segunda-feira, abril 27, 2009

Show de asas

A decolagem foi tranquila. Em poucos segundos, estávamos voando a 300, 400, 500 metros de altura. Daria para ir mais alto, acima dos mil metros, mas, segundo o César Parente, o instrutor que pilotava o planador, é mais seguro ficar abaixo das nuvens para ter visibilidade. Enquanto voávamos em círculos, rebocados por um monomotor Aeroboero 180, eu aproveitava para fotografar e filmar tudo. Quando chegamos a 600 metros, o César disse: “Pode puxar a alavanca amarela para soltar a corda.” Puxei e a corda que nos ligava ao rebocador se soltou. A viagem ficou mais silenciosa – afinal, nosso “pássaro” não tinha motor. Era tudo muito tranquilo. As asas compridas de alumínio (com 17 m de envergadura) nos mantinham flutuando estáveis como se estivéssemos sobre uma rodovia plana e invisível. Mas essa paz durou pouco. “Vamos voar com emoção, agora”, disse o César, me aconselhando a juntar os braços ao corpo para firmar a câmera. De repente, senti como se o chão invisível desaparecesse debaixo de nossos pés. Estávamos mergulhando a 180 km por hora. O estômago gelou e soltei um involuntário “uufff!”. Depois de alguns segundos, o César puxou o manche e voltamos a subir. O corpo colou no assento e meus braços e a câmera pareciam ter uns 50 quilos, graças à força de duas gravidades a que estávamos sendo submetidos. O planador subiu mais um pouco e parou. Sim, parou em pleno ar! Aí não senti mais meu peso. A gravidade agora era zero. Por alguns segundos, me senti como um astronauta, até que “uufff!” de novo. O César repetiu o processo algumas vezes, até que chegou o momento de pousar. O planador se aproximou rapidamente do solo e, quando parecia que ia tocar o chão, uma última surpresa: ele arremeteu e voltamos a subir, para então pousar suavemente no asfalto da pista do Aeroclube. Show de bola! Ou melhor, de asas.

Essa é a minha versão da aventura que, como repórteres da Conexão JA, a Sueli, o Fernando e eu experimentamos para contar tudo na seção “Adrenalina” da edição deste trimestre. Não perca essa reportagem!

A matéria de capa, “Campus missionário”, trata do desafio de viver como cristão num campus secular. Como manter e partilhar a fé no ambiente acadêmico? Para a seção “Expressão”, entrevistamos o grupo vocal Artpella, vencedor do programa “Astros”, do SBT, no ano passado. O testemunho deles é muito bonito. Tem também matéria sobre namoro, dicas sobre internet, mercado de trabalho e saúde, além do relato de uma jovem que ajudou um amigo ateu a conhecer Jesus.

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Michelson Borges