 1998 do journal Trends in Ecology and Evolution contém interessante relatório especial sobre um workshop patrocinado pela NASA chamado “Evolução: Um Ponto de Vista Molecular”.

Muitos dos ‘grandes nomes’ em pesquisa sobre a origem da vida estavam presentes e muitos pontos de vista interessantes foram discutidos. As autoras do artigo destacaram:

“Sherwood Chang abriu o programa com uma cautelosa advertência de que qualquer cenário canônico para a progressão passo a passo para a origem da vida ainda é ‘uma ficção conveniente’. Isto é, quase não temos dados para apoiar as transições históricas da evolução química para os monômeros prebióticos, polímeros, enzimas replicantes, e finalmente as células.” Laura F. Landweber and Laura A. Katz, “Evolution: Lost worlds”, in Trends in Ecology & Evolution, vol. 13, págs. 93 e 94.

Leslie Orgel é um renomado cientista especialista em origem da vida. Parece que os nossos melhores autores de livros-texto de Biologia do ensino médio e superior ainda não se deram conta de que o assunto continua do mesmo jeito que Darwin deixou – uma mera especulação (não é ciência) de que a vida surgiu num pequeno "laguinho quente" de elementos químicos e mais bilhões de anos.

"Eu não consigo acreditar nesta santa ignorância dos autores dos livros didáticos, pois um deles mais aberto e dado ao diálogo confidenciou a este escriba que eles trocam idéias sobre essas questões polêmicas e controversas", escreveu Enézio de Almeida Filho, em seu blog "Desafiando a Nomenklatura científica". "Quer dizer", continua ele, "eles estão muito bem informados sobre estes assuntos polêmicos. Por que não abordam isso nos seus livros?"

O eminente especialista da área disse:

“Na minha opinião, não existe base conhecida em química para a crença de que longas seqüências de reações possam se organizar espontaneamente – e toda razão para acreditar que elas não podem. O problema de alcançar a especificidade suficiente, seja em solução aquosa ou na superfície de um mineral é tão grave, que a chance de se fechar um ciclo de reações tão complexa quanto o ciclo reverso do ácido cítrico, por exemplo, é insignificante.” Leslie Orgel (1998), "The origin of life - a review of facts and speculations", Trends in Biochemical Sciences 23: 491–495.

Os eminentes pesquisadores citados acima não são os únicos a questionar o evolucionismo. Leia a matéria abaixo e comprove:

Mais de 500 cientistas doutorados proclamam suas dúvidas acerca da teoria de Darwin

Mais de 500 cientistas doutorados assinaram uma declaração que expressa publicamente seu ceticismo acerca da teoria contemporânea da evolução darwiniana. A declaração diz: “Somos céticos das afirmações defendendo a capacidade da mutação casual e seleção natural para explicar a complexidade da vida. Deve-se incentivar um exame cuidadoso da evidência em prol da teoria darwiniana.”

A lista dos 514 signatários inclui cientistas membros da Academia Nacional de Ciências da Rússia e dos EUA. Os signatários incluem 154 biólogos, a maior disciplina científica representada na lista, bem como 76 químicos e 63 físicos. Os signatários têm doutorados em ciências biológicas, física, química, matemática, medicina, ciência da computação e disciplinas relacionadas. Muitos são professores ou pesquisadores em importantes universidades e instituições de pesquisas tais como o MIT, o Instituto Smithsoniano, a Universidade de Cambridge, a Universidade da Califórnia em Los Angeles, a Universidade da Califórnia em Berkeley, a Universidade de Princeton, a Universidade da Pensilvânia, a Universidade Estadual de Ohio, a Universidade da Geórgia e a Universidade de Washington.

O Instituto Discovery publicou pela primeira vez sua lista de Dissidência Científica contra o Darwinismo em 2001 para desafiar falsas declarações sobre a evolução darwiniana feitas na promoção da série “Evolution”, transmitida pelo canal PBS. Na época a série afirmava que “virtualmente todos os cientistas do mundo crêem que a teoria é verdadeira”.

“Os darwinistas continuam a afirmar que nenhum cientista sério duvida da teoria. Contudo, aqui estão 500 cientistas que estão dispostos a tornar público seu ceticismo acerca da teoria”, disse o Dr. John G. West, diretor associado do Centro de Ciência & Cultura do Instituto Discovery. “Os esforços dos darwinistas para usar os tribunais, os meios de comunicação e os comitês acadêmicos para suprimir a dissidência e reprimir o debate estão na verdade inflamando mais dissidência ainda e inspirando mais cientistas a pedir sua inclusão na lista.”

De acordo com West, foi o crescimento rápido no número de dissidentes científicos que incentivou o Instituto a lançar um site (www.dissentfromdarwin.org) para dar à lista um lugar permanente. O site é a resposta do Instituto à demanda de informações e acesso à lista por parte do público e de cientistas que querem que seus nomes sejam acrescentados à lista.

“A teoria da evolução de Darwin é o grande elefante branco do pensamento contemporâneo”, disse o Dr. David Berlinski, um dos signatários originais, que é matemático e filósofo científico no Centro de Ciência & Cultura do Instituto Discovery. “A teoria de Darwin é volumosa, quase completamente inútil, e objeto de veneração supersticiosa.”

Outros signatários proeminentes incluem o Dr. Philip Skell, membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA; o Dr. Lyle Jensen, membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência; o Dr. Stanley Salthe, biólogo evolucionário e autor de livros escolares; o Dr. Richard von Sternberg, biólogo evolucionário do Instituto Smithsoniano e pesquisador do Centro Nacional de Informações de Biotecnologia dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA; o Dr. Giuseppe Sermonti, editor da Rivista di Biologia, a mais antiga revista do mundo sobre biologia ainda em circulação; o Dr. Lev Beloussov, embriologista da Academia de Ciências Naturais da Rússia.

(LifeSiteNews.com; para conferir a lista completa, clique aqui)