sexta-feira, maio 02, 2008

A hipótese da origem genética

Num artigo publicado em 1994, intitulado "Our Cheating Hearts" [Nosso coração enganoso], a revista Time observou que, segundo os psicólogos evolucionistas, "às vezes e sob certas circunstâncias, é 'natural' tanto para o homem como para a mulher cometerem adultério". O artigo argumentava que os seres humanos são geneticamente predispostos ou programados para serem infiéis ao seu cônjuge. Se esse for o caso, como poderia alguém ser responsabilizado por seus atos? Afinal de contas, o desejo de infidelidade não seria realmente uma questão de decisão pessoal, mas simplesmente de genética. Essas perspectivas do tipo "genético" estão se tornando cada vez mais populares, justificando os vários tipos de comportamentos outrora considerados imorais.

No entanto, "como podem os psicólogos evolucionistas estar tão seguros assim?" A revista Time responde a sua própria pergunta: "Em parte, a fé deles está baseada na totalidade dos dados fornecidos pela biologia evolucionista". Aqui parece estar o ponto crucial da questão – a fé!

Ainda que seja verdade que os seres humanos nasçam com uma natureza pecaminosa, e que cada indivíduo tenha certas tendências e predisposições pecaminosas, a questão é: no que ou em quem depositamos nossa "fé"? Está firmada em hipóteses evolucionistas ou a fundamentamos no Deus da Bíblia, que deseja e é capaz de nos transformar em novas criaturas em Cristo (II Coríntios 5:17)? Acreditamos nas especulações espúrias que afirmam que nossos genes determinam o modo como vivemos? Ou cremos no poder do evangelho que é capaz de transformar aquele que aceita a Cristo Jesus (Romanos 1:16)?

Um número crescente de cientistas reconhece a verdade de que, apesar dos genes contribuírem para os traços de personalidade, eles não os determinam totalmente e nem ditam as escolhas que fazemos. John Ratey, neuropsiquiatra da Universidade de Harvard, declarou recentemente: "Os genes não fazem um homem gay, violento, gordo ou um líder. Genes simplesmente produzem proteínas... Nós, seres humanos, não somos prisioneiros de nossos genes e nem de nosso meio. Temos liberdade de escolha."

Em síntese, nascemos no pecado sim, e com tendências para o mal. No entanto, temos o poder de escolher fazer o que é bom e tornar-nos vencedores através do Espírito de Deus (ver Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 21:7 etc.).

Ron du Preez, Dr. Ministérios pela Universidade Andrews; Th.D. pela Theological Ethics, Universidade da África do Sul.