segunda-feira, agosto 31, 2009
O evangelho segundo Saramago
Brasil e Portugal já produziram romancistas, ensaístas, dramaturgos, cronistas e poetas de estatura, que nada deveram a seus pares de outras línguas: Machado, Eça, Sá Carneiro, Pessoa, Drummond, Almada Negreiros, Bandeira, Cecília Meirelles, João Cabral, o próprio Graciliano – a lista é imensa.
Coube, entretanto, a Saramago o reconhecimento máximo ao nosso idioma por meio de um Nobel. Não cabe aqui discutir-lhe os méritos. Há quem aprecie sua pontuação bissexta, seu estilo professoral, que enfastia o leitor menos ovino. Contudo, sejamos indulgentes com o pouco que se salva: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) é uma obra impressionante. Memorial do Convento (1982) também merece ovações (ok, ok... dou a mão à palmatória aos que dizem que o primeiro é impressionantemente maçante e o segundo mereça ovadas).
Mas veio 1998 e com ele o Nobel. E foi-se o que havia de memorável em Saramago. Alçado à condição de celebridade laureada, danou a garatujar libelos ideológicos e iconoclásticos, invariavelmente imaturos, juvenis.
Voltaire, lendo o celerado Rousseau, dizia-se tentado a andar de quatro. Quando leio a resenha de qualquer dos livros de Saramago, vem-me de imediato à mente uma fala de Micael Cássio, tenente do mouro Otelo: “To be now a sensible man, by and by a fool, and presently a beast!” (em tradução livre: “Era um homem sensato, que aos poucos foi-se tornando um idiota; e agora é uma besta”).
Sinal dos tempos e da decadência mental e cultural do Ocidente: espinafrar o Cristianismo ainda é o melhor atalho para a publicidade gratuita e o aplauso fácil. Interessante notar que Pasolini (aquele!) foi rigorosamente respeitoso para com Jesus Cristo em seu O Evangelho Segundo Mateus, assim como Mel Gibson em “A Paixão de Cristo”. O mesmo não se pode dizer de Martin Scorcese em “A Última Tentação de Cristo”. Compreende-se: a patota de Saramago, essa nata que se pretende bem-pensante, não admite que se mostre Jesus reduzido por sessões de tortura a um moribundo irreconhecível, mas vai ao delírio quando Ele é retratado tendo fantasias sexuais com Maria Madalena. Voltemos ao escritor português.
Em novembro de 2008, durante a comemoração do cinquentenário do caderno “Ilustrada” da Folha de S. Paulo, José foi sabatinado pelo jornal perante um auditório com cerca de 300 pessoas. Sempre à vontade diante da deslumbrada claque, soltou o verbo:
“A história da humanidade é um desastre contínuo. (...) Esta raiva que no fundo há em mim, uma espécie de raiva às vezes incontida, é porque nós não merecemos a vida. Não a merecemos. (...) O que importa é que o mundo estava errado, e eu queria fazer coisas para modificá-lo. O espaço ideológico e político em que se esperava encontrar alguma coisa que confirmasse essa ideia era, é claro, a esquerda comunista. Para aí fui e aí estou. Sou aquilo que se pode chamar de comunista hormonal. O que isso quer dizer? Assim como tenho no corpo um hormônio que me faz crescer a barba, há outro que me obriga a ser comunista.” (No fim da entrevista, uma saramaguete mais espevitada berrou do fundo da plateia: “Em nome de todos os brasileiros, obrigada por existir!”)
Não se pode acusar Saramago de incoerência. Ao reconhecer que o Homem não merecia a vida, desposou ele uma ideologia que levou o ódio à Humanidade ao Estado da Arte: em números subestimados, ao menos 150.000.000 de almas foram ceifadas. Precavido, Saramago esconde-se atrás de um subterfúgio curioso, o tal “marxismo hormonal”. Quão conveniente! Em Nuremberg, os nazistas (que foram bem menos prolíficos que os socialistas em produzir cadáveres) alegaram estar cumprindo ordens. Ao sapatear sobre uma cordilheira de defuntos, José de Sousa Saramago sempre poderá dizer: “Eu estava apenas cumprindo meu código genético.”
O que o comunista tardio Graciliano Ramos tem a ver com a história? Em 10/12/2009, por ocasião dos 70 anos da publicação de Vidas Secas, o sempre correto jornalista Reinaldo Azevedo escreveu para Veja um artigo sobre o escritor alagoano (confira aqui). Algumas partes do texto:
“Vidas Secas? É bastante conhecida uma das mais devastadoras passagens da literatura brasileira: as páginas em que Graciliano narra a agonia e morte da cadela Baleia. Fabiano, que vaga com a família pelo sertão, tangido pela seca, decide matá-la com um tiro para aliviar-lhe o sofrimento. Segue um trecho:
“‘A carga alcançou os quartos traseiros e inutilizou uma perna de Baleia (...) E, perdendo muito sangue, andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo (...). Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um nevoeiro impedia-lhe a visão. Pôs-se a latir e desejou morder Fabiano. (...) Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração. Precisava vigiar as cabras: àquela hora, cheiros de suçuarana deviam andar pelas ribanceiras, rondar as moitas afastadas. (...) A tremura subia, deixava a barriga e chegava ao peito de Baleia. (...) A pedra estava fria. Certamente sinhá Vitória tinha deixado o fogo apagar-se muito cedo. Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás (...) gordos, enormes.’”
Prossegue Azevedo:
“Baleia é mais comoventemente miserável quando se arrasta sobre dois pés, quando ‘anda como gente’. Ele não deprecia o homem, comparando-o ao cão; antes, hominiza o cão porque vê com compaixão a nossa condição – e essa compaixão inclemente pelo humano é marca da sua obra. Há dias, em passagem pelo Brasil, José Saramago declarou padecer de ‘marxismo hormonal’. Segundo o escritor português, não merecemos a vida. Ele nos negaria um pedaço de osso. ‘Preás gordos, enormes’, então, nem pensar.”
E conclui:
“‘Todo homem mata aquilo que ama’, escreveu na cadeia o escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900). Por isso nos arrastamos, como Baleia, vida afora, em busca de perdão. Somos uns cães. Mas, ainda assim, dignos de amor. E cerraremos os olhos contando acordar felizes, num mundo ‘cheio de preás gordos, enormes’.”
(Marco Antonio Dourado, analista de TI, Curitiba, PR)
Leia também: "A fixação bíblica de José Saramago"
Direito à liberdade religiosa
“Ao reunir artigos de tão excelentes especialistas no campo da liberdade religiosa, os coordenadores Valerio de Oliveira Mazzuoli e Aldir Guedes Soriano prestam significativa contribuição na promoção e na proteção dessa liberdade fundamental que é a liberdade religiosa. Que este livro possa ser lido por todos aqueles que acreditam em um mundo justo e acolhedor” (John Graz, secretário da General International Religious Liberty Association - IRLA).
A palestra e lançamento do livro Direito à Liberdade Religiosa: Desafios e perspectivas para o século XXI será apresentada no dia 21 de setembro, no Salão Nobre da OAB-SP, Praça da Sé, 385 – 1° andar.
A inscrição para a palestra pode ser feita online, aqui.
Para adquirir o livro, acesse o site www.editoraforum.com.br/loja
domingo, agosto 30, 2009
Acordo entre Brasil e Vaticano passa na Câmara
(Portal ORM)
Segundo matéria publicada na Folha Online, evangélicos argumentaram que a palavra "católico" não trata as religiões igualmente. O Ministério da Educação também criticou o ponto, porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ao falar sobre ensino religioso, não cita nenhuma fé específica e também veda a promoção de uma religião. Reportagem da Folha, publicada na edição do último dia 27, afirma que os deputados discutiram sobre a possibilidade de fazer uma ressalva, retirando a palavra do texto. Ao final, fechou-se um acordo para aprovar o texto na íntegra. No entendimento do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), a ressalva só seria possível se validada pelo Vaticano.
Leia também: "Análise do tratado Brasil-Vaticano"
Saramago "redime" Caim em novo romance
Saramago vai falar pela primeira vez de seu novo livro no lançamento mundial, em Lisboa. Mas o escritor, que passa o verão em sua casa na ilha espanhola de Lanzarote e prepara as malas para voltar a Lisboa, falou à Efe por e-mail que o que pretende dizer com Caim é que "Deus não é de se fiar. Que diabo de Deus é esse que, para enaltecer Abel, despreza Caim?" [Saramago critica o que não conhece. Despreza o que ignora e não se dá ao trabalho de estudar a teologia por trás das histórias bíblicas. Qualquer leitor mais atento da Palavra de Deus sabe que os sacrifícios de cordeiros representavam o grande sacrifício que Jesus, o Cordeiro de Deus (cf. João 1:29), faria na cruz pela humanidade. Quando Caim ofereceu frutas em sacrifício, no lugar do cordeiro, estava, na verdade, desprezando a provisão dada por Deus para perdão dos pecados: o sangue do inocente cordeiro/Jesus pela culpa do arrependido. A atitude de Caim ilustra bem a tentativa de salvação/justificação pelas obras humanas.]
Quase 20 anos depois de seu discutido livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, que foi vetado pelo governo português para competir pelo Prêmio Europeu de Literatura, o Nobel português faz uma irreverente, irônica e mordaz leitura por diversas passagens da Bíblia, mas não teme que voltem a crucificá-lo.
"Alguns talvez o façam" - afirma Saramago - "mas o espetáculo será menos interessante. O Deus dos cristãos não é esse Jeová. E mais, os católicos não leem o Antigo Testamento. Se os judeus reagirem não me surpreenderei. Já estou habituado." [Se o Deus dos cristãos não é Jeová, Jesus foi um mentiroso, pois Se referiu inúmeras vezes a esse Deus como Seu Pai e o Criador de todas as coisas. Diversas vezes Jesus disse que os judeus de Seu tempo aqui na Terra estavam errando por não conhecerem as Escrituras, e essas Escrituras às quais Ele Se referia eram o Antigo Testamento que justamente apresenta Jeová como o Deus dos judeus e dos cristãos. O Novo Testamento consiste na sequência natural e ampliação do Antigo. Saramago erra mais uma vez.]
No entanto, acrescentou: "Mas é difícil para mim compreender como o povo judeu fez do Antigo Testamento seu livro sagrado. Isso é uma enxurrada de absurdos que um homem só seria incapaz de inventar. Foram necessárias gerações e gerações para produzir esse texto." [Saramago deve ter raiva da religião, por algum motivo que talvez a psicologia pudesse explicar... De fato, foram necessárias muitas gerações para produzir a Bíblia, mas isso, longe de desacreditá-la, chama mais atenção para sua credibilidade, pois todos os livros do cânon sagrado são perfeitamente harmônicos e não se contradizem. Isso é fantástico!]
José Saramago não considera esse romance seu particular e definitivo ajuste de contas com Deus, porque "as contas com Deus não são definitivas, mas sim com os homens que O inventaram", disse. "Deus, o demônio, o bem, o mal, tudo isso está em nossa cabeça, não no céu ou no inferno, que também inventamos. Não nos damos conta de que, tendo inventado Deus, imediatamente nos tornamos Seus escravos", assinalou o autor. ["Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará", disse Jesus (cf. João 8:32). Entre um ateu enraivecido e Jesus, fico com o segundo, sem pestanejar.]
O escritor nega que o fato de ter chegado perto da morte há um ano, quando foi hospitalizado por conta de uma pneumonia, o tenha feito pensar mais em Deus. "Tenho assumido que Deus não existe [ele "assume" porque sabe que não pode afirmar isso], portanto não tive de chamá-Lo em uma situação gravíssima na qual me encontrava. Mas se eu o chamasse, e ele aparecesse, que poderia dizer ou pedir a Ele, que prolongasse minha vida?" Saramago diz ainda que "morreremos quando tivermos que morrer. E diz que quem o salvou foram os médicos, Pilar (sua esposa e tradutora) e o excelente coração que tenho, apesar da idade [e o "excelente coração" que ele tem é resultado de quê? Quem o projetou? A ingratidão é triste.]. O resto é literatura, da pior espécie". (...)
O escritor começou a pensar em Caim há muitos anos, mas começou a escrever o romance em dezembro de 2008, concluindo o texto em menos de quatro meses. "Estava em uma espécie de transe [!]. Nunca havia me sucedido tal coisa, pelo menos com essa intensidade, com essa força", lembra. (...)
(O Estado de S. Paulo)
sábado, agosto 29, 2009
"Você não vale nada, mas eu gosto de você"
Contendo minha indignação com a falta de respeito daqueles que nos faziam conhecer na marra seu (des)gosto musical, peguei-me pensando naquela letra e imaginei o que Deus pensa a nosso respeito. Por um lado, não valemos nada; não temos méritos que nos recomendem; somos todos pecadores carentes da graça divina. Mas a cruz de Cristo nos atribui profundo valor. Chega a ser um paradoxo: não valemos nada, mas valemos muito. Para Deus, somos tão preciosos que Ele enviou o próprio Filho para morrer em nosso lugar. Não valemos nada, mas Ele gosta de nós. Ele nos ama. "Com amor eterno Eu te amei", diz o Senhor, "por isso, com benignidade te atraí" (Jr 31:3).
Para fugir do barulho, decidimos ir passear numa praça. Quando passei pelos moços, orei por eles em pensamento, e pensei: não valemos nada, mas Deus nos ama mesmo assim.
Michelson Borges
sexta-feira, agosto 28, 2009
Impressões...
Se olharmos para Deus e O avaliarmos sob prismas humanos, certamente ficaremos confusos, pois as opiniões são divergentes. Qual a "opinião" certa sobre Deus? A única "opinião" coerente é aquela fornecida por Ele mesmo, revelada na Bíblia.
Como é fascinante a Bíblia! É um best seller, traduzido para um total de 1.710 línguas e dialetos, com tradução total ou parcial de algum livro importante.* Ela apresenta princípios de saúde e boa convivência. Expõe biografias interessantes de pessoas que venceram as circunstâncias da vida ou foram derrotados por elas. Reis, magistrados, juízes, diplomatas, pessoas do campo, pescadores, médicos, donas de casa... cada personagem tem uma história a nos relatar sobre a fé. Esse é um dos pontos intrigantes desse livro maravilhoso: ele inspira fé, coragem e determinação para vencer quando todos sabem ser impossível sobreviver. [Leia mais]
Livro mostra tabagismo como epidemia
Algumas informações do primeiro capítulo:
- O cigarro matou mais no século 20 que todas as guerras somadas: foram 100 milhões de vítimas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
- O fumo mata 3,5 milhões de pessoas no mundo ao ano, número superior à soma das mortes provocadas pelo vírus da aids, pelos acidentes de trânsito, pelo consumo de álcool, cocaína e heroína e pelo suicídio.
- No Brasil, todo ano, morrem 80 mil pessoas de doenças relacionadas ao fumo, quase o dobro das vítimas de homicídio no País.
- O cigarro é o maior causador de mortes evitáveis na história da humanidade.
- O futuro pode ser ainda mais tenebroso. Se os padrões de consumo continuarem inalterados no século 21, o cigarro deverá matar dez vezes mais que no século passado: 1 bilhão de pessoas, segundo projeção do Banco Mundial e da OMS. Em 2020, as mortes por ano deverão atingir a casa dos 10 milhões, se nada mudar até lá.
Para retratar com mais precisão o tabagismo, elevado à categoria de doença pela OMS a partir de 1992, os médicos colocaram em circulação um termo reservado para ocasiões muito especiais: pandemia, ou epidemia generalizada. O cigarro gerou a maior pandemia da história, na definição da OMS: 1,1 bilhão de pessoas fuma, o equivalente a um terço da população adulta do mundo.
Compre aqui.
Nota: Se você fuma e quer deixar o vício (ou conhece alguém que queira), procure a igreja adventista mais próxima de você e solicite informações sobre o curso Como Deixar de Fumar.
Zoo criacionista britânico irrita Associação Humanista
A BHA diz que o Noah's Ark - localizado em uma propriedade semelhante a uma fazenda - é capitaneado pelo casal Anthony e Christina Bush, que se apoia na tese de que o mundo foi criado por Deus em seis dias. A entidade afirma ainda que o zoo descredita fatos científicos, como a datação por radiocarbono (método pelo qual se mede o tempo de vida de uma determinada espécie [sic] ou descoberta arqueológica, a partir do elemento químico), o registro de fósseis e a velocidade da luz.
Os próprios donos do local não fazem questão de manter segredo a respeito de sua crença - mas alegam que são diferentes da corrente "purista" do criacionismo, porque o zoológico explica a vida a partir de "ambos, Deus e a evolução".
Em uma longa seção intitulada "pesquisas de criação", o site do zoológico diz que o darwinismo é falho, e afirma que deseja encorajar o "debate criacionista/evolutivo".
"Acreditamos que o zoológico ilude o público pelo fato de não admitir abertamente a agenda criacionista nas suas atividades promocionais e na má interpretação do mundo natural", afirma o diretor de educação e relações-publicas da BHA, Andrew Copson. "Estamos pedindo para que as autoridades competentes parem de promover o local. Acreditamos que o apoio a crenças religiosas ou ideológicas seja inapropriado", observa.
O governo britânico não permite o ensino do criacionismo faça parte do currículo nacional, mas orientações sobre o ensino já foram publicadas por ministros.
O pesquisador-assistente do Noah's Ark, Jon Woodward, rejeitou a acusação feita pela BHA, afirmando que o debate do Criacionismo era limitado a pôsteres em uma seção dentro do zoológico. "Estamos em busca de uma evidência, e não é 100% certo que Deus não teve envolvimento na criação da Terra", afirmou.
O zoológico tem, em média, 120 mil visitantes anuais.
(Folha Online)
Nota: É exatamente assim que acontece: todos têm direito de expressão, exceto se essa expressão colocar em cheque a "maior descoberta científica de todos os tempos". O debate é proibido. Usa-se a força para colocar a mordaça. Se fazem isso com criacionistas mais moderados, o que se fará com os "fundamentalistas" que, além de tudo, insistem no sábado do quarto mandamento (Êxodo 20:8-11) como memorial da Criação em seis dias? Infelizmente, já sei a resposta...[MB]
Eu preciso quebrar o silêncio?
A maioria das pessoas que tem acesso ao material da campanha Quebrando o Silêncio pensa em outras pessoas como agentes de violência. Porém, no fim do ano de 2008, passei por algo que me fez repensar minhas atitudes.
Sou pai de duas crianças (Lívia, de seis anos, e Kalel, de cinco) e sempre brincamos no Natal. Como cristãos, explicamos o real significado dessa data e temos, em família, o costume de surpreender nossos filhos com presentes que são colocados embaixo da famosa árvore. E são várias bugigangas que eles recebem de mim, minha esposa, tios e avós. Como bônus, na semana do Natal, sempre “aparece”, antecipadamente, um ou outro brinquedo embaixo da árvore.
Também nutrimos a ideia da existência do Papai Noel, contrariando até coleguinhas e professores da Lívia que diziam que ele não existe. Para o Natal de 2008, havia uma promessa especial em nossa brincadeira: a Lívia e o Kalel conheceriam o Papai Noel deles. Comprei minha fantasia vermelha, ensaiei meu melhor Ho! Ho! Ho! e curti muito a expectativa dos meus pequenos. Finalmente minha esposa e eu nos revelaríamos para eles.
Porém, uma semana antes do Natal, a Lívia fez algo merecedor de disciplina.
Como ferramenta de educação, armei-me de uma varinha e disse para a Lívia:
- Não está certo o que você fez e eu já chamei sua atenção várias vezes a esse respeito. Você sabe que precisa de castigo, não sabe?
- Sim, pai! – disse ela, sem tirar os olhos da varinha – Eu sei.
- Vou dar duas escolhas para você – falei, pensando que era uma grande oportunidade de ensinar, também, sobre escolhas. – Qual castigo você quer: duas varadas, ou ficar sem os presentes e a brincadeira de Natal?
Na minha mente, a resposta era óbvia: a Lívia escolheria a varinha, afinal, qual criança do mundo abriria mão de brincar no Natal e ganhar presentes? Mas a resposta me surpreendeu. Com uma lágrima rolando antecipadamente pela bochecha rosada, a Lívia disse:
- Pai, eu fico sem o Natal, mas, por favor, não em bate.
Fiquei sem chão. Não imaginava que aquela vara doesse tanto no corpo e na mente da minha filha. Arrependi-me de ter feito a proposta; arrependi-me de usar a varinha como ferramenta rápida e “eficaz” para disciplina. Naquele momento, eu era o agressor da minha filha.
Palmadas, chineladas, varadas, gritos, sempre são muito eficazes. É como jogar água fria numa fogueira. Como as crianças estão em constante (e barulhento) movimento, esses meios de correção imediatos podem ser banalizados pelos pais. Mas o quanto isso lesiona o corpo e a autoestima de nossos filhos?
A agressão pode ser verbal e descontrolada, falando impropérios para nossos pequenos. Geralmente as palavras ferem muito mais do que imaginamos, machucando a estima dos filhos e degradando seus sentimentos. Principalmente, nossas palavras podem colocar dúvida na mente pueril dos filhos quanto ao amor que sentimos por eles.
Se palavras machucam, as ações de violência contra uma criança também. Chineladas, varadas, palmadas, quando fizerem parte dos recursos de disciplina dos pais, devem ser utilizadas, no mínimo, com muita moderação e apenas para casos extremos. Os pais devem avaliar, inclusive, qual a frequência e intensidade com que usam tais recursos.
Depois de ficar um tempo sem palavras, olhei para minha filha à minha frente e perguntei:
- Dói muito a varada?
- Dói – ela disse.
Meu coração mole de pai, então, deu uma nova alternativa:
- Vamos fazer o seguinte: dou uma varada apenas, e mais fraca. Assim você pode brincar o Natal e ter seus presentes.
A Lívia aceitou e levou a varada mais leve de sua vida, pois, diante da violência do próprio pai, ela quebrou o silêncio e revelou o quanto aquilo a machucava.
(Denis Cruz é advogado e autor do livro Além da Magia)
Falsos cristos (mas esses ainda são "fichinha")
"Professor Vissarion", ou "O Jesus da Sibéria", como é chamado o ex-guarda de trânsito Sergei Totop, cumprimenta seguidores na vila de Petropavlovka. Para milhares de seguidores, "Vissarion" é a reencarnação de Jesus Cristo, mais de 2 mil anos depois da sua morte.
(Terra)
Nota: "Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas... Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será, também, a vinda do Filho do homem" (Mateus 24:23, 24, 27).
quinta-feira, agosto 27, 2009
A elite dos cientistas e a crença em Deus
Richard Dawkins (que esteve em Parati, na Flip) é outro cientista famoso, mas sem as qualidades de suavidade e humildade de Sagan. É um militante pela causa do ateísmo. No seu livro Deus, um Delírio, ele se mostra intolerante e rude. Teve a insensatez de propor a mudança do nome de “ateu” para “ILUMINADO”, o que pressupõe chamar de “APAGADO” quem acredita em Deus. Os autores do livro O Delírio de Dawkins (Alister McGrath e Joanna McGrath) nos dizem ainda mais sobre o seu comportamento agressivo: “Educar as crianças dentro de uma tradição religiosa é uma forma de abuso infantil.” O radicalismo inconsequente não é um privilégio dos tolos, afinal. Religião pode trazer um comportamento mais sociavel, e a esperança em outra vida ajuda na procura da felicidade. Não cabe aqui, nesta pequena nota, tratar da questão, mas a China é um dos poucos lugares do mundo onde o povo não acredita em Deus. Os valores são todos materiais, e o chinês é flagrantemente infeliz. Uma elite, uma minoria pode ser ateia, mas 1 bilhão de pessoas é um problema e tanto.
Alister e Joanna McGrath nos dão uma amostra do mundo científico em relação a Deus: “Em 1916, cientistas diligentes foram inquiridos sobre se acreditavam em Deus, especificamente num Deus que Se comunica de modo zeloso com a humanidade e a quem se possa orar na expectativa de receber uma resposta. Os deístas não acreditam num Deus segundo essa definição. Os resultados ficaram famosos: grosso modo, 40% acreditavam nesse tipo de Deus, 40% não, e 20% não tinham certeza.” Valendo-se dessa mesma pergunta, a pesquisa foi repetida em 1997 e resultou quase exatamente no mesmo padrão, com um leve aumento dos que não acreditavam (chegando a 45%). O número dos que acreditavam em Deus permaneceu estável, em torno de 40%.
Esses dados foram uma grande surpresa para mim. Pensei que os cientistas ateus fossem maioria esmagadora. O diretor do Projeto Genoma, Francis Collins, é cristão. Outro choque. Ele é considerado o maior biólogo vivo, e trabalha com o estudo do DNA, que é o código de hereditariedade da vida. Collins foi o responsável pelo mapeamento do corpo humano. Muitos outros exemplos de cientistas que acreditam em Deus estão no livro dos McGrath.
Aqueles que estiverem interessados em ver como ciência do mais alto nivel não exclui caminhar junto com a crença em um Deus misericordioso, podem consultar: O Delírio de Dawkins, Alister McGrath & Joanna McGrath, editora Mundo Cristão, 2007, A Linguagem de Deus, Francis Collins, editora Gente, 2007, Cristianismo Puro e Simples, C.S.Lewis, editora Martins Fontes, 2005 [e as dicas de leitura deste blog].
(Claudio Mafra, Reflexões Radicais)
Tá na Bíblia nada
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), na tribuna do Senado, defendia o governo na decisão de compra de submarinos. Encerrou seu discurso dizendo que a própria Bíblia recomenda: "Se queres a paz, prepara-te para a guerra." E enfatizou: "Está na Bíblia!" Assim que desceu da tribuna, o senador Mão Santa (PMDB-PI), que presidia a sessão corrigiu: "Ô, Crivella, não está na Bíblia, não. Quem disse isso foi Mcnamara, um general americano." Crivella ficou sem graça.
Na verdade, a frase é a tradução de um ditado latino cunhado pelo Império Romano: "Se vis pacem para bellum". Teria sido escrita pelo autor romano Publius Flavius Vegetius Renatus. Mcnamara pode ter citado - certamente citou - mas não é o autor, como parece pensar o Mão Santa. E não consta que está na Bíblia. Ambos os senadores, portanto, não estavam certos.
Nota: "Bispos" também precisam ler a Bíblia de vez em quando...
(Fonte: ClicRBS)
quarta-feira, agosto 26, 2009
E a goleada das evidências contra Darwin?
"Sandro de Souza passou quatro anos fazendo doutorado na Universidade de Harvard com o professor Walter Gilbert, ganhador do prêmio Nobel de Química. É responsável pelo laboratório de Biologia Computacional do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer e está envolvido em vários projetos de genômica executados no Brasil nos últimos anos."
Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: "Sandro de Souza, por que você não abordou as 'zonas de incertezas' na teoria da evolução de Darwin no seu livro? A origem da vida, a embriologia e o desenvolvimento, o registro fóssil, as árvores filogenéticas, a seleção natural e os mecanismos de evolução. Essas linhas de evidências são necessárias para a corroboração de quaisquer teorias da evolução num contexto de justificação teórica. Darwin não fecha as contas epistêmicas desde 1859.
"Aqui a goleada é das evidências contra as especulações transformativas de Darwin: quase quatro décadas de artigos publicados na literatura especializada que a Nomenklatura científica prefere deixar silenciosa para não afundar de vez o HMS 'Darwinic'. A Grande Mídia Tupiniquim nem se fala: nada fala. Sofre da Síndrome Ricuperiana: o que Darwin tem de bom a gente fala; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde. Parece ser o caso do livro de Sandro de Souza.
"Sandro de Souza sabe: Darwin não fecha as contas da macroevolução no contexto de justificação teórica. E Darwin 3.0 [A Síntese evolutiva Ampliada] foi considerada? Dizem as más línguas que a seleção natural de Darwin terá um papel secundário. Você cobriu esse afastamento teórico de Darwin?
"Durma-se com um barulho desses. Darwin não fecha as contas, e Sandro de Souza diz que ele ganhou de goleada. Está faltando muito Bacon na ciência hoje em dia..."
Igreja da Flórida usa canções do U2 em cultos
A relação do U2 com temas religiosos é amplamente conhecida. Em 1988, o vídeo “Rattle And Hum”, estrelado pelo quarteto, revela o encontro do grupo com um coral gospel em Nova York, parceria que rendeu uma versão de “I Still Haven’t Found (What I’m Looking For)”.
Desde o início da carreira, a banda de Bono tem integrado assuntos religiosos em suas canções. Faixas como “Gloria”, “40” e “Wake Up Dead Man” são pautadas por questões espirituais.
“Beautiful Day”, tirada do álbum “All That You Can’t Leave Behind”, foi a música escolhida por Geoffrey Lentz, ministro da igreja, para abrir o culto. “A canção fala sobre encontrar esperança em situações de desespero”, disse Lentz. “Minha mensagem é que apesar de o mundo ter coisas ruins, nós precisamos passar por isso, há esperança no pombo que traz um ramo de oliveira.”
(Folha Online)
Nota: Talvez alguns fiquem chocados com essa mistura do “sagrado” com o “profano”. Mas é bom lembrar que em muitas igrejas está ocorrendo fenômeno bem mais sutil, mas progressivo: a invasão de estilos musicais não condizentes com a adoração a Deus, que mais fazem é levar os ouvintes (adoradores?) ao êxtase religioso meramente emocional, exaltando quem louva em detrimento de Quem deveria ser louvado.[MB]
Leia também: “A música nos últimos dias – louvando a quem?”
Domingo também é dia de aula
Na turma 22 da 2ª série do Ensino Fundamental, o encontro inusitado de ontem foi comemorado pelos estudantes, que assistiam, com atenção, às explicações de uma professora de hebraico.
– Nunca tive aula no domingo, mas é legal – disse Laura Sibemberg Kubaski, oito anos.
Assim como Laura, a colega Deborah Leistner Segal, sete anos, também aprovou a novidade. Numa manhã de domingo qualquer, ela aproveitaria para dormir até mais tarde e, depois, brincar com as vizinhas.
– Prefiro estar aqui – resumiu.
Para a coordenação da escola, o primeiro domingo letivo de 2009 foi um sucesso: o número de alunos que faltaram não foi expressivo quando comparado ao de qualquer outro dia de aula. Entre os professores, a adesão dos estudantes à novidade chegou a surpreender.
– Só quatro faltaram. Os outros 21 vieram. Mas causa uma certa confusão com relação à semana. Parece que hoje é segunda-feira – disse Edilene da Silva, que, pela primeira vez, lecionou em um domingo.
Nem só os alunos tiveram de comparecer ao colégio ontem. A instituição aproveitou a data para promover a Festa do Dia dos Pais, no auditório da escola. Em meio à alegria do encontro com os colegas e às homenagens à família, estudantes do 3º ano do Ensino Médio tiveram de encontrar serenidade para encarar um compromisso sério. Para eles, o domingo foi dia de fazer o simulado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
(Zero Hora)
Nota: Isso mostra que, com boa vontade, dá para resolver o problema criado pela gripe suína. Que cada colégio/escola tenha liberdade para lidar com o assunto e não tenha que se submeter às imposições do governo que, às vezes, desconsidera a liberdade religiosa e de consciência de alguns grupos.[MB]
terça-feira, agosto 25, 2009
Participe do sorteio de 20 DVDs "Evidências"
Leitores se interessam por assuntos religiosos
“A venda de livros pela internet, em supermercados e bancas de revistas, também foi decisiva para atender a um grande público cada vez mais interessado pela espiritualidade. O boom foi impulsionado pelos novos livros da fé, que não se limitam à doutrina religiosa. A maioria dos best-sellers desse mercado, que vendeu 50 milhões de exemplares e gerou receita de R$ 321 milhões no último ano, transita na fronteira entre a autoajuda e a ficção. ‘Há uma forte tendência de sensibilização espiritual e de leitores ávidos por livros que falem de fé, sem falar de igreja’, avalia Sinval Filho, diretor da Associação de Editores Cristãos (Asec). (...)
“À margem dos pontos de venda de destaque - responsáveis por 45% do mercado -, os livros evangélicos se fortalecem nos canais alternativos de comercialização: livrarias especializadas, vendas de porta em porta e igrejas. Apesar da falta de visibilidade literária, são eles os principais responsáveis pelo crescimento do segmento religioso. Segundo a Asec, o mercado editorial evangélico cresce 25% ao ano, em sintonia com o aumento do número de fiéis da doutrina na população - são mais de 40 milhões de seguidores e 200 mil igrejas. O faturamento somado das editoras ultrapassa os R$ 300 milhões. ‘A profissionalização do setor vai garantir a presença dos livros evangélicos nas prateleiras nos próximos anos’, aposta Sinval Filho. (...)”
Nota: Para desespero de Dawkins e sua turma, cada vez mais cresce o interesse do público leitor por assuntos ligados à religião e à espiritualidade. Cabe aos escritores, editores e blogueiros saber explorar bem (e com responsabilidade) esse interesse.[MB]
Crise ajuda a cumprir profecia de Daniel
Quando tudo apontava para a união dos países europeus em um bloco político e econômico, eis que surge a crise econômica! O site Opinião e Notícia relaciona a queda do capital financeiro com a atitude individualista dos países europeus, que antes "haviam recebido seus vizinhos do leste, em instituições como Otan e União Europeia", mas que agora se esforçaram para "salvar os empregos e reforçar os bancos". Dessa forma, as palavras de Daniel 2:43 se mantêm atualíssimas: sobre os reis e reinos europeus, o profeta diz que "misturar-se-ão pelo casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro". Quando Deus afirma, não há quem faça acontecer o contrário!
segunda-feira, agosto 24, 2009
Jornal de SC fala sobre os adventistas e o Enem
“‘Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E havendo Deus acabado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra que, como Criador, fizera’ (Gênesis 2:1-3).
“O quarto dos dez mandamentos morais diz: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem o teu animal, nem os forasteiros das tuas portas para dentro’ (Êxodo 20:1-10).”
O texto acima acompanha uma reportagem sobre os adventistas e o Enem, publicada no jornal catarinense Notícias do Dia, de hoje. Um bom exemplo de bom jornalismo informativo e não tendencioso.
Clique nos “recortes” abaixo (enviados pelo leitor Marco Aurélio Ronsani) para vê-los ampliados.
Leia também: "Orgulho (santo) de meus alunos"
Pior que a gripe suína
Sim, existe uma pandemia muito pior do que a gripe suína. A própria gripe suína está fazendo aparecer esses sintomas. Durante este inverno prolongado acima do normal, as autoridades de muitos Estados da federação proibiram o funcionamento das escolas, pois lá há aglomeração de pessoas. Curioso é que estádios de futebol, hotéis, centros de convenções... continuaram a funcionar a todo vapor, embora o risco nesses lugares seja imenso também. Os shopping centers, com o ar condicionado fresquinho, ideal para a propagação da gripe, continuaram a funcionar. Mas as escolas foram fechadas, o que causou controvérsias entre especialistas pró e contra a medida.
Agora as autoridades querem forçar as escolas a recuperar o tempo perdido forçando-as a repor as aulas em feriados e aos sábados. Essa medida é inadequada a todos, por vários motivos: muitas crianças de pais separados durante os fins de semana encontram o pai ou a mãe com quem não moram, logo aulas aos sábados prejudicam esse aspecto da vida familiar de muitas crianças.
Dada a indisposição da imensa maioria dos alunos de ir aos sábados à escola, é certeza que a reposição a ferro e fogo durante esse dia não há de realmente melhorar o desempenho da educação neste país, que ostenta vergonhosos títulos de fracassos pedagógicos nos testes educacionais.
O MEC e o governo de São Paulo pouco (nada) fizeram desde o fim da ditadura militar em 1984 para melhorar a educação em suas respectivas esferas. Certamente não é promovendo aulas aos sábados – que 99,9% da população não quer – que vai melhorá-la.
O governo de São Paulo desde os anos 90 vem insistentemente tirando a autonomia das escolas, descumprindo assim a LDB que prevê a gestão democrática do ensino; ou seja, cabe às escolas decidir como repor essas aulas, não ao governo. Mas essa ação ditatorial (dentre outras) atrapalha e muito o andamento da escola.
Aulas aos sábados em escolas públicas ferem o direito das minorias religiosas guardadoras do sábado, como judeus, adventistas do sétimo dia, batistas do sétimo dia, dentre outros. Em nenhum momento, as autoridades de São Paulo mencionaram qualquer provisão para os professores ou alunos que pertençam à essas religiões?
A LDB permite redução da carga horária anual em caso de epidemias, o que torna as imposições mais autoritárias do que já são.
Tudo isso é muito lamentável, pois o Brasil é um país pujante por causa da liberdade de consciência e crença firmemente construída por grandes nomes como Rui Barbosa, Graça Aranha, Joaquim Nabuco, José Bonifácio, Barbosa Sobrinho, e outros.
A gripe suína e a reação autoritária subsequente, apontam para algumas sérias questões:
1. Nossas autoridades estão indispostas a ouvir os interesses da população, mas seguem suas agendas de valores questionáveis e escusos. É bom lembrar da arrogância do nosso Senado também.
2. Há uma insistência das autoridades em São Paulo de forçar aulas aos sábados, ainda que a imensa maioria da população e da classe dos trabalhadores da educação nos últimos anos tenha rechaçado as tentativas de que isso possa ocorrer. Portanto, é uma atitude antidemocrática.
3. O acordo assinado entre o Brasil e o Vaticano (leia mais aqui e aqui) começa a surtir funestos efeitos. O Brasil começa a deixar de ser laico e começa a ser fantoche de uma religião que tenta usar meios políticos para se impor.
Por isso convém dizer que se existe algo pior do que a gripe suína ou qualquer outra pandemia, sem dúvida, é a mistura Igreja-Estado, que joga por terra qualquer anseio democrático, ocasionando atraso político e social, exaurindo recursos públicos os quais deveriam servir a todos os cidadãos, sem exceção, para que sirvam a essa ou àquela igreja.
O governo brasileiro, como fiel fantoche, já está tomando as devidas provisões para introduzir nas escolas públicas aulas de religião, o que é condenado pela maioria dos especialistas, como o sociólogo da Universidade Estadual Paulista José Vaidergorn, que considera o ensino religioso numa escola pública algo discriminatório. Ele acha que “o ensino voltado para uma determinada religião pode constranger os alunos que não compartilham dessas ideias. O professor ressalta ainda a possibilidade de que, dependendo da maneira como forem ministradas, as aulas de religião podem incentivar a intolerância entre os estudantes. “Em vez de a educação fazer o seu papel formador, o seu papel de suprir, dentro das suas condições, as necessidades de formação da população, ela passa a ser também um campo de disputa política e doutrinária” (UOL, 23/08/2009).
O acordo está tramitando no Congresso e tem tudo para passar. A maioria dos políticos é católica, e, infelizmente, ao contrário de outros grandes políticos também católicos do passado (que rechaçaram mais de que categoricamente a mistura Igreja-Estado), não estão comprometidos com a sustentação da democracia plena; também estão em descompasso com a população, haja vista a corrupção endêmica que assola os meandros do poder.
Esses políticos também se recusam a analisar a má história de tais tratados. A primeira Concordata foi assinada em 1929, pelos ditadores Mussolini, Hitler, Salazar, Franco, Pinochet, entre outros, e agora Lula, que disse que a imprensa ocasionou o suicídio de Getúlio Vargas, incomodou o Collor e agora atrapalha o Sarney...
Fazem vistas grossas para o fato de que o atual papa devolveu os direitos religiosos a Williamson, religioso declaradamente antissemita, que não abdicou de suas mal-intencionadas crenças, sendo por isso expulso da Argentina, onde morava. Também homenageou o ditador espanhol Franco, o que despertou a ira dos espanhóis.
Por isso, se você está preocupado com a gripe, preocupe-se dez vezes mais com o fim da religião e o fim do Estado, pois essa mistura vai tirar todo o poder do Estado de servir materialmente à população e tirará o poder da religião (ou das religiões) de cumprir(em) sua função de ser guia moral independente; de ser uma voz corajosa e forte a despertar a consciência da nação, enfrentando a corrupção política custe o que custar, jamais comprometendo-se com ela.
(Sílvio Motta Costa, professor em Campinas, SP)
domingo, agosto 23, 2009
Projeto Atlanta 2010: O sinal para partir
Nessa busca por informações me deparei com um anúncio em um site sobre a realização da 59ª Sessão da Conferência Geral, em Atlanta, Estados Unidos. Então, acendeu uma luzinha em minha mente sobre a importância de eu ir participar desse evento mundial da igreja adventista do sétimo dia. Já que pretendo visitar todos os países, essa seria uma oportunidade ímpar para falar a uma grande quantidade de adventistas e líderes mundiais sobre o ministério do Atleta da Fé.
Verificando a data do início e término do evento, e considerando o ritmo de viagem diário, observei que para chegar lá com uma margem de folga para a abertura e ainda passar pelos países da América do Sul e Central, evangelizando de cidade em cidade, com calma, precisaria sair “imediatamente”.
Só que para sair num desafio de meses e meses longe de casa, teria que receber um sinal de que Deus estaria à frente, aprovando a iniciativa evangelística, como sempre ocorreu em outras viagens. E, naturalmente, a concirdância de minha esposa e filhos.
Depois de muitos diálogos e orações, consegui mais esta vez o sim da mulher mais corajosa e amada do mundo: a Francis. Depois, foi fácil receber o apoio do Grégori e da Glendali, que são crianças tementes e amantes da causa de Deus. Na verdade, quando deixo meu lar para ir a terras distantes, tenho em mente a seguinte promessa: “Todo aquele que deixar casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mt 19:29).
Foi muito importante receber o aval da esposa e dos filhos, no entanto, necessitava de algo ainda mais significativo para me lançar de peito aberto nesse projeto: um sinal dos Céus. Uma manifestação da glória de Deus junto a mim para me revestir de uma fé inabalável e confiança sem limites no poder do altíssimo em favor do ministério do atleta da fé.
O sinal foi dado de uma forma estranha, mas que me fez acreditar fielmente no amor e misericórdia de Deus para livrar e salvar. Vejam o que ocorreu com minha esposa, poucos dias antes da data marcada para eu ir a Brasília, a fim de levar o projeto ao líder de Jovens da Divisão Sul-Americana, pastor Otimar Gonçalves. Ela estava na casa da mãe e tomava banho. De repente, se desequilibrou e caiu, batendo com as costas no vaso sanitário. A pancada foi muito forte e próximo à coluna vertebral. Quando a socorri, assustei-me porque ela não conseguia se levantar. Nesse momento, fiz uma oração e pedi a Deus que estendesse a mão sobre ela e a sustentasse nessa hora de dor.
Com cautela e atenção, removi-a do banheiro e a coloquei em um carro. Ela sentia dores intensas. Quando chegamos ao hospital, foi necessária uma cadeira de rodas, porque ela não se sustentava nas pernas. Minha preocupação era que ela tivesse sofrido algum tipo de traumatismo na coluna e não pudesse mais andar. Também poderia ter quebrado ou fraturado alguma costela ou ossos na região pélvica. Ainda havia a possibilidade de afetar órgãos internos.
Percebi que necessitava que Deus realizasse um milagre. Enquanto ela estava sendo examinada e tirando várias radiografias, eu orava e orava. Pela fé senti a presença do Todo-Poderoso junto a nós. A resposta foi imediata. Recebi minutos depois a informação de que ela não tinha quebrado ou fraturado qualquer osso. E, aparentemente, todas as funções orgânicas estavam normais. Tenho convicção de que a mão do anjo do Senhor a livrou de receber a pancada da queda direto na coluna, o que, se ocorresse, a deixaria sem andar.
Os médicos disseram que ela deveria ficar vários meses sentindo aquelas dores e que teria que ficar de cama em repouso absoluto (e isso impediria que eu iniciasse a viagem planejada). Então, aproveitei esse momento trágico, em que estávamos todos agarrados em oração a Jesus, para pedir-Lhe que levantasse minha esposa da cama e a restabelecesse totalmente a fim de que eu pudesse viajar para cumprir o Seu chamado. Dou glórias a Deus por atender minha oração porque ela deixou a cama dentro de alguns dias e passou a fazer suas atividades normais em tempo recorde para um acidente dessa natureza. Depois que retornou ao medico e fez novos exames, inclusive uma ultrassonografia, foi constatado que seu corpo estava completamente sarado.
Assim, é baseado na mão poderosa do Deus que sirvo para livrar, proteger e guardar, que resolvi partir para mais uma missão aparentemente inacessível, mas que será conquistada graças à fé depositada naquele que não posso contemplar com olhos carnais, todavia, posso tocar e sentir com o poder da fé. Inclusive, posso orar assim:
“Em ti, Senhor, confio; nunca me deixes confundido. Livra-me pela Tua justiça. Inclina para mim os Teus ouvidos, livra-me depressa; sê a minha firme rocha, uma casa fortíssima que me salve. Porque Tu és a minha rocha e a minha fortaleza; assim, por amor do Teu nome, guia-me e encaminha-me” (Sl 31:1-3).
Dias depois, peguei um empréstimo para viajar até Brasília e de lá para Manaus e Boa Vista. Hoje, vivo a realidade de percorrer os primeiros quilômetros na Venezuela, o primeiro desafio desta viagem transcontinental.
Venha comigo, porque Deus está aqui.
(George Silva de Souza, atleta e autor livro Conquistando o Brasil)
Darwin roubou a ideia de seleção natural de Wallace?
sexta-feira, agosto 21, 2009
O ossuário do irmão de Jesus e o silêncio da mídia
Estou lendo o ótimo livro O Irmão de Jesus (Editora Hagnos, 247 p.), que trata justamente da descoberta do ossuário de Tiago. A autoria é de Hershel Shanks, fundador e editor-chefe da Biblical Archaeology Review, e de Ben Witherington III, especialista no Jesus histórico e autor de vários livros sobre Jesus e o Novo Testamento. O prefácio é do próprio Lemaire, especialista em epigrafia semítica e autoridade incontestável no assunto. Hershel conduz a história de maneira muito interessante, revelando os bastidores da descoberta e as reações a ela, afinal, o ossuário, além de autenticar materialmente o Jesus histórico, afirma que Ele tinha um irmão chamado Tiago, filho de José e, possivelmente, também de Maria. Segundo a revista Time, trata-se de "uma história de investigação científica com alta relevância para o cristianismo", talvez por isso mesmo deixada de lado por setores da mídia secular e antirreligiosa.
O livro é bom, o achado é tão tremendo quanto o dos Manuscritos do Mar Morto (na década de 1940), e eu estou fazendo minha parte, divulgando-o aqui. Vale a pena ler!
Michelson Borges
Amém: Jesus chorou!
Agradecemos quando fazemos aniversário, quando ficamos curados ou quando conseguimos um emprego. Até aí isso é normal. Mas você já agradeceu porque Jesus chorou? O que isso representa? O choro é a maior expressão de dor. Quem não fica com o coração partido ao ver alguém chorando em desespero? O choro está ao alcance de todos os seres humanos. Já alcançou você inúmeras vezes. Até em momentos em que você não merecia. O que fazer nessa situação? Buscar alguém que sabe o que isso significa. Jesus. Ele chorou. Pode consolar você.
O ministério de Jesus era, aparentemente, contraditório: quando repartiu pães e peixes, estava rodeado de milhares de pessoas; mas, quando sentiu fome, estava só. Quando curava, inúmeras vidas O acompanhavam e vibravam; quando estava ferido, foi abandonado. Quando pregava sorrindo, centenas de ouvintes O assistiam; mas quando chorou, estava só. Você sabe o que significa isso? Eu também.
Quando choramos, parece que estamos sós. Mas se você compreender o amor incalculável de Cristo, entenderá também que Ele sabe o que se passa no coração de quem chora. Jesus chorou... isso não é apenas triste, é maravilhoso! É paradoxal! É surpreendente!
Nos tempos do Antigo Testamento, alguns ofereciam os filhos pequenos a deuses como Moloque, adorado pelos amonitas. O verdadeiro Deus ofereceu Seu filho pelos pecadores. Mas Jesus não fez apenas a “lição” que lhe havia sido apresentada. Ele passou fome, frio, solidão... Ele chorou. Conhecemos essas situações. Então, se precisamos de Alguém que possa nos ajudar, quem você deve chamar? O Salvador entende o que passamos. Ele não fica sentado num trono observando passivamente as lutas de Seus filhos. Ele entra em campo e luta com e por nós!
“Suportei as vossas dores, experimentei as vossas lutas, enfrentei as vossas tentações. Conheço as vossas lágrimas; também Eu chorei” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 483).
Por que devemos ser gratos? Por Deus ser Poderoso? Médico dos médicos? Por fazer milagres? Sim, sem dúvida. Mas agradeça por Ele ter chorado. Agradeça por Ele ser Deus.
(Leonardo Carvalho tem 24 anos, mora em Cabo de Santo Agostinho, PE, trabalha como orientador social pela manhã e à tarde como obreiro bíblico)
Os famosos que não acreditam em Deus
Em 2002, a atriz Julianne Moore deu uma entrevista no Actor’s Studio e quando foi questionada sobre o que diria a Deus se O visse falou: “Uau, eu estava errada, você realmente existe.” O ator Bruce Lee, que é considerado um deus das artes marciais, disse em uma entrevista ao jornalista Alex Ben Block, em 1972, que não acreditava em Deus e quando foi questionado sobre sua religião respondeu “absolutamente nenhuma”. O vocalista da banda Pearl Jam, Eddie Vedder, disse durante um show da banda no Seattle’s Memorial Stadium, em julho de 1998, que agradeceria aquele momento a Deus, mas não poderia fazer aquilo porque não acredita que Ele exista.
Em 1988, o diretor e ator Sean Penn comentou em uma entrevista à revista George que era agnóstico. O criador dos Simpsons, Matt Groening, disse ao jornal Denver Post, em 1999, que é agnóstico. “Mas eu definitivamente acredito em inferno – especialmente depois de ver a programação de outono na TV”, brincou.
O astro de High School Musical, Zac Efron, não ficou de fora. Em 2007, Zac deu uma entrevista para a revista Rolling Stone e disse que foi criado em uma família agnóstica e nunca praticou religiões.
Quando veio ao Brasil passar o réveillon em Copacabana, a atriz italiana Mônica Bellucci disse que é agnóstica. “Sou, embora respeite e me interesse por todas as religiões. Se tem algo em que eu acredito é em uma energia misteriosa, aquela que enche os oceanos durante as marés, a que une a natureza e os seres”, explicou. [Duvida da existência de Deus, mas acredita em uma “energia misteriosa”...]
O cineasta, roteirista, escritor, ator e músico Woody Allen disse que de vez em quando tem inveja das pessoas que são naturalmente religiosas, sem ter passado por lavagens cerebrais ou captadas por indústrias organizadas.
Jodie Foster é assumidamente ateia. Em 2007 disse: “Amo religiões e rituais mesmo sem acreditar em Deus. Celebramos as datas religiosas com as crianças e elas adoram. E quando perguntam ‘somos judeus?’ ou ‘somos católicos?’ digo que poderão escolher quando tiverem 18 anos.” Mas, em 2008, assistida por um monge shantoísta, a atriz fez uma saudação oriental na première do filme “Nim’s Island Japan”. [Não é de hoje a inclinação de muitos astros de Hollywood para religiões de cunho oriental, as quais não têm que ver com mudança de estilo de vida e compromisso, mas são caracterizadas como “filosofia de vida”.]
Em 1991, a atriz Katharine Hepburn disse ao Ladies’ Home Journal que é ateia. “Eu acredito que não há nada que possamos saber exceto que devemos ser bons uns para os outros e fazer o que pudermos fazer uns pelos outros. Não, eu não acredito em Deus e, depois de viver, pretendo ter um longo e feliz descanso debaixo da terra.” [Quanto conformismo! Sinceramente, não consigo ver sentido em existir, ter consciência, amar, sentir o poder e o chamado da transcendência, para depois virar adubo. Podem discordar de mim, mas isso não faz sentido.]
Durante uma palestra, Drauzio Varela desabafou e disse que virou ateu quando mordeu uma hóstia e viu que não saiu sangue de dentro dela [este é o problema com dogmas como a transubstanciação, o inferno, etc.: quando provados sem sentido ou injustos, afastam as pessoas de Deus]. “Sempre que ouvia as aulas de religião no colégio pensava que aquilo podia ser mentira. Quando você começa a fazer isso com religião é devastador, porque é uma questão de fé. Religião não admite racionalidade”, finalizou. [Drauzio parte de seu ceticismo quanto à sua experiência religiosa pessoal e joga na sarjeta a experiência de pessoas como C.S. Lewis, Anthony Flew, Blaise Pascal, Newton e Galileu, e muitos outros, para os quais religião e racionalidade andam, sim, de mãos dadas. O apóstolo Paulo mesmo diz que nosso culto deve ser racional. Cf. Romanos 12:1. Uma coisa é a opinião particular de que Deus não existe; outra é querer medir/definir a religião por meio dessa opinião.]
Em 2007, o ator de Harry Potter, Daniel Radcliffe, disse para um jornal alemão que não acredita em Deus, mas acredita na teoria da evolução. [Cada um tem a sua fé...]
(Yahoo Notícias)
Nota: Enquanto dinheiro, fama, poder, prazer, etc., procuram preencher o vazio da alma, alguns pensam que podem viver sem uma experiência mais profunda que transcenda a simples realidade visível. Como fomos criados para outro mundo, cedo ou tarde, alguns desses “famosos” se dão conta de que o vazio ainda está lá. Outros escolhem morrer no quarto e jogam fora a oportunidade de abrir a janela para ver o céu.[MB]
quinta-feira, agosto 20, 2009
Oceanos podem estar escondidos dentro da Terra
As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto. Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.
"Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.
Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas não sabem ao certo quanta água existe sob o fundo do mar e quanto dessa água chega ao manto. "Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."
Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.
A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações. A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.
Se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá. "Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?" [sic], pergunta Schultz.
"E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas."
Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.
Este estudo teve o apoio da Nasa, a agência espacial americana.
(G1 Notícias)
Nota: Embora muitos adeptos da teoria diluvianista afirmem, baseados em evidências geológicas, que os montes não tenham sido tão altos no mundo antediluviano e que as fossas oceânicas também não devam ter sido tão profundas, e que se a Terra fosse mais ou menos planificada poderia ter havido água suficiente para cobrir vastas extensões de terra, essa nova pesquisa poderá responder à pergunta que insiste em não calar na mente e na boca de muitos opositores do modelo diluvianista bíblico: Para onde foi toda a água do dilúvio? Quem sabe não esteja aí a resposta?[MB]
Atleta da Fé dá início ao Projeto Atlanta 2010
Currículo George tem. No Brasil, ele já percorreu mais de 21.000 km (e registrou tudo no livro Conquistando o Brasil, que, por sinal, está em promoção aqui), e em quatro meses fez 8.200 km por países sul-americanos. "Agora, nada mais natural do que sonhar alto outra vez e colocar meus sonhos nas mãos dAquele que pode realizar o impossível, para que através desse projeto eu possa exaltar o meu Deus diante dos homens e ganhar muitas pessoas para o Seu reino", diz o atleta.
A partir de hoje, você lerá com exclusividade aqui no blog os diários de viagem do Atleta da Fé.
Leia a reportagem sobre a largada de George publicada na Folha Web.
O poder da oração e a importância do casamento
“A aliança caiu no ar e todo mundo no barco ficou olhando. Parecia uma cena de Senhor dos Anéis em câmera lenta”, disse a mulher, Rachel Taumoepeau, ao jornal Dominion Post. Os dois estavam casados havia apenas três meses quando ele perdeu a aliança.
A primeira busca, três meses após Aleki perder a aliança, fracassou, mas, recentemente, ele voltou ao local, durante o inverno, determinado a encontrá-la. “Eu estava ficando com frio e cansado, então disse a Deus que seria muito bom encontrar a aliança naquela hora”, disse ele, que usou coordenadas de sistema de GPS durante a busca.
Ele então avistou a âncora, com a aliança a apenas alguns centímetros de distância. “Não acreditei que podia ver a aliança tão perfeitamente”, disse ele. “Toda a superfície do anel estava brilhando.”
(Terra)