sexta-feira, maio 02, 2008

O “smorgasbord” epistêmico darwinista

A teoria geral da evolução é um verdadeiro “smorgasbord” epistêmico. Como nos restaurantes da Suécia, o “smorgasbord” é a variedade de opções de pratos que alguém tem para se servir.

Como a teoria geral da evolução é apresentada como FATO nos livros-texto e na Grande Mídia internacional e tupiniquim, e que não há crise na teoria, eis aqui o cardápio epistêmico disponível para ser escolhido conforme o gosto de cada freguês:

Posição A: A teoria neodarwinista ortodoxa (a microevolução pode ser extrapolada em macroevolução) é uma explicação satisfatória da história da vida desde o primeiro ser vivo até à emergência dos humanos. Aqui temos alguns problemas fundamentais não resolvidos e muitos detalhes que precisam ser preenchidos, mas a teoria continua em boa forma e não precisa de alterações ou adições importantes (Dawkins, Futuyma, Simpson, J. Huxley). Essa posição é ensinada como CONHECIMENTO CIENTÍFICO e até como FATO nos livros-texto, museus e outras instituições.

Posição B: A teoria neodarwinista ortodoxa é satisfatória somente no nível “micro”, e não explica o surgimento de novos planos corporais ou outras inovações evolutivas importantes. Algo realmente novo, talvez um mecanismo macromutacional ou até mesmo uma nova lei física, é necessária para produzir uma teoria macroevolutiva satisfatória. Sem dúvida que a ciência vai encontrar eventualmente esse mecanismo, mas a ciência ainda não o encontrou (Goldschmidt, Grassé, Schindwolf, Gould [algumas vezes] e Stuart Kauffmann [algumas vezes]).

Posição C: Os organismos contêm informação irredutível, significando que a informação não é explicável em termos de leis físicas e/ou acaso. Portanto, a teoria neodarwinista é inadequada (exceto no nível micro) de tal modo que não pode ser consertada. Essa é a posição do Design Inteligente.

Posição D: A ancestralidade comum, embora inicialmente atraente como hipótese, não é a explicação verdadeira para o padrão de classificação (pelo menos nos níveis taxonômicos mais altos). Os supostos ancestrais comuns para o filo animal, por exemplo, nunca existiram. A evidência da biologia do desenvolvimento, supostamente um apoio importante para a tese do ancestral comum, na verdade o enfraquece. Isso não é notado na ciência porque a ancestralidade comum é axiomática e por isso nunca é questionada. Se alguém considerar a ancestralidade comum apenas como uma hipótese e não como uma dedução inescapável da existência de grupos naturais, há bastante razão para duvidar de que a hipótese seja verdadeira (Paul Nelson e Jonathan Wells).

Sirvam-se. O “smorgasbord” da teoria geral da evolução está à mesa há quase 150 anos e ainda permanece uma mirabolante especulação de Darwin que a natureza se recusa apoiar...

[Apoiado nos ombros de um gigante: Phillip E. Johnson, professor-emérito de Direito da Universidade de Califórnia–Berkeley, que certa vez disse: “Eles vão colocar na minha lápide – ‘Ele não entendia nada de ciência’”.]

Enézio E. de Almeida Filho, no blog Desafiando a Nomenklatura Científica.