quinta-feira, maio 01, 2008

Maria-vai-com-as-outras na ciência

O darwinismo é a ideologia que define e perpassa toda a nossa realidade. É o darwinismo qua ideologia que dá o tom em nossa cultura. E não se pode cantar nem dançar em outro tom. Contestar Darwin-ídolo é ser considerado portador de "pensamento desviante", "herege", "crente da Terra plana", "não sabe fazer ciência", etc.

Como ciência, a teoria geral da evolução darwinista está cheia de buracos, igual a queijo suíço - alguns deles são tapados rapida e regularmente pelos "guarda-cancelas epistemológicos". Esta inusitada operação "tapa-buracos" ficou bem caracterizada pela declaração ousada, abusada e comprometedora de Niles Eldredge sobre o comportamento de seus colegas paleontólogos durante cinco décadas:

"Nós preferimos uma tácita aceitação coletiva da história da mudança adaptativa gradual, uma história que se fortaleceu e se tornou mais aceita quando a síntese [neodarwinista] se estabeleceu. Nós paleontólogos temos afirmado que a história da vida apóia esta interpretação, sabendo realmente o tempo todo que ela não apóia." [Citado in R. Augros e G. Stanciu, The New Biology (1987), pág. 175].

Trocado em miúdos: nós cientistas não seguimos as evidências aonde elas forem dar, mas seguimos cega e obedientemente o "consenso científico", i.e.: nós somos "soldadinhos de chumbo"!

Quando os cientistas fazem ciência apoiando-se cegamente nessa "tácita aceitação coletiva"’ (o chamado "consenso científico" que eu chamo de "síndrome de maria-vai-com-as-outras") em detrimento da verdade científica das evidências, eles não estão mais fazendo ciência, mas a defesa escancarada de uma ideologia que posa como ciência – o materialismo filosófico que eles confundem com sendo a metodologia naturalista.

No inconsciente coletivo, os cientistas são tidos como pessoas de espírito livre, de alçarem vôos com pensamentos inovadores, polêmicos e até controversos. Eles poderiam até ser realmente mais livres e criativos, se a KGB da Nomenklatura científica não impedisse que esses espíritos livres voassem mais livremente com suas idéias e teorias inovadoras.

O darwinismo tem se mostrado exímio e insensível castrador epistêmico. Cruz credo!

(Enézio E. de Almeida Filho, no blog www.pos-darwinista.blogspot.com)