quarta-feira, dezembro 31, 2008

Que tipo de cristão você vai ser em 2009?

Gosto de meditar em Êxodo 33:12-23. Se houve alguém neste mundo que manteve comunhão íntima com Deus, esse foi Moisés. O profeta que abandonou as riquezas do Egito falava diretamente com Deus e recebia instruções dEle. Mesmo assim, em certa ocasião, fez um pedido não muito comum ao Criador: pediu para conhecer Seus caminhos e para ver-Lhe o rosto. Como ainda vivia numa condição pecaminosa, num corpo mortal, é claro que Moisés não podia ver a Deus. Mas o bondoso Criador "deu um jeito" e permitiu que Seu filho O visse pelas costas. A lição profunda desse texto bíblico é a de que não podemos nos contentar com pouco quando o assunto é a vida espiritual. Sempre devemos querer mais de Deus.

No livro Vida Plena de Poder (CPB), Jim Hohnberger afirma que a prova de fogo do verdadeiro cristianismo e do caráter ocorre na privacidade. "É na maneira como trato meus filhos, minha esposa ou meu cachorro. São os pensamentos que acalento e as emoções a que dou guarida que determinam se minhas práticas religiosas estão me fazendo algum bem em termos de salvação. Se estou empurrando a mim mesmo por aí sem nenhum poder real, então a religião que pratico não merece o nome que ostenta."

Isso me lembra a declaração contundente de Ellen G. White: "Ou somos cristãos decididos de todo o coração, ou nada somos" (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 26).

Leia Gálatas 6:7-9 e faça a seguinte pergunta para si mesmo: O que quero semear para 2009? Semearei para a carne ou para o Espírito?

1. Que tipos de livros você leu ou deixou de ler neste ano?
2. Que tipos de programas assistiu na TV?
3. Que tipos de amizades cultivou?
4. Que tipo de relacionamento manteve com seu cônjuge e filhos?
5. Como foi sua relação com a Bíblia e a igreja?

Quando estava na faculdade, o famoso evangelista John Wesley escreveu uma carta para a mãe dele pedindo que ela lhe desse uma descrição clara do pecado. Talvez ele desejasse uma lista do que fazer ou não fazer. Mas a Sra. Wesley não deu a John o que ele desejava. Ela lhe deu algo muito melhor. Ela escreveu:

"Tome esta regra: tudo aquilo que debilita a sua razão, prejudica a sensibilidade da sua consciência, obscurece o seu senso de Deus ou tira o sabor de coisas espirituais; em resumo, qualquer coisa que aumente a força e a autoridade do seu corpo sobre sua mente, isso será pecado para você, por mais inocente que pareça em si mesmo."

Mais um ano está diante de nós, com seus apelos "inocentes" e convites ao pecado. Que tipo de cristão você será em 2009? Dois mil e oito já é passado. Um ano a menos para a volta de Jesus. Um ano a mais em que ficamos neste mundo escuro. Por quê?

"Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos" (Ellen G. White, Manuscrito 4, 1883).

Que tenhamos um 2009 feliz e abençoado, mais preparados para a volta de Jesus.

Michelson Borges

O homem que não era Darwin

Deu na National Geographic deste mês: “A ortodoxia prevalente na cultura ocidental [no tempo de Charles Darwin e de Alfred Russel Wallace] era a de que Deus moldara todas as espécies por atos específicos de criação. Cada uma era imutável, incapaz de grandes variações em torno de um tipo ideal. Tal imutabilidade era um dogma religioso e científico."

Wallace pode ser considerado co-formulador da teoria da evolução, já que, como caçador e observador atento de animais exóticos, ele também chegou à conclusão de que havia variabilidade entre os seres vivos e que isso poderia ser indício de ancestralidade comum. Em 1858, ele enviou uma carta a Darwin com suas conclusões a respeito do assunto, o que fez com que o naturalista inglês se apressasse a publicar A Origem das Espécies. Wallace não era o tipo de fazer contenda, e não se importou pelo fato de os louros terem sido todos para Darwin. Bem mais tarde apenas, a História daria o devido (mas ainda não muito conhecido) lugar a Wallace como dono de um insight que mudou os rumos da ciência.

Fico pensando quais teriam sido as conclusões dos dois, caso tivessem nascido no século 21 e não no 19, fortemente marcado pelas idéias iluministas. Primeiro, saberiam que os criacionistas não discordam totalmente da validade da seleção natural e são contra o dogma do fixismo. Descobririam também que a seleção natural explica bem a biodiversidade e a sobrevivência do "mais apto", mas não responde à pergunta sobre como esse "mais apto" veio à existência e de onde surgiu a informação genética. Aliás, no tempo deles nem sequer imaginavam o quão grande é essa informação genética. A célula, para eles, era apenas um pedaço rudimentar de "gelatina". Os microscópios de então nada diziam sobre a caixa preta que, depois de aberta, abalou as estruturas da ciência e das idéias abiogênicas.

Darwin e Wallace foram grandes homens para o seu tempo. Mas os tempos mudaram. E muito.

Por que ir à igreja?

Um membro de igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir à igreja todos os domingos [sábados]. “Tenho ido à igreja por 30 anos”, ele escreveu, “e durante esse tempo ouvi uns três mil sermões. Mas não consigo lembrar de nenhum deles... Assim, penso que estou perdendo meu tempo e os padres e pastores estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões!” A carta iniciou uma grande controvérsia na seção “Cartas ao Editor”, para a alegria do editor e chefe do jornal. Foi assim por semanas, recebendo e publicando cartas sobre o assunto, até que alguém escreveu este argumento:

“Estou casado há 30 anos. Durante esse tempo, minha esposa deve ter cozinhado umas 32 mil refeições. Não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma dessas 32 mil refeições. Mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado essas refeições, eu estaria hoje fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à igreja para alimentar minha fome espiritual, estaria hoje morto espiritualmente.”

(Autor desconhecido)

Nota: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10:25). É como naquela velha história da brasa retirada do braseiro. Logo ela se apaga. A igreja tem a capacidade de nos manter “acesos”. Ali, Deus pode falar ao nosso coração e mudar toda a nossa trajetória de vida. Que tal receber o novo ano na igreja, agradecendo a Deus as bênçãos de 2008?[MB]

Como manter a pureza sexual num mundo impuro

O livro Sexo Não é Problema (Lascívia, Sim), de Joshua Harris (Editora Cultura Cristã, 122 p.) é um bom exemplo de franqueza e clareza no que diz respeito aos efeitos da lascívia nos relacionamentos e na vida espiritual. Harris é pastor evangélico nos Estados Unidos, casado e pai de dois filhos. À medida que apresenta seus estudos e conselhos, ele recheia o livro com experiências de sua própria juventude e vida adulta, deixando claro que não se trata de um escritor de “outro planeta” falando para leitores a respeito de algo pelo que não é atingido e que, portanto, desconhece. Harris, como muita gente (e muitos cristãos) teve problemas com masturbação e pensamentos impuros, mas garante que, com o poder de Deus, é possível ter uma vida de pureza num mundo tremendamente impuro.

O livro é dividido em três partes. Na primeira, o autor define lascívia e deixa claro que a natureza sexual do ser humano foi criada por Deus e que o sexo não é problema. O problema é o pecado que deturpa tudo o que toca. “Uma pessoa ser atraente não é errado; mas despir aquela pessoa com seus olhos ou imaginar o que seria tê-la é. Um pensamento sexual que surge em sua mente não é necessariamente lascívia, mas pode se tornar lascívia rapidamente se é acolhido e alimentado constantemente. Uma excitação sexual no casamento não é pecado, mas pode ser corrompida com a lascívia se não for equilibrada com paciência e limitação”, define Harris.

A segunda parte é mais prática. Ali é dito que a “lascívia é mantida viva e nossas fraquezas são fortalecidas por meio das pequenas provisões que nós lhe oferecemos”. Exemplo: locais tentadores, televisão, jornais e revistas, música, livros, internet, caixa do correio (catálogos de lingerie, propagandas com fotos indecentes, etc.). O autor nos convida a identificar os meios pelos quais a lascívia pode nos alcançar e a erigir “muros” de proteção. Em seguida, Harris mostra como a lascívia alcança moças e rapazes e mostra como ambos os sexos podem se ajudar mutuamente a manter a pureza de pensamentos e atitudes.

Trecho interessante: “A lascívia obscurece e torce a verdadeira masculinidade e feminilidade de maneira nociva. Transforma o desejo bom de um homem de conquista em captura e usufruto, bem como todo o desejo bom de uma mulher de ser linda em sedução e manipulação. Geralmente, parece que homens e mulheres são tentados pela lascívia de duas maneiras singulares: os homens são tentados pelos prazeres que a lascívia oferece, enquanto as mulheres são tentadas pelo poder [de controle e manipulação] que a lascívia promete.”

No capítulo seguinte, o pastor Joshua aborda o “sexo egocêntrico”, ou seja, a masturbação. Ele cita Jeffrey Black, que escreveu: “O objetivo da pornografia e da masturbação é criar um substituto para a intimidade. A masturbação é o sexo consigo mesmo. Se faço sexo comigo mesmo, não tenho de investir em outra pessoa. As pessoas que são viciadas em pornografia não são tão viciadas nesse tipo horrível de material quanto são viciadas no egocentrismo. Elas se comprometem em servir a si mesmas, fazendo tudo que podem para achar um modo conveniente para não morrer para si mesmas, que é a natureza do companheirismo em um relacionamento.” Então, Harris, falando de seu próprio casamento, diz que ele e a esposa decidiram que o prazer sexual deve ser algo em que dependam um do outro. “Queremos que o desejo sexual seja algo que nos una como um casal.”

Depois de falar sobre o perigo freqüentemente ignorado da lascívia na mídia (que acaba por alimentar o desejo sexual impróprio), Harris apresenta as “estratégias para mudança a longo prazo” na terceira e última parte do livro. Segundo ele, primeiramente é necessária uma vida de íntima comunhão com Deus para que a pureza que vem do Céu revista nossa vida. Além disso, é preciso fazer um pacto como o feito por Jó: “Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?” (31:1). Harris cita ainda vários textos bíblicos vitais na luta pela pureza, como o Salmo 119:9-11: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua palavra. De todo o coração Te busquei; não me deixes fugir aos Teus mandamentos. Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti.”

Harris finaliza citando Gálatas 6:7-9, fazendo eco às palavras de Paulo que diz que aquilo que semearmos, certamente colheremos. Se semeamos para o Espírito, colheremos pureza e felicidade. Mas se nos alimentamos de impureza, teremos pensamentos e atos correspondentes.

Conforme escreveu Thomas Watson: “Um homem piedoso não irá até onde ele pode, para que não vá mais adiante do que ele deve.”

Sexo Não é Problema (Lascívia, Sim) é um livro no mínimo necessário.

Michelson Borges

Leia também: “Sensualidade pura”

terça-feira, dezembro 30, 2008

Saúde para 2009

Se você é feliz e está satisfeito com a sua vida atualmente, você tem mais chances de manter a saúde no futuro, segundo pesquisadores da Universidade de Nebraska, nos EUA. Avaliando dados de pesquisas australianas realizadas entre 2001 e 2004 com mais de 10 mil adultos, os pesquisadores notaram que aqueles que relataram estar felizes nas quatro semanas anteriores à pesquisa e que se consideravam satisfeitos com a vida eram mais propensos a apresentar, três anos depois, saúde excelente, boa ou muito boa. E esses participantes também não tinham problemas de saúde limitadores e de longo prazo, e apresentavam maiores níveis de atividades físicas três anos mais tarde. E os benefícios da felicidade e da satisfação na saúde se davam independentemente de fatores como o tabagismo, consumo de álcool, idade e níveis de atividades físicas.

(“Happiness and satisfaction might lead to better health”, ScienceDaily, 30/08/2008)

Nota: "O coração alegre é bom remédio" (Provérbios 17:22). "Far-me-ás ver a vereda da vida; na Tua presença há abundância de alegrias; à Tua mão direita há delícias perpetuamente" (Salmo 16:11).

Nostalgia em quadros (3)

segunda-feira, dezembro 29, 2008

A superação pela fé

Deu na Época desta semana: "Quando os cristãos passaram a celebrar o Natal, instituído pelo papa Libério no ano 354, tomaram emprestada uma data já cultuada em celebrações pagãs. O solstício de inverno, a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte, era festejado havia séculos. Entre os persas, comemorava-se o 'nascimento do deus sol invencível' – ou Mitra, divindade que, segundo a mitologia, teria se aliado ao astro rei para garantir luz e calor na Terra. (...) Ao cristianizar as festas pagãs, a Igreja Católica adotou o dia 25 de dezembro como o do nascimento de Jesus, identificando Cristo com o Sol que os pagãos veneravam.

"A idéia associada ao Natal é que o menino Jesus ilumina as pessoas que estão na penumbra, na escuridão, diz Fernando Altemeyer, professor de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: 'Quando as pessoas encontram o amor de Deus, as coisas mais difíceis podem ser amenizadas. Assim, elas podem conseguir reconstruir a sua vida.'

"Ao associar a esperança de prosperidade dos cultos pagãos ao nascimento de Cristo e aos ensinamentos que ele deixou, o Natal se converteu numa data carregada de simbologias ligadas à vida, à fé e à perseverança. (...)

"Para quem viveu uma situação dramática, a chegada do Natal traz a perspectiva de novos sentidos onde só havia escuridão. 'Até mesmo uma mãe que perdeu um filho pode perceber o apoio que recebeu das pessoas que jamais imaginou que iriam confortá-la', afirma o teólogo Altemeyer."

A matéria prossegue citando casos de pessoas que viveram tragédias pessoais, mas que foram consoladas e fortalecidas pela fé. Isso é bíblico. O Salmo 23 diz que o Bom Pastor nos ajuda a atravessar o "vale da sombra e da morte". Noutro Salmo, é dito que Deus é nosso "refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia". Isso não é algum tipo de "efeito psicológico", como querem alguns. É um fato sobrenatural (por mais contraditória que essa expressão pareça). Quando as angústias da vida nos mostram que inteligência, dinheiro, poder e amigos nos são insuficientes, Deus oferece a resposta e preenche o vazio.

Experimente Deus em 2009. Ele está ansioso para caminhar de mãos dadas com você.

Leia também: "Benefícios da fé"

O vilão da Bíblia

A revista National Geographic deste mês traz artigo de capa sobre Herodes, o “vilão da Bíblia”. Não há muito de novo. A maior parte do texto trata da já conhecida biografia do monarca da Judéia, por um lado, grande construtor e articulador político; por outro, um assassino sem escrúpulos, capaz de matar a própria esposa, a sogra e três de seus filhos. Depois, o repórter se demora na descrição da cidadela construída por Herodes, chamada de Herodium, 13 quilômetros ao sul de Jerusalém. Fala também da descoberta do túmulo do rei malvado.

A novidade sem qualquer tipo de comprovação factual é apontada neste trecho: “[...] É quase certo que Herodes é inocente desse crime [a matança das crianças na intenção de acabar com Jesus], mencionado apenas no relato de Mateus.” Quase certo?! O homem era tão mal que ordenou o massacre de eminentes cidadãos da Judéia por ocasião de sua morte (ordem felizmente não cumprida). Mas, para contrariar a Bíblia, vale até dizer que o rei mal não era tão mal assim...

Mais parece uma matéria encomendada, com um gancho sensacionalista não esclarecido, típica daquelas reportagens feitas para vender criando polêmica ao alfinetar a Palavra de Deus. É a National Geographic entrando no mesmo barco capitalista de contestação barata da Superinteressante e da Galileu, por exemplo.

Nota: Nessa mesma edição da National, há uma matéria intitulada “O homem que não era Darwin”, sobre Alfred Russel Wallace, nome importante para a teoria da evolução, mas ainda pouco conhecido, graças à “darwinlatria”. Mas vou comentar sobre isso outra hora, já que estou de férias...[MB]

Entrevista publicada na Kerygma

A origem da vida é a maior incógnita que o homem busca desvendar. A ciência tenta em vão provar suas teorias, que estão repletas de lacunas. As religiões também têm muito a opinar sobre o assunto e conquistam aqueles que possuem fé. Mas ainda não se pode afirmar nada de concreto. Em entrevista, Michelson Borges aborda questões fundamentais sobre o assunto, entre as quais se encontram: a posição da igreja católica em relação ao evolucionismo, as contradições entre as pesquisas científicas e as afirmações bíblicas e também a origem dos dinossauros. Michelson é editor da Casa Publicadora Brasileira, membro da Sociedade Criacionista Brasileira, e tem feito palestras em diversos lugares no Brasil sobre as questões referentes ao evolucionismo e o criacionismo. [Leia a entrevista aqui.]

30% dos docentes ingleses são a favor do criacionismo

Mais de um quarto dos professores de ciências das escolas públicas da Grã-Bretanha acredita que o criacionismo deveria ser ensinado com a Teoria da Evolução nas escolas, de acordo com uma pesquisa realizada com profissionais do ensino fundamental e médio do país. Foram ouvidos 923 docentes e outros 65% discordaram da inclusão das explicações religiosas para a origem do Universo no currículo escolar. Os 29% que se disseram a favor concordaram com a frase apresentada pela pesquisa: "O criacionismo deveria ser ensinado nas aulas de ciências com as teorias do Big Bang e da Evolução." A maioria dos professores (73%), no entanto, respondeu que o tema poderia ser debatido em sala de aula ao se falar sobre evolução e Big Bang.

Alguns cientistas ingleses ficaram surpresos com o resultado da pesquisa porque consideraram alto demais o número de professores dispostos a incluir explicações religiosas no currículo [talvez porque não entendam que o criacionismo também pode ser apresentado de maneira científica, deixando seus componentes religiosos, quem sabe, para as aulas de religião]. O mais conhecido biólogo evolucionista da Grã-Bretanha e um secularista de destaque, Richard Dawkins, classificou o resultado como uma "vergonha nacional" [novidade...].

Os professores que defendem o ensino do criacionismo também se posicionaram contra a orientação do governo quanto ao assunto, cujo texto diz que "o criacionismo e a criação inteligente não fazem parte do currículo dos programas nacionais para o ensino de ciências e não devem ser ensinados como forma de ciência".

A pesquisa também indica um forte apoio às opiniões do ex-diretor de educação da Royal Society, Michael Reiss. Ele renunciou ao cargo em setembro por causa da polêmica causada pelas suas opiniões a favor do criacionismo nas escolas.

Reiss comentou a pesquisa e disse que as aulas de ciências nas escolas oferecem "uma fantástica oportunidade" para que os estudantes de todas as idades sejam apresentados ao pensamento científico sobre as origens do universo e da evolução da vida. "Alguns estudantes apresentam crenças criacionistas. A tarefa daqueles que ensinam ciências é, portanto, ensinar a ciência garantindo que tais estudantes sejam tratados com respeito." [Nota dez para Reiss. Ensinar o contraditório é uma ótima maneira de estimular o raciocínio e a visão crítica. Mas a turma do Dawkins quer ver apenas soldadinhos de chumbo em lugar de estudantes que pensam.]

Reiss diz que o criacionismo não deveria ser tratado como equívoco, mas como visão de mundo. "O simples fato de uma determinada coisa não ter fundamento científico [o que não é o caso do criacionismo] não me parece ser razão suficiente para justificar a exclusão do tema de uma aula de ciências."

No Brasil, recentemente, o Colégio Mackenzie e outros de religião batista [e adventista] causaram polêmica ao incluir o criacionismo em aulas do ensino fundamental. O Ministério da Educação (MEC) se posicionou contra a decisão. [Leia sobre isso aqui.]

(Estadão)

Nota: Os comentários entre colchetes são todos meus.[MB]

Como funcionam os pousos lunares

Em 20 de julho de 1969, aparelhos de televisão em todo o mundo transmitiram a mesma imagem indistinta: Neil Armstrong descendo a escada do Módulo de Pouso Lunar Eagle e tocando a superfície da Lua com sua bota. A frase dele, "um pequeno passo para um homem, um salto imenso para a humanidade", tornou-se uma das mais conhecidas na história. O famoso pouso foi um final triunfante para a corrida espacial. Mas aquele momento histórico na superfície do satélite foi resultado de muitos anos de esforços dos programas espaciais norte-americano e soviético. Os astronautas que primeiro desceram à superfície da Lua tiveram de viajar 383 mil quilômetros para chegar ao seu destino, sobreviver ao severo ambiente lunar e voltar à Terra incólumes. Não foi uma tarefa fácil.

Até hoje, apenas 12 pessoas - todas homens e todas integrantes do programa espacial dos Estados Unidos - caminharam na Lua. No entanto, a exclusividade desse grupo de elite pode em breve mudar. A Nasa, programas espaciais de outros países e diversos empresários privados planejam novas missões, que podem enviar seres humanos de volta ao satélite em poucos anos.

Alguns céticos ainda acreditam que o pouso lunar da Apollo 11 foi simplesmente um truque encenado em um estúdio de cinema pela Nasa. Em 2001, a rede de TV Fox exibiu um programa que deu novo alento às teorias sobre o truque.

Alguns dos convidados do programa sugeriram que a Nasa não dispunha da tecnologia necessária a uma aterrissagem lunar, no fim dos anos 60. Eles apontaram que as imagens dos astronautas enviadas da Lua não exibiam estrelas no céu. Um especialista da Nasa refutou a alegação, explicando que as estrelas não teriam sido registradas em filme porque a imagem de primeiro plano (os trajes espaciais dos astronautas) era brilhante demais.

As pessoas que continuam a não acreditar nas provas esmagadoras do pouso humano na Lua podem visitar o Museu Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos, onde amostras de pedras recolhidas na superfície da Lua estão em exibição.

Neste artigo, estudaremos a história da exploração lunar, aprenderemos sobre a tecnologia que nos conduziu ao nosso vizinho celeste mais próximo e descobriremos se os seres humanos podem em breve voltar à Lua.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Natal de 1968

No Natal de 1968, os astronautas da Apolo 8 leram um trecho do livro bíblico de Gênesis sobre a Criação. Assista ao vídeo abaixo e depois leia a transcrição das falas (em inglês):



"We are now approaching lunar sunrise, and for all the people on Earth, the crew of Apollo 8 has a message we would like to send you:

'In the beginning God created the heaven and the earth. And the earth was without form, and void; and darkness was upon the face of the deep. And the Spirit of God moved upon the face of the waters. And God said, Let there be light: and there was light. And God saw the light, that it was good: and God divided the light from the darkness.'

[Jim Lovell:] 'And God called the light Day, and the darkness he called Night. And the evening and the morning were the first day. And God said, Let there be a firmament in the midst of the waters, and let it divide the waters from the waters. And God made the firmament, and divided the waters which were under the firmament from the waters which were above the firmament: and it was so. And God called the firmament Heaven. And the evening and the morning were the second day.'

[Frank Borman:] 'And God said, Let the waters under the heavens be gathered together unto one place, and let the dry land appear: and it was so. And God called the dry land Earth; and the gathering together of the waters called he Seas: and God saw that it was good.'

[Borman then added:] And from the crew of Apollo 8, we close with good night, good luck, a Merry Christmas, and God bless all of you – all of you on the good Earth."

(NASA-Goddard Space Center)

terça-feira, dezembro 23, 2008

Morre Samuelle Bacchiocchi

Um dos gigantes da erudição bíblica, o Dr. Samuele Bacchiocchi, faleceu no sábado, dia 20, aos 70 anos de idade. Professor de teologia aposentado da Andrews University, no Estado do Michigan, passou seus últimos momentos em casa com a esposa e seus três filhos, na véspera do aniversário de 47 anos de casamento.

Bacchiocchi foi o primeiro não-católico a formar-se na Pontifical Gregorian University, em Roma, tendo recebido uma medalha de ouro do Papa Paulo VI por conquistar a distinção acadêmica summa cum laude. Sua tese: “From Sabbath to Sunday: A historical investigation of the rise of Sunday observance in Early Christianity” [Do Sábado Para o Domingo: Uma investigação histórica do surgimento da observância do domingo no cristianismo primitivo].

Nesse trabalho, Bacchiocchi, um adventista do sétimo dia, mostrou que não há nenhuma ordem escriturística para mudar ou eliminar a guarda do sábado e apontou o papel preponderante da Igreja Católica na efetivação dessa mudança.

O professor indicou ainda o anti-judaísmo e a adoração pagã ao Sol como fatores de abandono do sábado e influência na adoção do domingo. Ele evidenciou o anti-judaísmo latente nos escritos de alguns líderes cristãos do segundo século que “testemunharam e participaram no processo de separação do judaísmo que levou a maioria dos cristãos a abandonar o sábado e adotar o domingo como novo dia de adoração”.

Bacchiocchi apontou também a influência do culto pagão ao Sol como “explicação plausível para a escolha do domingo” e cujo efeito teria se estendido à marcação do Natal como data do nascimento de Jesus. “A adoção do dia 25 de dezembro como celebração do Natal é talvez o exemplo mais explícito da influência do culto ao Sol sobre o calendário litúrgico cristão”, escreveu Bacchiocchi. “É conhecido o fato de que a festa pagã do Dies Natalis Solis Invicti – o dia do nascimento [aniversário] do Sol Invencível – acontecia naquela data.”

(Worlnetdaily.com)

domingo, dezembro 21, 2008

O sentido do Natal

Mais um Natal e ano novo se aproximam. Mais caixas de cerveja estão sendo estocadas nos freezers. Mais dinheiro sendo gasto com fogos de artifício. Mais pessoas apinham as lojas em busca da roupa ideal para o reveillon e de presentes para a família. Mas, e o aniversariante? Quantas pessoas realmente se lembram de que toda essa celebração só existe porque escolheram o dia 25 para lembrar do maior de todos os nascimentos: o de Jesus? Se as pessoas, em lugar de se encher de comida e bebida, procurassem pensar no verdadeiro sentido do Natal, ficariam profundamente comovidas com a constatação de que Deus, o Criador do Universo, decidiu vir a este mundo infectado pelo pecado e assumir a forma de um frágil bebezinho. O verdadeiro sentido do Natal consiste no fato de que Deus Se identificou conosco, calçou nossas sandálias, sofreu, sentiu sede, fome e frio. Por isso mesmo, quando Ele diz que compreende nossa luta e nossas dores, está falando com a autoridade de quem as viveu ao extremo. O verdadeiro sentido do Natal reside na revelação de que Jesus pagou o preço da desobediência humana; que Ele deixou os "noventa e nove" mundos e veio até este pequeno planeta, a "ovelha desgarrada" a fim de nos oferecer a oportunidade de fazer parte da família universal de Deus.

A manjedoura, de certa forma, apontava para a cruz. O mesmo coro de anjos que anunciou a chegada do Messias emudeceria dali três décadas, ao ver Seu Mestre pendurado num bárbaro instrumento de tortura e morte. Naquela negra tarde de sexta-feira, o Filho de Deus, o mesmo que havia nascido como ser humano, morreu sem merecer a morte que nos cabia e nos ofereceu a vida eterna que a Ele pertencia. Depois de ressuscitado, Ele ascendeu ao Céu de onde havia vindo, mas prometeu voltar para nos tirar deste mundo escuro que um dia voltará a brilhar com a luz da Nova Jerusalém. A manjedoura também apontava para as ruas de ouro da santa cidade. Jesus fez tudo isso simplesmente porque ama de uma "tal maneira" que não podemos compreender. Portanto, na verdade, o sentido do Natal é você.

Desejo a você um feliz Natal e um 2009 muito abençoado. Que o bondoso Criador faça parte de todos os seus planos para o próximo ano.

Estarei de férias até o dia 5 de janeiro, motivo pelo qual as postagens não serão tão freqüentes nesse período.

Obrigado pelo apoio a este blog e continue sendo sempre bem-vindo aqui.

Michelson Borges

Londrinos não acreditam na história do Natal

Mais de dois terços dos londrinos não acreditam na história bíblica sobre o nascimento de Jesus e que é celebrada no Natal, segundo uma pesquisa publicada [no sábado]. O ceticismo é especialmente elevado entre os jovens, já que 78% dos integrantes do grupo de idades entre 16 e 24 anos dizem não estar convencidos da confiabilidade da história.

Entre os mil entrevistados através da internet, por encomenda de uma igreja londrina, 70% não acreditam que Jesus tenha nascido em um presépio e que sua mãe fosse virgem, como afirma a Bíblia.

Aproximadamente um quarto dos que responderam à enquete e se disseram cristãos reconhece desconfiar de algumas das coisas que a Bíblia afirma sobre Jesus.

Entre os que se disseram cristãos, 22% expressam dúvidas de que Jesus pudesse ser ao mesmo tempo Deus e homem, enquanto 28% dos entrevistados em geral afirmaram o mesmo.

A pesquisa determinou que 43% disseram ser cristãos, 6% afirmaram professar outra religião e 46% declararam não ser religiosos.

(Yahoo Notícias)

Colaboração: Diógenes Vinícius Gonçalves

Nota: “Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” (Lucas 18:1-8).

sábado, dezembro 20, 2008

Retratos da humanidade

As revistas Veja e IstoÉ desta semana são um retrato da humanidade em seus contrastes. Na reportagem “O despertar da solidariedade”, IstoÉ mostra que o “exercício de se colocar na pele do outro, conhecido como compaixão, é natural do ser humano. E está em alta, segundo a percepção de especialistas no assunto. ... A recente enchente em Santa Catarina, que matou 127 pessoas e desalojou 27 mil, comprovou o fato ao colocar sob o holofote, além da tragédia, um outro dado: a generosidade do povo brasileiro”.

A matéria menciona a solidariedade nascida de segundas intenções como garantir a própria sobrevivência ou a segurança ajudando os que estão mais próximos, mas também avalia como pura compaixão o ato de ajudar pessoas que moram distantes e que não têm relação direta com o praticante da boa ação. “Somente a compaixão é capaz de transformar a comoção diante de uma tragédia em altruísmo contínuo.”

Sem apelar para explicações darwinistas mirabolantes (como é comum nesse tipo de reportagem), IstoÉ arrisca uma explicação médica: a moeda de troca emitida pelo corpo humano ante o stress verdadeiro de ajudar outra pessoa são neurohormônios como serotonina e dopamina, ligados à sensação de bem-estar. “Faz bem ser bom”, diz Ricardo Monezi, psicobiólogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ele, estudos apontam que o exercício da cidadania promove ainda a produção de endorfina, que possui função analgésica. Daí decorrem o alívio e a leveza relatados.

Especialista em medicina comportamental, Monezi explica que todo ser humano é programado [eu diria projetado; mas tudo bem, se há programa, há um Programador] para se preocupar com o semelhante. Quando, então, ele presencia uma situação de adversidade, o cérebro elabora o sentimento da compaixão e ativa o sistema límbico cerebral, espécie de QG dos aspectos emocionais. Este, por sua vez, passa a funcionar como um centro de logística, distribuindo tarefas para diferentes partes do corpo, que se transformam em ações na prática.

No outro extremo do espectro está o ódio e o preconceito. Esses sentimentos ficam evidentes na matéria de Veja, “À espera de um salvador”. Na reportagem, é pintado o cenário do “genocídio silencioso” em Darfur, no Sudão. Diofo Schelp compara: “O mesmo mundo que se apieda de um filhote de urso-polar abandonado pela mãe no zoológico de Berlim fecha os olhos para as centenas de milhares de crianças subnutridas dos 130 campos de refugiados de Darfur.” E continua: “O mundo que está prestes a comemorar o Natal, festa que ultrapassou os limites do cristianismo para congraçar homens e mulheres de diferentes credos, esquece que em Darfur a noite de 24 de dezembro será apenas véspera de mais um dia em que crianças morrerão, homens serão executados e mulheres, estupradas. Vem sendo assim desde 2003, quando eclodiu o conflito entre o governo do ditador Omar al-Bashir e rebeldes dessa região do oeste sudanês. E também quando, armados pelo governo de Cartum, bandos de facínoras, a pretexto de combater revoltosos, intensificaram a matança indiscriminada de cidadãos que não pertenciam à sua etnia ‘árabe’.”

Veja explica que a guerra civil na região provocou uma crise humanitária de proporções épicas. Quase metade dos 6 milhões de habitantes de Darfur vive em aglomerações humanas improvisadas, os campos de deslocados internos – ou, simplesmente, refugiados. Outros 2 milhões de pessoas ainda não deixaram suas aldeias, mas foram afetadas pela destruição de lavouras ou pela morte de familiares. A exigência da permissão a estrangeiros para viajar à zona de conflito é uma tentativa do governo de sonegar ao resto do mundo dados e imagens dos horrores cometidos em Darfur. O ditador sudanês Omar al-Bashir, que chegou ao poder em 1989 em um golpe organizado por fundamentalistas islâmicos, tem mesmo o que esconder. Com a justificativa de combater rebeldes que lutam contra o regime, o governo do Sudão bombardeia aldeias e apóia os janjaweeds, milícias autoproclamadas árabes cuja missão é limpar Darfur de outras etnias. Ao todo, já morreram 300.000 pessoas. Hoje, os ataques acontecem com menos intensidade do que no início da guerra, em 2003 e 2004. Mas não são números que definem um genocídio.

Cinco vezes ao dia, rebeldes de uma das facções do Exército de Libertação do Sudão estendem seus tapetes e rezam voltados para Meca, enquanto o fuzil automático repousa ao lado. Tremenda contradição! Há relatos de aldeias que foram saqueadas, tiveram seus moradores mortos e as mulheres estupradas coletivamente. “Em Darfur, os árabes e os africanos se parecem uns com os outros. Foi a propagação da ideologia da supremacia islâmico-árabe entre os povos nômades do deserto que levou negros a matar negros”, explica o historiador Muhammad Jalal, da Universidade de Cartum.

Esse é o ser humano: capaz de atos solidários dignos de nota, mas também capaz de descer ao mais baixo nível do assassinato e do estupro. Depois de tantos milênios neste planeta, parece que nada mudou.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Bispos franceses e o "Dia do Senhor"

"O domingo em risco na vida atual" é o título do documento que os bispos franceses divulgaram na segunda-feira passada, 15 de dezembro, por ocasião do projeto de lei francês sobre o trabalho no domingo. O documento foi elaborado pelo Conselho para as questões familiares e sociais da Conferência dos bispos da França. Os bispos aduzem razões tanto sociais como antropológicas para argumentar sobre a importância do dia de descanso semanal na cultura ocidental e para o bem-estar das famílias.

Por um lado, afirmam, é necessário "um tempo para descansar, viver em família, ter uma vida social e desfrutar de diversas atividades culturais e esportivas, etc.", escapando das constrições impostas pelo trabalho durante o resto da semana. Com relação às razões sociais que aconselham não eliminar o dia de descanso semanal, os prelados advertem que a economia e o trabalho "não podem ter a última palavra na vida social", e recordam que quando se regulou pela última vez esta questão, em 1906, afirmava-se que o domingo supõe "uma experiência social que é importante respeitar".

Os defensores da consideração do domingo como dia de trabalho, precisam os bispos, são sobretudo as grandes superfícies comerciais, que pretendem assim "dinamizar a economia", mas, advertem, esta medida está "distante de ser eficaz", porque o problema "tem mais a ver com o poder aquisitivo real dos consumidores", acrescentam.

Também, para os trabalhadores, as vantagens salariais do trabalho extraordinário desapareceram, "a menos que se recorra a empregos em tempo parcial que continuem reforçando as situações de estado precário de muitas famílias".

Finalmente, advertem, apagar o caráter particular do domingo "é um caminho fácil que, com o pretexto do liberalismo, retira do homem uma indicação objetiva, inscrita no tempo, de sua dimensão espiritual".

"A abertura das lojas no domingo voltaria a banalizar esse dia e a fazer as leis do comércio passarem por cima da dimensão amistosa, familiar e espiritual da existência. Isso acentuaria a atomização da sociedade francesa", sublinha o Conselho para as questões familiares e sociais da Conferência dos bispos da França.

Para os cristãos, o domingo é o dia do descanso [sic] e também da libertação do mal mediante a ressurreição de Cristo. "A assembléia dominical celebra com antecipação o 'banquete celeste' e a esperança da volta do Senhor. A missa do domingo expressa ao mesmo tempo o sentido e a finalidade da vida dos cristãos", explica o documento.

Desde os primeiros séculos, o significado do domingo como dia da Eucaristia "precedeu a instauração do domingo como dia de descanso semanal", a qual "permitiu enriquecer a celebração do dia do Senhor" como "dia dedicado à família e à contemplação espiritual".

Atualmente, diante do desespero do desaparecimento do descanso dominical, advertem os bispos, "os cristãos, guardando o domingo, fazem um chamado profético: o homem não vive só de pão".

A Igreja, ao defender o domingo, não só "manifesta sua vontade de que os cristãos vivam esse dia em condições favoráveis", mas também "deseja prestar um serviço a toda a sociedade, para que possa encontrar um caminho que permita tornar a vida humana cada vez mais humana".

(Do site católico Zenit)

Nota: Biblicamente falando, o domingo é apenas o primeiro dia da semana (Êx 20). O único dia separado por Deus para "contemplação religiosa" especial foi o sétimo dia, o sábado do quarto mandamento. O sábado, além de um selo de santificação (Ez 20:20), é o memorial da criação, que aponta para Aquele que fez os "céus, a terra e as fontes das águas". Os primeiros cristãos guardaram o sábado, seguindo o exemplo do Mestre (Lc 4:16) e de Seus discípulos. Séculos depois é que o poder previsto em Daniel 7:25 acabou por substituir a observância sabática pela dominical. Agora o Vaticano luta por recuperar o domingo secularizado do Ocidente. E usa todo tipo de argumento para isso, desde a necessidade de salvar o planeta, concedendo-lhe um dia de "repouso", até a libertação do espírito capitalista e a salvação da família. Anote: esse assunto ainda vai ganhar muito destaque. Aguarde (e se prepare) para ver.[MB]

Blog da Gi: Aninha e os presentes

Oi! Hoje vou contar mais uma história é de uma menina chamada Aninha. Aninha todo dia na hora do almoço ela estava lá no andar de cima da casa brincando de boneca ou de Barbie ou pedia pra sua mãe pegar um lençol, ela fazia uma cabaninha apagava a luz do quarto pegava uma lanterna. [Continue lendo]

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Em busca do ancestral comum

Uma pesquisa realizada por cientistas no Canadá e na França sugere um novo perfil para o mais antigo ancestral comum universal (LUCA, na sigla em inglês), tido como o organismo que antecede toda a vida na Terra. "Até agora a comunidade científica acreditava que o LUCA era um organismo 'hipertermofílico', que vivia a temperaturas acima dos 90ºC", disse o especialista em bio-informática Nicolas Lartillot, da Universidade de Montreal, e um dos autores da pesquisa. "Mas os dados que coletamos sugerem que o LUCA era, na realidade, bastante sensível ao calor e vivia em climas onde a temperatura era abaixo dos 50ºC", completou.

Segundo os cientistas, as descobertas sobre esse organismo ancestral de 3,8 milhões de anos podem explicar as teorias existentes sobre a composição dos primeiros seres vivos terrestres.

Uma das teorias é de que esses organismos eram compostos pelo ácido ribonucleico (RNA) e não pelo ácido desoxirribonucleico (DNA), que faz parte dos seres vivos hoje em dia. O RNA, no entanto, é sensível ao calor e não poderia viver nas altas temperaturas que caracterizavam a Terra no início. Segundo os cientistas, LUCA teria encontrado um microclima mais ameno para se desenvolver.

"Somente depois os descendentes desse organismo descobriram o DNA, que eles provavelmente adquiriam de vírus, e o utilizaram para substituir o frágil RNA", explicou Lartillot. "Isso os possibilitou sair desse microclima, se desenvolver e se diversificar em uma variedade de organismos mais sofisticados capazes de tolerar melhor o calor.

No estudo, do qual também participaram as universidades francesas de Lyon e Montpellier, a equipe de pesquisadores comparou as informações genéticas dos organismos modernos para caracterizar o LUCA.

"Nosso estudo é muito parecido com o da etimologia das línguas modernas", disse Lartillot. "Identificamos traços genéticos comuns entre animais, plantas e bactérias, e os usamos para criar uma árvore da vida, cujos galhos representavam espécies separadas. Todos eles vinham do mesmo tronco, o LUCA, cuja genética nós depois caracterizamos."

As descobertas foram publicadas em artigo na revista científica Nature.

(Terra)

Nota: Interessante notar como, a despeito das mudanças radicais de ambiente e cenários "primordiais", a luta para salvar o modelo da ancestralidade comum é ferrenha. O "organismo ancestral" teórico que antes vivia em ambientes escaldantes, agora precisa ter vivido em baixíssimas temperaturas. O Natal se aproxima, mas alguém precisa dizer pra esse pessoal chegado num modelo computacional que Papai Noel não existe.[MB]

A vida

A vida são deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas.
Quando se vê, já é sexta feira.
Quando se vê, já terminou o ano.
Quando se vê, já se passaram 50 anos! (cinquenta e quatro!)

E agora é tarde demais para ser aprovado.

Se me fosse dada, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho,
a casca dourada e inútil das horas.

Dessa forma eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,
a única falta que terá, será desse tempo
que infelizmente não voltará mais.

(Mario Quintana)

“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que o nosso coração seja sábio” (Salmo 90:12).

Sapatadas

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Teoria sobre a formação dos planetas cai por terra

Uma nova pesquisa demonstra que a turbulência na poeira estelar não permitiria que processos gravitacionais levassem à formação de planetas. A descoberta destrói a atual explicação sobre como os planetas nascem. Utilizando simulações tridimensionais da poeira e dos gases que orbitam as estrelas, o estudo demonstra que a turbulência é um obstáculo significativo à instabilidade gravitacional, o processo que os cientistas têm usado desde os anos 1970 para explicar os estágios iniciais da formação dos planetas.

A teoria da instabilidade gravitacional propõe que a poeira interestelar iria se acumular no centro de um disco protoplanetário em órbita de uma estrela recém-formada. Essa poeira iria gradualmente se tornando mais densa e mais grossa, até atingir um ponto crítico, colapsando em aglomerados de vários quilômetros de diâmetro, que mais tarde se atrairiam mutuamente e se juntariam para formar o planeta.

A pesquisa do professor Joseph Barranco, da Universidade Estadual de São Francisco, nos Estados Unidos, agora demonstrou que a turbulência mantém a poeira e os gases girando como um redemoinho, impedindo a formação de uma camada densa o suficiente para que a instabilidade gravitacional entre em ação e crie os primeiros aglomerados rochosos.

“Estes resultados desafiam a solução proposta para a formação dos planetas”, disse Barranco. O pesquisador propõe que tempestades estelares gigantescas poderiam ser uma boa opção para uma nova teoria. “Os cientistas têm usado há muito tempo a teoria da instabilidade gravitacional para explicar como partículas milimétricas crescem até dimensões quilométricas, mas essas novas simulações abrem novas avenidas para investigação. Talvez tempestades estelares maciças, similares aos furacões encontrados na Terra e em Júpiter, forneçam dicas sobre como minúsculos grãos de poeira se aglomeram para formar matacões de quilômetros de diâmetro”, sugere o astrofísico.

As pesquisas anteriores, que davam suporte à teoria da instabilidade gravitacional, usavam modelos bidimensionais. Segundo Barranco, esses modelos não levam em conta o Efeito Coriolis, uma força crucial para a turbulência. O Efeito Coriolis é o mesmo mecanismo que leva à formação dos ciclones e dos tornados na Terra.

“O que acontece com a poeira e o gás depois de um período de turbulência ainda é uma questão em aberto”, diz Barranco. “Mas esse material poderia ficar no centro tranqüilo de uma tempestade espacial parecida com um furacão, ficando preso e se acumulando, formando a semente para o início da formação dos planetas.”

(Inovação Tecnológica)

Nota: Essa é a verdadeira ciência, sujeita a revisões e até descarte de teorias e modelos. Pena que o mesmo não ocorra com aspectos cruciais do darwinismo, defendido a unhas e dentes pelos seus proponentes.[MB]

Existe mesmo vício em internet?

Na Revista Americana de Psiquiatria (American Journal of Psychiatry) de março de 2008, o Dr. Jerald J. Block comenta que a adicção (dependência) da internet parece ser uma desordem mental que merece ser incluída na próxima edição da Classificação Internacional das Doenças usada nos EUA (DSM-V), e mostra resultados de pesquisas nesse sentido. O diagnóstico da desordem que engloba o uso compulsivo-impulsivo de computador, seja on line ou off line, consiste de três subtipos de vício: jogos excessivos, preocupações sexuais e mensagens tipo e-mail ou textos. E qualquer uma dessas modalidades de dependência tem em comum quatro componentes: (1) excessivo uso, freqüentemente associado com perda da noção do tempo ou negligência de necessidades básicas; (2) abstinência, com sintomas de raiva, tensão e/ou depressão quando o computador está inacessível; (3) tolerância, que inclui a necessidade de obter melhores computadores, melhores softwares, ou mais horas de uso, e (4) repercussões negativas, incluindo argumentos, mentiras, isolamento social, pobres realizações e fadiga.

Pesquisas sobre vício com internet têm sido feitas na Coréia do Sul depois que dez pessoas morreram por problema cardíaco quando estavam numa Internet Café (lan house) e após assassinatos muito semelhantes aos que existem em videogames. Naquele país, considera-se a dependência de internet um sério problema de saúde pública. Segundo dados do governo coreano de 2006, aproximadamente 210 mil crianças sul-coreanas entre 6 e 19 anos de idade estão sofrendo disso e requerem tratamento. Talvez 80% precisarão medicamentos e 20% a 24%, internação hospitalar.

Um adolescente sul-coreano gasta, em média, 23 horas por semana em jogos na internet e há um aumento do número de jovens que faltam às aulas ou ao trabalho para ficar mais tempo no computador. Por isso, até junho de 2007 eles treinaram 1.043 conselheiros para o tratamento de vício em internet, e estão introduzindo métodos preventivos nas escolas.

Na China, de acordo com Dr. Block, 13,7% dos adolescentes chineses se encaixam no diagnóstico de adicção pela internet, o que dá cerca de 10 milhões de jovens.

Nos Estados Unidos, por incrível que parece, ainda faltam dados, porque as pessoas acessam computadores para coisas pessoais muito mais tempo estando em casa, ficando difícil fazer uma estatística apurada.

Estima-se que 86% dos viciados em internet apresentem algum outro diagnóstico de desordem emocional classificável clinicamente (sob o ponto de vista médico). Conseqüências desse vício incluem quantidade de sono inadequado, atrasos no trabalho, ignorar obrigações familiares, problemas financeiros e legais, etc.

Como saber se uma pessoa está viciada em internet? Ela precisa responder com um “sim” a cinco das questões abaixo e sem estar num episódio maníaco da doença bipolar:

1. Você se sente preocupado com a internet (fica pensando nas conexões que fez ou nas que pretende fazer)?

2. Sente necessidade de usar a internet cada vez mais tempo a fim de obter satisfação?

3. Tem feito repetidos esforços sem sucesso para tentar controlar, cortar ou parar o uso da internet?

4. Se sente cansado, de mau humor, deprimido ou irritável quando tenta diminuir ou parar o uso da internet?

5. Permanece conectado mais tempo do que havia planejado?

6. Tem comprometido ou arriscado a perda de relacionamentos significativos, trabalho, oportunidades educacionais ou de carreira por causa da internet?

7. Tem mentido para membros de sua família, profissional de saúde ou outros para ocultar a extensão do envolvimento com a internet?

8. Usa a Internet como um meio de escapar de problemas ou para obter alívio de sentimentos de desajuda, culpa, ansiedade, depressão?

Como lutar contra isso? (1) Admitir que existe o problema e estar disposto a mudar; (2) restringir o tempo de uso do computador; (3) avaliar se não se trata de algo secundário a um problema de desenvolvimento (crianças e jovens); (4) pais devem dar bom exemplo não sendo dependentes também de internet ou outra coisa; (5) as crianças e jovens só devem ter acesso à internet após realizar as tarefas da casa e da escola; (6) quebrar o padrão de uso do computador, por exemplo, se a pessoa logo que acorda de manhã vai checar e-mails, ela pode primeiro tomar um banho, tomar o desjejum, ou se logo que chega em casa após o trabalho/escola acessa a internet, ela pode primeiro tomar um banho, jantar...; (7) colocar um “timer” ou relógio com alarme ligado para certa hora, e ao ele disparar, interromper o uso do computador; (8) avaliação psiquiátrica/psicológica para adultos, pois pode estar ocorrendo um transtorno emocional que leva a pessoa ao vício em internet.

(Cesar Vasconcellos de Souza, www.portalnatural.com.br)

A triste história de uma modelo da Playboy

Bettie Page, a modelo cujas fotos pornográficas na revista Playboy fizeram sucesso na década de 1950, morreu aos 85 anos, em 11 de dezembro de 2008. “Ela capturou a imaginação de uma geração de homens e mulheres com… sua sensualidade descarada”, disse o empresário dela, Mark Roesler. Hugh Hefner, o fundador da revista Playboy, comentou sobre a morte dela: “Penso que ela foi… um símbolo na cultura popular que influenciou a sexualidade, alguém que teve um impacto tremendo na nossa sociedade.” O impacto é tão grande que as fotos dela da década de 1950 são comercializadas mesmo hoje. Em pleno século 21, ela se tornou assunto de músicas, biografias, sites, gibis, filmes e documentários. Uma nova geração de fãs americanos compra milhares de cópias de suas fotos, e algumas feministas a celebram como pioneira na liberação das mulheres.

A carreira de Page começou um dia em outubro de 1950, três anos depois de seu primeiro divórcio, quando um fotógrafo amador tirou fotos dela na praia. Em 1951 ela passou a posar para fotos sadomasoquistas. Em sua edição de janeiro de 1955, a revista Playboy publicou um pôster erótico de Page. Então, em 1958, no auge do seu sucesso pornográfico, ela foi a um culto no que é hoje a Igreja Batista Templo de Key West, onde ela se tornou uma freqüentadora regular. Depois dessa experiência, ela desapareceu misteriosamente da atenção do público durante décadas. Em seguida, ela casou de novo, mas tudo acabou novamente em divórcio.

Ela estudou em três grandes seminários bíblicos, inclusive o Instituto Bíblico de Los Angeles e a Escola Bíblica Multnomah, e tinha a intenção de ser missionária, mas foi rejeitada por causa de seus divórcios. Em vez disso, ela trabalhou como conselheira de tempo integral na Associação Evangelística Billy Graham.

Seu terceiro casamento também desabou, e ela sofreu um colapso emocional. Em 1979 ela se mudou para a Califórnia, onde começaram seus grandes problemas. Ela foi presa depois de esfaquear, sem nenhuma provocação, a idosa proprietária de seu imóvel. Na época, especialistas que a examinaram diagnosticaram esquizofrenia aguda. Ela passou 20 meses num hospital de doentes mentais, em San Bernardino.

Depois, ela brigou com outro proprietário e novamente foi presa, mas não foi condenada porque uma avaliação especializada a classificou como louca. Ela passou oito anos numa instituição governamental para doentes mentais.

Bettie Page nasceu em 22 de abril de 1923, em Nashville, Tennessee, EUA. Ela cresceu numa família muito pobre que incluía três meninos e três meninas que, de acordo com ela, foram todas estupradas pelo próprio pai. Depois que sua família se mudou para Houston, seus pais se divorciaram. Então o pai decidiu voltar para o Tennessee e roubou um carro de polícia para fazer a viagem de volta. Ele foi mandado para a prisão, e por algum tempo Betty viveu num orfanato.

Page é reconhecida hoje nos EUA como uma das influências que provocaram a revolução sexual da década de 1960. Mas pouco ou nada se reconhece da influência que o abuso sexual teve em sua vida de pornografia, divórcios e demências. Além disso, como explicar que uma pessoa que disse que se converteu ao cristianismo precisou de internamento psiquiátrico por duas vezes? A resposta está na entrevista que ela deu à revista Playboy em 1998, na qual ela disse sobre seu passado pornográfico: “Nunca me passou pela cabeça que aquilo era vergonhoso. Eu me sentia normal.” Ela ainda se justificou: “Deus aprova a nudez. Veja Adão e Eva no Jardim do Éden: eles estavam totalmente nus.”

Na década de 1990, logo depois de receber alta de seu último e longo internamento psiquiátrico, ela foi persuadida por um empresário a comercializar suas fotos do passado. Num único evento de autógrafos, ela vendeu três mil fotos pornográficas autografadas a um preço de 200-300 dólares cada. Em seus últimos dias, ela contratou uma empresa legal para recuperar os ganhos gerados com sua nudez em imagens.

As três últimas décadas de sua existência foram marcadas pela depressão e por um temperamento violento.

(Júlio Severo)

Nota: O glamour quase sempre esconde por trás das câmeras a vida vazia e o senso de nulidade de muitos homens e mulheres que são idolatrados na mídia. Casos de suicídios são comuns no mundo das “estrelas” e das modelos (basta lembrar de Anna Nicole Smith e Marilyn Monroe, para citar apenas dois exemplos). Tristes vidas de faz-de-conta.[MB]

terça-feira, dezembro 16, 2008

O papa e a volta de Jesus

As catástrofes em nível mundial junto com guerras e confitos armados podem ser entendidos como sinais da volta de Jesus? Para o papa Bento XVI, não! O site Zenit trouxe a afirmação do pontífice, feita no último domingo (14 de dezembro), de que devemos nos alegrar no Senhor, uma vez que Ele "está próximo [...] Esta é a razão da nossa alegria [...] ‘o Senhor está próximo’? Em que sentido devemos entender esta ‘proximidade’ de Deus [...] a Igreja, iluminada pelo Espírito Santo, compreendia cada vez melhor que a ‘proximidade’ de Deus não é uma questão de espaço e tempo, mas uma questão de amor: o amor aproxima!"

Em nome de um amor subjetivo, Bento XVI lança por terra toda a preocupação de nosso Salvador em apresentar os sinais de Sua vinda (Mt 24), pelos quais nos é possível vigiar a respeito da proximidade da segunda vinda. A volta de Cristo não é apenas a união mística do crente com Deus, expressa pela comunhão diária; o evento será visível mesmo aos que não têm fé na pessoa de Jesus (Ap 1:7). Jesus virá em glória nas nuvens do céu (Mt 24:30) e Seus anjos recolherão os escolhidos (Mt 24:31). As mudanças climáticas, geológicas e físicas transtornarão a ordem natural que conhecemos (2Pd 3:10). Os próprios injustos sofrerão da penalidade que consiste em estar diante de um Juiz Santo (Ap 6:15-17).

Em suma, o "dia do Senhor" é muito real, não uma metáfora espiritual. Pensar o contrário é não "amar a Sua vinda" (2Tm 4:8). Pena que o papa reduza a responsabilidade pessoal de se preparar diante da iminência da volta de Jesus por causa de um suposto amor, tão vago e despreocupado com "espaço e tempo".

(Questão de Confiança)

A verdade por trás do peru de Natal

Este ano no Reino Unido cerca de 16 milhões de perus serão mortos no período de Natal. Nas unidades maiores, há de 10.000 a 15.000 aves por cercado. A maioria dos perus é criada de forma intensiva em empresas-fazendas. Esses perus são engordados em criadouros sem paredes ou em gaiolas para frangos em abrigos sem janelas e mal iluminados. Usa-se luz baixa para tentar reduzir a agressividade das aves umas com as outras. Os perus adultos têm pouco mais espaço que uma galinha criada em gaiola. A criação intensiva também provoca doenças. Doenças do quadril, ferimentos nos joelhos, úlceras nos pés e bolhas no peito são comuns. A taxa de mortalidade de perus é estimada em 7%, ou seja, cerca de 2,5 milhões de aves por ano. Muitos desses são animais mais jovens que morrem de fome por não encontrar os cochos de comida e água.

Usam-se métodos de criação seletiva para acelerar a taxa de crescimento e maximizar a massa corporal. Como resultado, muitos perus adultos simplesmente não conseguem agüentar o peso antinatural do próprio corpo. Isso pode levar a infecções das articulações da perna e do joelho e prostração generalizada.

Os perus são levados para o matadouro em caixotes apinhados. A expectativa de vida natural de um peru é de cerca de 10 anos. Os perus das fazendas são mortos ao completarem de 12 a 26 semanas, dependendo do tamanho da ave produzida.

Os perus em condições de superpopulação tendem à agressividade e muitas vezes atacam-se entre si. Isso causa mutilações, tais como olhos e dedos perdidos. Como resultado, mais de 20% dos perus têm o bico arrancado para reduzir os ferimentos. A extração do bico consiste no corte de um terço do bico da ave com uma lâmina em brasa. Estudos feitos com galinhas que tiveram o bico cortado mostraram que a dor é prolongada e talvez permanente. Mesmo depois do corte do bico os perus ainda se atacam, causando ferimentos, infecções e até cegueira.

No matadouro, os perus são retirados dos caixotes e pendurados de cabeça para baixo em ganchos de uma linha de montagem. Os perus, que pesam até 28 kg, são suspensos pelos pés durante uns seis minutos e depois atordoados com um banho de água eletrificada. Após o atordoamento corta-se a garganta das aves, que então são mergulhadas num tanque de água fervente que solta as penas e as prepara para serem depenadas. Pesquisas revelaram que a cada ano cerca de 35.000 perus vão para a água fervente ainda vivos.

Feliz Natal e boa vontade para com todos os perus.

(Fonte: SocVegUK)

Faça como Ellen Jabour: não coma peru de Natal

Ellen Jabour, a apresentadora do “Olha Você”, exibido no SBT, é a estrela da campanha natalina da loja Le Postiche. Ellen Jabour, por ser vegetariana, não vai comer peru de Natal, e em 2009 a apresentadora pretende publicar um livro de receitas. Ela diz: “Quero desmistificar essa idéia de que a culinária vegetariana não é saborosa.” (Receita Brasil)

Veja o vídeo Vida de Peru.

O Cético: gravidez

Comédias românticas podem atrapalhar relacionamento

As comédias românticas “made in Hollywood” podem atrapalhar um relacionamento amoroso, porque colocam uma marca muito alta em matéria de expectativas, segundo um estudo da Universidade Heriot-Watt, de Edimburgo. Segundo os psicólogos, esse tipo de filme, com argumentos muito pouco plausíveis e finais felizes altamente improváveis, transmitem uma falsa sensação de “relações perfeitas” e expectativas nada realistas. Os cineastas simplificam também excessivamente o processo de iniciar o relacionamento e dão a impressão de que é algo que se consegue sem nenhum esforço por parte do casal. A equipe da universidade escocesa analisou 40 filmes de grande bilheteria que estrearam entre 1995 e 2005, e distribuiu depois entre várias centenas de pessoas questionários sobre suas relações sentimentais. Os psicólogos chegaram à conclusão de que as pessoas que gostam de comédias românticas muitas vezes não conseguem uma comunicação eficaz com seus parceiros.

“Os assessores matrimoniais deparam-se com freqüência com casais que acham que as relações sexuais devem ser sempre perfeitas e que não sentem a necessidade de se comunicar com a outra pessoa para expressar seus desejos”, diz o psicólogo Bjarne Holmes, que dirigiu o estudo. “Embora a maioria saiba que é pouco realista esperar que um relacionamento seja perfeito, alguns continuam sendo muito mais influenciáveis do que achamos pela forma como o cinema ou a TV apresentam essas relações”, acrescenta o especialista.

A idéia de que é necessário investir tempo e energia em uma relação não é precisamente popular entre os cineastas, critica.

Segundo Kimberley Johnson, outra psicóloga que participou do estudo, “os filmes refletem a emoção que acompanha uma nova relação, mas dão a entender equivocadamente que a entrega amorosa e a confiança acontecem desde o momento em que duas pessoas se conhecem, quando são qualidades que normalmente levam anos a se desenvolver”.

Os pesquisadores se propõem a realizar agora um estudo internacional mais amplo sobre o mesmo tema, e colocaram um questionário a respeito no site

(Yahoo Notícias)

Colaboração: Francis Giovanella Valle

Nota: Infelizmente, há muitas pessoas que preferem “viver” a vida dos outros a investir em sua própria vida e relacionamentos. Os filmes, novelas e Big Brothers contribuem, assim, para manter os espectadores num mundo de faz de conta que acelera a deterioração das relações reais, na medida em que se dedica mais tempo à ilusão do que à realidade.[MB]

Leia também: "Adolescente é julgado por matar a mãe e atirar no pai depois de eles tomarem seu Halo 3"

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Para Tuffani, o debate é necessário

Em sua postagem “A torre de marfim e o risco de macaquear o evolucionismo”, o jornalista especializado em ciência e meio ambiente Maurício Tuffani (ele também foi editor-chefe da revista Galileu) argumenta que “o recente confronto entre criacionistas e o evolucionistas no Brasil está rendendo nos meios de comunicação muitas manifestações que pouco colaboram para um debate de idéias. Mas também têm acontecido algumas interessantes e pedagógicas contraposições de argumentos. Na praticamente absoluta falta de iniciativas acadêmicas para um embate entre os dois lados dessa polêmica, a imprensa, os blogs e outros espaços na internet se tornaram o meio viabilizador para ele”.

Ele diz mais: “Ninguém espera que essas discussões cheguem a um consenso. Mas, independentemente da posição de cada um nessa polêmica, para aqueles que se esforçam em manter um mínimo de honestidade intelectual, essa é uma oportunidade para aprender o que é e o que não é válido em questões que envolvem ciência e religião.”

Na contramão de figuras como Richard Dawkins e Marcelo Leite (Folha), Tuffani diz que “o encastelamento na torre de marfim, com a recusa em participar do debate público nos meios de comunicação, pode ser a maior armadilha que muitos evolucionistas estejam a armar para o próprio evolucionismo”.

No fim de seu texto, Tuffani escreveu: “Ao ser reproduzida no Observatório da Imprensa, minha postagem anterior sobre este tema recebeu muitos comentários, entre eles do jornalista Michelson Borges, editor do site Criacionismo.com.br e da Casa Publicadora Brasileira, uma das 56 editoras pertencentes à Igreja Adventista do Sétimo Dia. No primeiro desses comentários, Borges me atribuiu uma ‘posição equilibrada e não beligerante’. Agradeço pelo elogio, que recebo como um reconhecimento de minha determinação em tentar a todo custo compreender diversos pontos de vista, mas não creio ter uma posição equilibrada. Prefiro a idéia da harmonia por meio do confronto entre os contrários.”

Admiro o Tuffani desde que ele trabalhava na Folha de S. Paulo, quando publicou, em 13/12/1998, uma extensa reportagem no caderno “Mais!” intitulada “Extremos da evolução” (guardo esse caderno até hoje como documento). Numa das matérias está a franca admissão de John Maynard Smith, ao descrever a controvérsia entre dois expoentes evolucionistas (Dawkins e Gould): “Por causa da excelência de seus ensaios, [Gould] tornou-se conhecido entre não-biólogos como o mais destacado teórico da evolução. Em contraste, os biólogos evolucionistas com quem discuti seu trabalho tendem a vê-lo como um homem cujas idéias são tão confusas que quase não vale a pena ocupar-se delas, mas alguém que não se deve criticar em público por ao menos estar do nosso lado contra os criacionistas.”

Continuo discordando do Tuffani em muitos pontos. Mas numa coisa estamos de acordo: o debate educado e o diálogo honesto são bem-vindos, tanto nos domínios da ciência quanto no da religião.

Astrônomo diz que Jesus pode ter nascido em junho

Pesquisa realizada por um astrônomo australiano sugere que Jesus Cristo teria nascido no dia 17 de junho e não em 25 de dezembro. De acordo com Dave Reneke, a “estrela de Natal” que, segundo a Bíblia, teria guiado os Três Reis Magos até a Manjedoura, em Belém, não apenas teria aparecido no céu seis meses mais cedo, como também dois anos antes do que se pensava. Estudos anteriores já haviam levantado a hipótese de que o nascimento teria ocorrido entre os anos 3 a.C e 1 d.C. O astrônomo explica que a conclusão é fruto do mapeamento dos corpos celestes da época em que Jesus nasceu. O rastreamento foi possível a partir de um software que permite rever o posicionamento de estrelas e planetas há milhares de anos.

Baseando-se no Evangelho de Mateus, que descreve a aparição de uma “estrela” como sinal do nascimento de Jesus, Reneke identificou a conjunção dos planetas Vênus e Júpiter, que teriam emitido uma forte luz que poderia ter sido confundida com uma estrela. “Vênus e Júpiter chegaram muito perto no ano 2 a.C refletindo muita luz. Não podemos dizer com certeza que essa era a estrela de Natal descrita na Bíblia, mas até agora esta é a explicação mais plausível que já vi sobre isso”, disse Reneke à BBC Brasil. “A astronomia é uma ciência tão precisa, que podemos apontar exatamente onde os planetas estavam. E há uma grande probabilidade de que essa conjunção possa ser a estrela descrita por Mateus no Evangelho.”

O australiano diz que a pesquisa não é uma tentativa de contestar a religião.
“Quando misturamos ciência e religião há sempre a chance de chatear as pessoas. Neste caso, esses resultados podem servir para reforçar a fé, porque mostram que realmente havia um grande objeto brilhante no céu no momento certo.”

(Terra)

Nota: Ellen White escreveu que a estrela de Belém, na verdade, era formada por anjos e não se tratava de uma “estrela” real ou cadente. Portanto, por mais que alguns astrônomos se esforcem para identificar que astro era aquele, não poderão fazê-lo. Mas, quanto ao nascimento de Jesus, de certa forma, Reneke tem razão: Ele não nasceu a 25 de dezembro. Nessa época, dificilmente os pastores estariam ao ar livre, à noite, com seus rebanhos, pois faz muito frio naquela região. Embora não seja possível precisar a data do nascimento de Jesus, Mateus 2:1 nos dá uma pista: Jesus nasceu antes da morte de Herodes. Assim, de acordo com os historiadores, o Filho de Deus deve ter nascido nos primeiros meses do ano – nem em dezembro, nem tampouco em junho. É interessante que os cristãos que viveram perto da era apostólica, segundo a Enciclopédia Barsa, comemoravam o Natal ora no dia 6 de janeiro, ora em 25 de março. O dia 25 de dezembro foi fixado no ano 440, mas o primeiro Natal foi celebrado em 325, em Roma. O objetivo era “cristianizar grandes festas pagãs realizadas nesse dia: a festa mitraica (religião persa que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos); que celebrava o natalis invicti solis (nascimento vitorioso do sol)” (Enciclopédia Barsa).[MB]

Leia também: "O adventista e o Natal: Como comemorar essa data?"

Garota propaganda da Cabala

Segundo o portal Terra, assim como em vários países em que Madonna [de 50 anos] se apresentou com a turnê Sticky & Sweet, o primeiro show da diva na capital fluminense, realizado neste domingo no Maracanã, não apresentou muitas inovações em relação às performances já conhecidas do grande público. A grande diferença foi a chuva forte que caía na cidade, que acabou atrapalhando parte do espetáculo. Para não escorregar no palco molhado, Madonna foi cautelosa nos passos de suas coreografias, assim como seus 16 bailarinos, que procuraram não ousar muito. Sempre que empunhava sua guitarra, um segurança aparecia prontamente para segurar um guarda-chuva em cima da popstar.

Durante as performances, um grupo de faxineiros da produção tentava expulsar e enxugar a água do palco. Madonna demorou a comentar a chuva, mas o fez na terceira parte do show: “Eu estou muito feliz por voltar ao Brasil após 14 anos. Só me desculpem por vocês estarem molhados.”

“A chuva está legal para vocês?”, emendou ela em seguida. Depois de questionar se a platéia estava feliz e receber um “sim” de resposta, ela disse “obrigado”, no bom português. Já molhada enquanto interagia com os fãs na passarela, a cantora apelou para os palavrões. “F... a chuva”, gritou.

Madonna, que deverá se encontrar com o governador do Rio, é conhecida por divulgar suas crenças cabalísticas. Durante visita a Israel no ano passado, a cantora se encontrou com o presidente israelense Shimon Perez e também celebrou o ano novo judaico, quando comentou em tom de brincadeira ser a embaixadora do judaísmo, o que gerou descontentamento entre judeus. O interesse de Madonna por cabala ficou conhecido em 1998. Nesse ano, ela lançou o disco “Ray of Light”, repleto de referências à mística judaica e temas orientais.

Nota: Madonna não faz shows na sexta-feira à noite, por se dizer guardadora do sábado. Mas qual o motivo que a leva a reservar as horas sabáticas à oração e recolhimento? Ela crê que nesse período há mais “energia positiva”. Portanto, uma distorção do verdadeiro motivo para a observância do sábado bíblico. Segundo o livro O Que É a Cabala Judaica, de Tova Sender, Cabala é o conjunto de concepções místicas judaicas acerca da compreensão de Deus, do universo, da natureza e da alma humana, baseadas em escritos da Idade Média. No fundo, trata-se de uma espiritualização/mistificação do judaísmo, uma distorção da religião bíblica que substitui o conhecimento de Deus pelo “autoconhecimento” e a crença no misticismo.[MB]

domingo, dezembro 14, 2008

Ufólogos estudam casos sem explicação


Quando vi esse vídeo, me lembrei de um livro do falecido Pr. George Vandeman, no qual ele fala sobre os "brinquedos de um anjo caído" que servem justamente para desviar a atenção da humanidade. Extraterrestres existem, mas não são esses aí.

Até quando o MEC vai atrapalhar a educação?

Nos últimos quatro anos, a educação tem sido tema de constantes debates nos quatro cantos do Brasil. É um tema que arrebata pessoas da elite que vêem seu país se tornando insuportável por causa da falta de educação dos pobres; da classe média que se sente incapaz de progredir porque não consegue mais capacitar-se educacionalmente; da classe baixa, que reclama a cidadania e a oportunidade de crescimento pela educação. Mas, desde o fim da ditadura, os governos civis que tivemos pouco fizeram pela educação.

Primeiro, o MEC praticamente sustenta a universidade pública e não-paga, favorecendo os ricos que são a maioria dos seus alunos. Segundo, em conseqüência disso não provê meios adequados para as escolas públicas de ensino fundamental e médio, estaduais e municipais, onde estudam os mais pobres. Terceiro, cumpre de forma precária a entrega de livros didáticos, pois o aluno é obrigado a devolvê-los à escola no fim do ano para que sejam usados no ano seguinte por outros alunos, fora o fato de as escolas receberem livros didáticos diferentes dos que foram pedidos pelos professores. Quarto, recusa-se a implementar uma política de plano de carreira para o magistério deixando que os Estados façam o que bem entendem, no estilo mais baixo da politicagem.

Agora o MEC quer interferir com o trabalho das escolas particulares. Será que falta trabalho para esse órgão governamental? Ou será que é a ânsia de controlar, comum aos ditadores? Ou será o desejo de fazer do Brasil uma ditadura novamente, haja vista que numa ditadura não existem idéias contrárias e tudo é confortavelmente submetido ao pensamento único?

Saiu na Folha de S. Paulo de sábado: “A nossa posição é objetiva: criacionismo pode e deve ser discutido nas aulas de religião, como visão teológica, nunca nas aulas de ciências”, afirmou a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar.

O jornal cita as Escolas Adventistas, o Grupo Mackenzie e o Pueri Dominus, uma rede privada composta por escolas católicas e protestantes. O “crime”: ensinar duas interpretações científicas para seus alunos.

Acho que ao invés de ficar dando ouvidos a cientistas que vivem enclausurados em universidades que notadamente têm estado distantes da realidade brasileira, principalmente no que tange à educação, o MEC deveria usar seus poderes para realmente melhorar a educação. Seja permitindo a livre expressão de pensamentos, seja evitando o desvio de verbas que empobrecem as escolas públicas em todos os Estados, seja criando um clima de camaradagem dentro da escola, seja abrindo bibliotecas 24h (como em algumas cidades norte-americanas) Brasil afora, seja aumentando a verba das escolas de ensino fundamental e médio e diminuindo a verba das universidades brasileiras, seja fazendo uma melhor gestão dos recursos e fazendo auditorias, seja erradicando o trabalho infantil, seja melhorando as condições do ensino médio – que notadamente está sendo o maior fracasso da educação nacional ultimamente.

Bons objetivos (tais quais os supracitados) e o esforço para alcançá-los é o que esta democracia necessita urgentemente. Agora, censura “educativa”, perseguição a supostos hereges, invasão da privacidade das escolas privadas, manipulação de professores, ameaças implícitas através da mídia a grupos educacionais que historicamente só contribuíram para a formação educacional das pessoas... Essa balela ditatorial já é um filme antigo: na ditadura militar diziam ser necessário perseguir aqueles que fizessem supostos “ataques aos bons costumes”. No nazismo de “defesa da raça superior”, nos EUA de Bush, “defesa nacional contra terroristas”, tirando as liberdades civis de toda a nação.

O MEC, desde 1984, não fez da educação de qualidade uma realidade para a maioria dos brasileiros. O governo Lula tem ainda dois anos para mudar o rumo para melhor. Espero que tome consciência disso e melhore, para assim também ajudar a melhorar também o Brasil.

(Sílvio Motta Costa, professor de Português da Escola Estadual Jornalista Roberto Marinho, Campinas, SP)

Leia também: “MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências”

Nota: Ainda segundo a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, o ensino do criacionismo como ciência “é uma posição que consideramos incoerente com o ambiente de uma escola em que se busca o conhecimento científico e se incentiva a pesquisa”. Mas ela parece ignorar que o maior incentivo à pesquisa se faz ao ensinar também o contraditório, fazer o aluno pensar, comparar e escolher. Ou este governo vai continuar “educando” soldadinhos de chumbo para sempre? (Claro que para um governo com pretensões ditatoriais, esse tipo de “educação” é bem conveniente.) Segundo o presidente da Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, Christiano da Silva Neto, “a maneira mais justa e honesta de lidar com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências, dando-se destaque aos pontos fortes e fracos de cada um”. Que mal há nesse tipo de educação aberta à crítica e ao debate? Já que o assunto é ciências, por que o MEC não se preocupa mais com a qualidade dos livros que oferece aos alunos da rede pública (que ainda trazem os desenhos de Haekel, as mariposas de Manchester e o experimento de Urey-Miller como evidências) em vez de ficar se metendo na educação privada, sabidamente de melhor qualidade?[MB]

Leia este texto também no Observatório da Imprensa.

Leia também: “Boa escola, ‘mas’ criacionista” e “Não é somente em Biologia que o MEC/SEMTEC/PNLEM adota livros com erros”