quarta-feira, novembro 18, 2009

“Minissaia” escandalosa dos colegas da Geisy e da mídia

É evidente que a turba que hostilizou a moça da minissaia provocante foi por demais abusiva, além de hipócrita, semelhante aos “donos” da Igreja no tempo de Jesus que queriam que a mulher adúltera fosse apedrejada, instigando Jesus a aprovar isso, quando vários deles haviam abusado sexualmente dela, e agora hipocritamente queriam sua condenação e morte. Jesus, percebendo o jogo maldoso dos safados, mandou que o que não tivesse nenhum pecado atirasse a primeira pedra na moça. Jesus, mesmo sabendo que ela havia cometido pecados explícitos, não a condenou, a perdoou, a protegeu dos hipócritas adúlteros, e disse que ela poderia ir, com uma recomendação: não cometer mais aqueles pecados.

Na “lógica” das ideias anárquicas atuais, a frase de Jesus “Vá e não peque mais” seria condenada por feministas e “modernos” que diriam ser “preconceituosa”. Talvez aquela juíza diria: “Ele discriminou a mulher porque está dizendo ser ela pecadora!”, e a jornalista diria: “Ele é preconceituoso pois quer tirar a liberdade dela de fazer o que ela quer na vida!”

Um apresentador da TV Record perguntou por que Geisy só usava aquele tipo de roupa. Ela respondeu: “Acho que um vestido em uma mulher é extremamente feminino. Minha roupa só diz respeito a mim, respeito todo mundo e quero ser respeitada.” Segundo o jornalista Michelson Borges, com o qual concordo, “aqui está o primeiro erro da moça: aquilo que fazemos em público e a roupa que usamos não diz respeito apenas a nós, mas transmite uma mensagem a nosso respeito e provoca reações em quem nos observa”.

Michelson explica: “Cientistas analisaram o cérebro de homens enquanto eles olhavam para a foto de uma moça de biquíni, e descobriram que as seções do cérebro que reagem a objetos ficaram mais ativas. A parte do cérebro responsável pela interação social foi desativada quando os voluntários foram expostos à foto... eles não estavam interessados em se relacionar com a mulher da foto. Apenas pensavam nela como uma ‘coisa’. Susan Friske, da Universidade de Princeton, que conduziu os estudos, afirmou que os homens não veem mulheres sensualizadas como humanas. ‘É claro que eles sabem que a modelo da foto é humana, mas é a reação deles a ela que é comparada com a reação diante de um objeto’, explica. Para Friske as constantes aparições de mulheres seminuas, na sociedade e na mídia, é que são as grandes responsáveis por esse tipo de reação. ‘É como a violência na televisão. Estamos tão acostumados que acabamos ficando insensíveis, amortecidos. Não nos chocamos mais’, compara a professora. ‘Vemos muitas mulheres seminuas. Ficamos acostumados com isso’, completa.”

A banalização do corpo humano, da sexualidade, das relações afetivas, favorecem a animalidade nas relações sociais. A mídia contribui para isso. Agora estão “usando” a jovem da minissaia rosa-choque em programas de TV, propostas para posar nua em revistas, e sabe lá mais o quê. A mídia quer protegê-la? Não foi a própria mídia que disse que ela foi vítima de preconceito? Agora quer aumentar a audiência e vender produtos usando a imagem dela? Será que essa “minissaia” contraditória da mídia e do grupo que a hostilizou na universidade não é pior do que a atitude dela de se expor ousadamente em público? Haja hipocrisia e atitudes paradoxais! Não é uma loucura legalizada? E em rede nacional?

Você, garota, que expõe demais o corpo, atrai rapazes, cede ao sexo, e o que ganha em geral? Orgasmo, rapaz “fissurado” no seu corpo, talvez um bebê, abortos, interrupção dos estudos por gravidez, tensão na família, dor... No Brasil, em 1992, houve 1.455.283 abortos induzidos (quase 4 mil por dia). Em 1996, houve 1.066.993 (2.923 por dia). Em 2005, houve 1.054.242 (2.888 por dia); três em cada quatro ocorreram na região nordeste e sudeste.

Nem eu a condeno. Vá e não peque mais. Proteja a si mesma de seus próprios impulsos eróticos de forma e/ou em local inadequados e proteja-se dos que prometem amor e só querem usá-la para o prazer físico deles. Transar é fácil, o difícil é amar. Será que um dia a mídia vai ensinar as pessoas a amar?

(Dr. Cesar Vasconcellos de Souza, www.portalnatural.com.br)