domingo, outubro 18, 2009

Os caminhos da Providência


Márcia Teixeira de Amorim (à direita, na foto) era uma adolescente difícil, por isso a tia resolveu matriculá-la no Educandário Espírito-Santense Adventista (Edessa), no ano 2000. Mesmo sendo católica, a tia de Márcia acreditava que o internato pudesse “dar um jeito” na menina. E deu. Márcia, aos poucos, foi se tornando uma moça mais tranquila e confiante em Deus. Depois de alguns anos, ela pediu o batismo e a cerimônia marcou para ela o início de uma nova vida. Infelizmente, quando saiu do colégio, a vida dela começou a mudar. Ela se afastou de Deus, cometeu erros e abandonou a igreja.

Quando estava morando em São Paulo e enfrentando dificuldades, Márcia conheceu Ednilson José Leite de Camargo. Ele fazia a entrega dos utensílios de plástico que ela vendia. Ednilson gostou de Márcia e, depois de algum tempo, em 2005, os dois resolveram “se juntar”. Mudaram-se para Boituva, cidade em que ele morava. Ali, Márcia começou a sentir falta da Igreja Adventista e resolveu ligar para a Casa Publicadora Brasileira (CPB), já que a editora da igreja fica em Tatuí, município vizinho de Boituva. A intenção dela era obter informações sobre a igreja na cidade em que agora estava morando.

Em março de 2006, recebi uma ligação telefônica em minha sala, na redação da CPB. Era Márcia e ela me perguntou se eu conhecia algum adventista em Boituva. Minha esposa e eu havíamos sido membros e líderes daquela igreja por mais de dois anos e conhecíamos bem os irmãos da igreja de lá, por isso pensei que alguém tivesse transferido a ligação para mim. Conversei um pouco com Márcia e pedi que ela aguardasse alguns instantes na linha, até que eu localizasse e colocasse em contato com ela o então líder de jovens da igreja adventista de Boituva, o Marcelo da Rocha (à esquerda, na foto), que hoje também trabalha na CPB. Deu certo. Marcelo conversou com Márcia e começou a ministrar estudos bíblicos para ela e o esposo.

Algum tempo depois, os dois se mudaram para Pratânia, pois Ednilson queria ser fiel à lei de Deus e não conseguia em Boituva trabalho que lhe possibilitasse guardar o sábado. Em 2008, os dois casaram legalmente e foram batizados.

Ontem, tive a feliz surpresa de encontrar Ednilson e Márcia (de 27 e 26 anos, respectivamente). Eles visitaram a igreja que Marcelo e eu hoje frequentamos, em Tatuí. Foi emocionante conversar com eles e com o Marcelo e constatar, mais uma vez, como Deus move os eventos e as circunstâncias para salvar Seus filhos.

Márcia me disse que naquele dia, em março de 2006, ela havia ligado para o número da editora, mas que não sabe como a ligação foi parar em meu ramal. Agora, ela e eu sabemos, pois não acreditamos em coincidências.

Como é bom saber dessas histórias que revelam o amor de Deus e de como Ele gosta de usar seres humanos falhos para alcançar pessoas que buscam esperança. Fico imaginando quantas histórias maravilhosas a eternidade nos revelará...

Michelson Borges