sexta-feira, dezembro 05, 2008

Tragédia em SC e aquecimento global

Que a natureza está confusa isso é inegável. Mas também não se pode deixar de notar os interesses que se impõem por trás do fato. A União Européia e o Vaticano faz algum tempo que se engajaram na luta para "salvar o planeta". E o presidente eleito dos EUA, contrariando a política ambiental do atual (e já vai tarde) presidente Bush, vai dedicar atenção especial ao aquecimento global. Essa coalizão já foi chamada de "a maior religião planetária urbana de que se tem notícia". Ninguém nega que a proteção do meio ambiente deva ser uma prioridade das nações e dos indivíduos, mas em clima de medo exacerbado pela mídia fica mais fácil de se praticar a engenharia social e aprovar leis que, de outra maneira, dificilmente seriam aprovadas, como é o caso da lei dominical para que a Terra possa "descansar" um dia por semana. No caso específico de Santa Catarina, é fácil atribuir toda a culpa à natureza. Isso ajuda a desviar o foco das possíveis causas do desastre: falta de uso devido das verbas federais para aumentar e aprofundar a calha do rio Itajaí e fiscalização do desmatamento da Mata Atlântica e da ocupação desordenada dos morros. A natureza tem sua parcela de culpa, mas o pecado não é só dela.

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