quinta-feira, julho 16, 2009

Governo britânico incentiva masturbação

O governo britânico bolou uma nova maneira de estagnar o alto índice nacional de gravidez na adolescência: o Serviço Nacional de Saúde publicou um panfleto encorajando adolescentes a tomarem sua sexualidade pelas mãos e masturbarem-se. As reações à questão são muito curiosas. Alguns a receberam bem, outros acreditam que adolescentes vão levar o conselho a sério demais e se envolver em comportamentos sexuais de risco, e outros ainda estão mortificados e acham que educação sexual deveria ser deixada para os pais (porque afinal eles tem feito um ótimo trabalho até o momento).

Educação sexual baseada apenas na abstinência tem sido um fracasso, mas por alguma razão os pais sentem-se muito nervosos com o assunto. Quando a Cirurgiã Geral Joycelyn Elders sugeriu durante uma audiência no AIDS Day nas Nações Unidas em 1994 que crianças deveriam aprender sobre masturbação, ela foi convidada a demitir-se pelo presidente Clinton, que cedeu a intensa pressão dos conservadores. Elders havia simplesmente sugerido que informação apropriada à idade fosse incluída no currículo escolar.

Nos círculos educacionais, Elders não estava falando nada particularmente novo ou revolucionário: as diretrizes do Conselho de Informação e Educação da Sexualidade (a principal fonte de materiais sobre educação sexual adotados pelo Departamento de Educação) apoia a disseminação de informação correta sobre masturbação. (...)

(Hypescience)

Nota: A educação para a abstinência tem sido um "fracasso" justamente pela hipocrisia da nosssa sociedade e dos governantes. Ao mesmo tempo em que gastam enormes somas de dinheiro em campanhas de conscientização sobre "sexo seguro" que, via de regra, se resumem ao paliativo do preservativo (afinal, é mais fácil distribuir camisinhas do que investir em conscientização a longo prazo), exibem sexo e erotismo em filmes, novelas e outras produções. Está mais que provado que esse tipo de conteúdo leva à iniciação sexual precoce e à gravidez na adolescência. E o que surte mais efeito: as campanhas (i)racionais do governo ou as superproduções emocionais de Hollywood e das emissoras de TV? A resposta parece óbvia, não? Agora vem o governo britânico com essa "solução"... Se os adolescentes e jovens não fossem sexualmente estimulados, o problema certamente não seria tão grande. A verdadeira solução deveria ir da causa para o efeito e não o contrário disso.[MB]