Ao ler a matéria de capa da revista Terra deste mês – “A morte por atacado” –, não pude deixar de pensar em Lucas 21:11: “Haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu.”O artigo de Paulo D’Amaro afirma que “pandemias como a que pode resultar da gripe aviária são um legado da domesticação dos animais, da exploração das florestas e do contato cada vez mais freqüente entre os seres humanos”. Dá conta, também, de que quase uma dezena de doenças – como cólera, malária, febre amarela, ebola, meningite, gripe aviária, dengue hemorrágica e outras – ameaçam virar epidemias hoje.
O mal que o ser humano faz à natureza está sendo devolvido. A degradação ambiental nos coloca em contato com vírus, bactérias e outros organismos que estavam escondidos nas áreas selvagens. Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos e outros medicamentos está criando uma geração de micróbios super-resistentes. E o texto da Terra conclui: “Seja nas granjas da China, nas florestas do Congo, seja nas fazendas do meio-oeste dos Estados Unidos, mais cedo ou mais tarde um micróbio mortal deve passar para um homem. E dele para outros.”
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Michelson Borges
