domingo, janeiro 31, 2010

Governo do Irã persegue minorias religiosas

A matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo e assinada pela jornalista Adriana Carranca reflete a repercussão da entrevista com a ganhadora do Nobel da Paz de 2003, Shirin Ebadi. Em síntese, espera-se que a audiência de julgamento dos sete líderes bahá'ís, designada para o dia 7 de fevereiro de 2010, possa contar com a presença de observadores brasileiros. Ademais, a matéria cita o ex-ministro da Justiça, José Gregori, para quem “será um escândalo se o presidente Lula não se manifestar, porque um governo democrático, com liberdade religiosa, não pode permitir a um parceiro, ainda que apenas comercial, violar direitos humanos universais”.

Assim, o presidente Lula não pode perder a oportunidade de questionar o presidente iraniano sobre as questões relacionadas com as gravíssimas violações de direitos humanos no Irã. A omissão de Lula poderá manchar a sua biografia no futuro. Os direitos humanos consagrados nos tratados internacionais estão acima de qualquer interesse comercial. É o que diz a Constituição brasileira de 1988. Sobre a primazia dos direitos humanos nas relações internacionais, confira o artigo publicado na revista jurídica Consulex, em 15 de dezembro de 2009.

A jornalista Adriana Carranca conclui a matéria expondo a opinião do advogado adventista Aldir Guedes Soriano, no sentido de que o julgamento dos sete líderes bahá'ís pode estar de acordo com a sharia law, mas viola o direito internacional dos direitos humanos. De acordo com esse direito, os Estados não estão livres para perseguir e matar os representantes das minorias religiosas. Nesse sentido, a "legalidade" das prisões dos líderes bahá'ís pode ser contestada por tratados internacionais.

Agende-se: Solidariedade aos Líderes Bahá'ís. 4 de fevereiro de 2010, às 10h
UMAPAZ - Parque do Ibirapuera - São Paulo. Mais informações: (11)3085-4628