domingo, maio 04, 2008

Mais um elo perdido perdido

Você se lembra da especulação transformista dos dinossauros com penas dando origem às aves? A agência de notícias France-Presse acabou de anunciar (23/05/2007) que tais penas nunca existiram! A teoria de que os dinossauros deram origem às aves acabou de sofrer um revés muito sério pela pesquisa de paleontólogos que examinaram a evidência crítica de um fóssil chinês − Sinosauropteryx − do tamanho de um peru, que teria tido penas primitivas, e apoiava a teoria da origem das aves a partir de dinossauros.

Os pesquisadores liderados pelo professor universitário sul-africano Theagarten Lingham-Soliar, da Universidade de KwaZulu-Natal publicaram o estudo no Proceedings of the Royal Society B: as “protopenas” eram realmente estruturas tipo babado nas costas daqueles animais.

O debate focaliza no Sinosauropteryx, fóssil encontrado em 1994 por um agricultor na província de Liaoning, nordeste da China. Essa região é pródiga em tesouros escondidos do período do Cretáceo Superior, uns 130 milhões de anos atrás [sic]. O dinossauro carnívoro de cauda era coberto de fibras que os pesquisadores chineses disseram serem penas primitivas.

Embora as “penas” não fossem nitidamente capazes de voar, a existência delas apoiava uma teoria primeiramente ventilada nos anos 1970 de que as aves evoluíram de dinossauros. Como resultado, uma noção outrora esquisita se tornou o conceito aceito pela maioria para o surgimento das aves. Mas, quando os pesquisadores examinaram um espécime de Sinosauropteryx recém-descoberto, também de Liaoning, chegaram a conclusões muito diferentes.

Quando examinaram o fóssil sob um poderoso microscópio, os pesquisadores disseram que as duas estruturas ramificadas, chamadas de raques com barbelas, são na verdade os resíduos de um babado de fibras de colágeno que passava pelas costas do dinossauro da cabeça à cauda.

“As fibras mostram uma semelhança surpreendente com a estrutura e níveis de organização do colágeno da derme”, o tipo de filamentos elásticos duros encontrados na pele de tubarões e répteis modernos, disseram os pesquisadores.

As fibras têm uma estrutura de contas tipo rosário incomum, mas isso muito provavelmente foi provocado por uma torcedura natural dessas contas, e o ajuntamento delas provocado por desidratação, quando o dinossauro morreu e os seus tecidos começaram a secar.

As fibras duras podem ter sido um tipo de armadura para proteger o pequeno dinossauro de predadores, ou talvez tivesse um uso estrutural ao enrijecer a sua cauda.

A primeira ave conhecida é o Archaeopteryx, que viveu cerca de 150 milhões de anos atrás [sic]. O que está perdido são os elos entre o Archaeopteryx e as outras espécies que mostrariam como que ele evoluiu. Mas o registro fóssil é frustrantemente pequeno e incompleto [desde o tempo de Darwin eles põem a culpa no registro fóssil] e é por isso que o debate [que eles teimam dizer na mídia que inexiste] tem sido tão acalorado [ué, mas não é para ser um debate objetivo e equilibrado vez que por mentes somente guiadas pela razão?].

A teoria de que as aves descendem de dinossauros é baseada na idéia de que em pequenos dinossauros, que ganharam uma vantagem ao desenvolverem os hábitos de comer plantas, cresceram penas para se manterem quentes e alçarem às árvores para se protegerem.

Dali foi um passo relativamente pequeno para que esses dinossauros bípedes e carnívoros com pés de três dedos desenvolverem habilidades de vôo, e depois a capacidade de voar.

A equipe comandada por Lingham-Soliar não discorda dessa teoria, mas eles estão perplexos pelo o que consideram ser um salto imprudente a conclusão de que o Sinosauropteryx tinha todas as protopenas importantes, muito embora esse dinossauro esteja filogeneticamente bem distanciado do Archaeopteryx.

Lingham-Soliar disse que a evidência apoiando as penas primitivas não tinha investigação séria. “Não há uma única representação próxima da estrutura integumental considerada como protopena”. Considerando-se que a evolução da pena é um momento de grande importância na história da vida, “rigor científico é exigido” [é preciso pedir isso dos cientistas?], disse ele.

(Desafiando a Nomenklatura Científica)