sexta-feira, abril 03, 2009

Humanos antigos não eram bárbaros

Evidência fóssil descoberta mostra que os humanos mais antigos cuidavam — em vez de abandonar ou matar — de seus infantes com limitações físicas: “A descoberta do infante mais antigo conhecido nascido com deformidade cranial indica que, ao contrário da crença popular [quem promoveu essa “crença” foram os cientistas], os humanos mais antigos podem não ter abandonado ou assassinado imediatamente a sua descendência anormal, diz uma nova pesquisa. Muitos mamíferos são conhecidos por rejeitarem seus recém-nascidos com severas deformidades. Por isso, os cientistas presumiram que os humanos antigos se comportavam da mesma maneira...

“Mas essa criança provavelmente teria exigido ‘cuidado de atenção especial’ enquanto ela necessitou... O assassinato deliberado de descendência indesejada ‘não é uma prática incomum entre mamíferos, inclusive os grandes macacos’, nossos parentes genéticos mais próximos [sic]... Mas a nova descoberta mostra que a condição da criança fóssil ‘não foi um impedimento para [que recebesse] a mesma atenção como qualquer outra criança Homo do Pleistoceno Médio’, escreveram os autores da pesquisa.

“A surpresa vem porque muitos cientistas veem a nós humanos apenas como animais. Mas há algo — eu ouso dizê-lo, excepcional — sobre a espécie humana, e aparentemente essa distinção que faz tal imensa diferença tem sido parte de nós desde quando começamos primeiro a surgir/evoluir/ser criados (faça sua escolha).

“Sim, sim, eu sei: sociedades humanas têm assassinado crianças com limitações especiais ou as abandonado à sorte. Caracas, mano, os holandeses fazem isso hoje em suas unidades hospitalares neonatais — me indicando que a sociedade holandesa experimentou uma séria regressão ética desde os tempos mais remotos. Mas, esta história ilustra vividamente que ser humano é algo diferente em tipo do que qualquer forma de vida conhecida que já existiu no universo.

“Não, a exceção da condição humana não é arrogância. É indiscutível.”

(Texto de Wesley Smith, republicado no blog Desafiando a Nomenklatura Científica)