quarta-feira, dezembro 03, 2008

Estou com Darwin (nisto) e não abro

Darwin era um homem inteligente e em muitos aspectos mais mente aberta que seus seguidores fundamentalistas de hoje. Em 1859, ele tinha uma política educacional idêntica à esposada pela Educação Adventista e pela Mackenzie:

“Estou bem a par do fato de existirem neste volume [A Origem das Espécies] pouquíssimas afirmativas acerca das quais não se possam invocar diversos fatos passíveis de levar a conclusões diametralmente opostas àquelas às quais cheguei. Uma conclusão satisfatória só poderá ser alcançada através do exame e confronto dos fatos e argumentos em prol deste ou daquele ponto de vista, e tal coisa seria impossível de se fazer na presente obra” (Charles Darwin, A Origem das Espécies, Belo Horizonte, Villa Rica, 1994, p.36 – itálico acrescentado).

Lembre-se de que o jornalista científico da Folha, Marcelo Leite, disse que não dão espaço aos criacionistas naquele jornal e que o Richard “Devoto de Darwin” Dawkins se recusa a debater com criacionistas e proponentes do design inteligente para não lhes dar “verniz de respeitabilidade”. Deviam ler mais Darwin.

“A ciência ultimamente lembra mais a religião do que qualquer outra coisa. Como conseqüência, ela sofre dos mesmo problemas que historicamente afetaram a religião: triunfalismo, arrogância e falta de autocrítica” (William Hurlbut, Folha de S. Paulo, A12, 23 de janeiro de 2006).