sexta-feira, dezembro 12, 2008

Benefícios da Expiação

(Escrevi este comentário da Lição da Escola Sabatina desta semana para o site Escola no Ar) O verso principal da lição da Escola Sabatina desta semana (Hebreus 7:25) afirma que Jesus “pode salvar “totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. A palavra traduzida do grego como “totalmente” em algumas versões significa “completamente”, “plenamente”, “cabalmente”, “para sempre”, “perpetuamente”. Segundo o Comentário Bíblico Adventista, os estudiosos estão divididos quanto ao significado mais apropriado, mas admitem que ambos são verdadeiros, pois Cristo salva completamente e também pelo tempo todo.

Certa vez, dei estudos bíblicos para um jovem que tinha “aprontado todas”. Sua vida anterior de pecados e futilidade lhe martelava a consciência. No dia em que lemos esse texto de Hebreus, ele estampou um sorriso e me perguntou:

– Então quer dizer que Jesus pode salvar qualquer um totalmente?

– É o que o texto inspirado diz.

– Até eu?

– Sim, se você quiser.

Então expliquei que o texto diz “pode” porque Jesus nunca força Sua vontade sobre a nossa e respeita nosso livre-arbítrio.

Perguntei ao jovem se ele queria aceitar a salvação oferecida por Jesus e o completo perdão dos pecados. Com lágrimas nos olhos, ele respondeu que sim. Nos ajoelhamos, oramos e mais uma vez o texto de Hebreus 7:25 se fez real na vida de um filho desgarrado.

Pense nisto: Quanto conforto você encontra ao ler Hebreus 7:25? Já fez a sua entrega hoje?

Domingo - Ressurreição e ascensão

Será que Jesus ressuscitou mesmo? Por incrível que pareça, há muita gente que acredita em horóscopo, no suposto poder das pirâmides e em duendes, mas não acredita nesse fato histórico (leia http://criacionista.blogspot.com/2008/05/ele-ressurgiu.html para conhecer alguns bons argumentos sobre a ressurreição de Jesus). Bem, mas isso importa realmente? Jesus foi um grande mestre, deixou ensinamentos maravilhosos. Isso não basta? Não.

O apóstolo Paulo diz em 1 Coríntios 15:16-18 que, se Cristo não ressuscitou, nossa fé é vã. A morte de Jesus não teria qualquer poder de expiação ou perdão se não tivesse sido seguida da ressurreição. Na verdade, ao ressurgir, Jesus deixou claro que tem poder para cumprir tudo o que prometeu, inclusive a promessa de nos perdoar e salvar completamente.

No ritual do santuário, depois de coletar o sangue do cordeiro numa bacia, o sacerdote entrava no tabernáculo e oferecia esse sangue ali. Tendo isso em mente, dá para entender por que Jesus, logo após Sua ressurreição, disse para Maria Madalena: “Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Meu Pai” (Jo 20:17). Ainda faltava um “detalhe”: Jesus precisava “oferecer Seu sangue” (ou seja, Seus méritos) no santuário celestial e ser aceito pelo Pai. Feito isso, Ele voltou à Terra e, aí sim, pôde ser tocado e abraçado por Seus discípulos e discípulas.

Cristo é a ponte entre a humanidade caída e Deus. Ele ressuscitou com um corpo glorificado, entrou com esse corpo humano no Céu e mantém em Si as marcas dos cravos nas mãos e nos pés. Sua identificação com a humanidade será para sempre. Como Deus-homem que ministra por nós no santuário celestial, Sua mensagem é clara: os humanos arrependidos e convertidos terão pleno acesso ao lar celestial. Ele mesmo é a garantia disso. Ele venceu a morte e o pecado. Ele nos promete essa vitória nEle. E Ele nunca mentiu.

Pense nisto: Que diferença a ressurreição de Cristo traz em relação a outras religiões como o budismo e o islamismo? Que diferença isso faz em sua vida?

Segunda-feira - A intercessão de Cristo e a expiação

Lembro-me de quando cometi um pecado logo após meu batismo. Fiquei desolado. Ao sair do tanque batismal da Igreja Adventista Central de Criciúma, me sentia leve, purificado, santo. Achava que aquela sensação duraria para sempre. Mas, infelizmente, não foi assim. Descobri amargamente que a vida cristã é uma sucessão de tropeços e reerguimentos. Jesus sabia e sabe que a vitória depende de comunhão constante e ininterrupta com Ele, mas que nem sempre fazemos isso e, às vezes, como filhos teimosos, soltamos a mão do Pai para descobrir que o chão é áspero e rala dolorosamente o joelho.

Bondoso como é, nosso Pai não nos deixa de amar porque somos obstinados. Note o que está escrito em 1 João 2:1: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo.”

Como é bom ouvir que sou “filhinho”, mesmo quando dou as costas ao Pai. Como é bom saber que tenho no Céu um Advogado interessado em minha causa – na verdade, Ele morreu por minha causa!

A cruz foi o ponto focal da redenção, mas a continuidade da obra de Cristo por nós é essencial. Hoje Ele continua aplicando os méritos de Sua justiça aos que crêem nEle. “Sem a intercessão de Cristo no santuário celestial, a eficácia da expiação e o poder da cruz não estariam disponíveis aos pecadores. ... Essa intercessão não é um suplemento ao Calvário mas é, de fato, o desdobramento do significado do poder perdoador de Deus”, diz a lição para hoje.

Pense nisto: Que tipo de pensamento sobre Deus lhe ocorre ao pensar que você tem no Céu um Advogado que morreu por você? Como o texto de 1 João 2:1 o ajuda a interpretar o caráter do Pai?

Terça-feira - Intercessão de Cristo no santuário celestial

Um dos textos bíblicos mais carregados de esperança é Hebreus 4:16, que diz: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”

Quando lemos a história de Ester, vemos o tipo de atitude que os reis arrogantes podiam ter naqueles tempos. Mesmo sendo esposa de Xerxes (ou Assuero), a rainha tinha que ter permissão para se aproximar dele! Com Deus é diferente. Podemos nos aproximar de Seu trono de justiça e misericórdia a qualquer momento, com respeito, mas com confiança, pois Ele é nosso Pai.

O texto de Hebreus apresenta a conjunção “portanto”, que significa logo, por conseguinte, conseqüentemente. Mas conseqüentemente ao quê? A resposta está no verso 15: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”

Podemos nos achegar ao trono de Deus porque Ele Se identifica conosco. Jesus sofreu como nós sofremos (na verdade, sofreu muito mais). Jesus sentiu fome, sede, frio, abandono, rejeição, preconceito... Ele conhece nossas lutas e dores. Além de ter nos criado e amado até o fim, fez-Se humano, mantém esse corpo humano e quer que saibamos dessa identificação que mantém conosco justamente para que confiemos em Sua disposição de nos salvar.

Enquanto Ele não vem para nos buscar, aproveitemos este tempo de graça e nos acheguemos ao trono de Deus, confiando na intercessão daquele que nos ama como ninguém mais seria capaz de amar.

Pense nisto: O que você sente quando pensa que há Alguém no Céu que Se identifica com você e intercede em seu favor?

Quarta-feira - Intercessão de Cristo e a preservação da vida

Os deístas pensam que Deus criou o Universo como alguém que dá corda num relógio e depois se afasta. Os cristãos, ao contrário, crêem que Deus, como o bom Pai que é, criou o Universo e o mantém funcionando. Na verdade, somente existimos porque Deus pensa em nós. Já imaginou se a Terra parasse de girar por um instante? Se a distância Terra-Lua fosse alterada? Se a radiação solar fosse duplicada ou reduzida à metade? Na verdade, como disse um cientista, a vida no cosmos equilibra-se constantemente no fio de uma navalha. Sim, porque a manutenção da realidade depende de leis finamente ajustadas.

O que acontece com o Universo, acontece com o corpo humano: “O organismo físico do homem acha-se sob a supervisão de Deus, mas não é como um relógio, que é posto em movimento e deve continuar por si mesmo. O coração bate, pulsação sucede a pulsação, uma respiração segue a outra, mas o ser todo se acha sob a supervisão de Deus. ‘Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus’ (1Co 3:9). Em Deus vivemos, e nos movemos e existimos. Cada batida do coração, cada respiração, é a inspiração dAquele que soprou nas narinas de Adão o fôlego de vida – a inspiração do Deus sempre presente, o grande EU SOU” (Ellen G. White, Medicina e Salvação, p. 9).

E sabe o que é ainda mais interessante, no contexto da graça divina? A bondade de Deus em promover a manutenção da vida não é limitada àqueles que O servem. Cada ser humano neste planeta deve a vida ao Criador, quer admita isso ou não.

Nota: Você já agradeceu a Deus pela vida? Que tal orar agora pedindo que Deus o(a) preserve das más influências deste mundo como preserva seu corpo em vida?

Quinta-feira - A intercessão de Cristo e a obra do Espírito

O Espírito Santo exerce papel fundamental no processo de expiação. Segundo João 16:8, é Ele quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Interessante essa ordem de convencimento. Primeiro, o Espírito trabalha com a nossa consciência a fim de despertá-la para a realidade do pecado e de nossa alienação de Deus. Uma vez conscientes disso, Ele nos apresenta da Justiça, e a Justiça é Cristo (Jr 23:6). Depois, nos sensibiliza para o juízo, a fim de que acordemos para o tempo solene em que estamos vivendo – o dia antitípico da expiação – e recorramos ao Cordeiro.

Sem essa obra do Espírito (o “outro Consolador” que sucedeu Jesus nessa tarefa e que, portanto, só pode se tratar de uma pessoa como o próprio Jesus), a cruz se torna ineficaz, porque de nada adianta haver um meio de salvação se a pessoa nem sequer sente sua necessidade dessa salvação. Como um Deus amoroso, o Espírito quer que nos enxerguemos como realmente somos e olhemos para Jesus como Ele realmente é.

Pense nisto: Você já se deu conta de sua condição desesperançada sem Jesus? Não se esqueça de que tudo é possível nAquele que nos fortalece (Fil 4:13). Inclusive a salvação e a santificação.

Sexta-Feira - Acionar escudos!

Na série clássica de ficção científica Jornada nas Estrelas, quando a nave espacial Enterprise estava sob ameaça de algum ataque ou em perigo de se chocar contra um asteróide, por exemplo, o capitão ordenava: “Acionar escudos defletores!” Uma barreira energética envolvia a espaçonave e tudo ficava bem. Na carta aos efésios, o apóstolo Paulo nos diz que existe também um escudo protetor para os cristãos. Analisando cada item dessa armadura (escudo da fé, cinto da verdade, espada da justiça, etc.), concluímos que ela é, na verdade, Jesus Cristo. Com esse “escudo”, nada temos a temer.

No livro A Ciência do Bom Viver, página 428, Ellen White afirma que, “devido ao pecado, nossa condição não é natural, e deve ser sobrenatural o poder que nos restaura, do contrário, não tem valor”. A única maneira de vencer as forças do mal e os atos pecaminosos consiste em manter comunhão constante com Jesus, nosso escudo. É Ele quem nos dá esse poder sobrenatural para vencer a tentação e manter a pureza num mundo corrupto. Quando soltamos as mãos dEle, iniciamos o caminho descendente que leva à ruína.

Não se esqueça de buscar diariamente na fonte esse poder para vencer. Acione os escudos!

Michelson Borges