domingo, agosto 16, 2009

O pioneiro Franz Krepsky morre em Blumenau

Deu no Jornal de Santa Catarina: "A vida de Franz Krespky se confunde com a própria história de Blumenau e do País. Filho de Oskar Krepsky e Ida Kruger Krepsky, Franz nasceu no dia 5 de junho de 1908, na localidade de Alto Jordão, onde o pai tinha uma serraria e um moinho de milho. Neto dos primeiros imigrantes que chegaram ao Vale do Itajaí, trabalhou como carpinteiro na serraria do pai, mas foi no Hospital Santa Catarina que criou grandes laços e acabou se tornando o enfermeiro mais antigo de Blumenau. Trabalhou na instituição por 64 anos e, mesmo após se aposentar, continuou no hospital, até os 91 anos de idade. Começou como jardineiro da instituição, até que passou a auxiliar também a equipe médica. Aos 18 anos, foi mandado pelo pai para São Paulo, para verificar, nas lojas de som, se era verdade que existia um aparelho que, ao girar um botão, podia-se aumentar ou diminuir o volume, já que, na época, o rádio ainda era uma novidade no interior do País. Reservista do Exército, foi chamado para atuar na Revolução de 32. Na carteira de reservista consta, inclusive, uma menção honrosa por ter sido um dos soldados que deu a salva de 21 tiros no funeral de Santos Dumont. Pelos longos anos de trabalho e de vida, recebeu homenagens do Superior Tribunal do Trabalho, em Brasília, e da Câmara de Vereadores de Blumenau, ano passado. Quarta-feira, Franz morreu em casa, aos 101 anos, na Rua Ituporanga, Distrito do Garcia. Deixa saudade e lições de vida para os cinco filhos, 15 netos e 24 bisnetos. O sepultamento foi no Cemitério Esperança, em Gaspar Alto Central."

Em setembro de 2001, fui a Blumenau e preguei na Igreja Adventista Central daquela cidade catarinense. Na ocasião, minha esposa e eu participamos de um delicioso almoço com os irmãos da Igreja Adventista Alemã, durante o qual conversei algum tempo com o irmão Krepsky. Foi uma inspiração.

No dia 24 de fevereiro daquele mesmo ano, Franz recebeu uma homenagem da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sede em Washington, EUA, pelos seus 70 anos de casado com Elsa Belz Krepsky, descendente do primeiro converso ao adventismo no Brasil, Guilherme Belz (cujo neto Evaldo ainda vive).

O irmão Franz gostava de dormir cedo e levantar cedo, comia muitas frutas (especialmente bananas de sua plantação). Gostava de ler, praticamente todas as noites, antes de dormir, e seu livro de cabeceira era a Bíblia Sagrada. Seu veículo preferido era a bicicleta com a qual andava 4 km por dia, até os 92 anos de idade.

Terei prazer em reencontrar o irmão Krepsky no dia da ressurreição, por ocasião da volta de Jesus.[MB]