segunda-feira, janeiro 11, 2010

Loja é alvo de protestos por destruir roupas no inverno

As filiais americanas da rede de lojas H&M têm sido alvo de protestos por destruir roupas não vendidas. Na última terça-feira (5), o jornal New York Times publicou a denúncia da americana Cynthia Magnus, que encontrou as roupas rasgadas em um saco de lixo na Rua 35, em Nova York. Após a reportagem, outras peças destruídas foram encontradas perto de filiais da H&M e do Wal-Mart. Entre as roupas encontradas no lixo, há camisetas com as mangas cortadas, luvas sem os dedos e jaquetas com grandes rasgos nas costas. Segundo os manifestantes, as peças foram danificadas propositalmente antes de ser descartadas, para evitar que alguém pudesse usá-las. "Fiquei horrorizada com o desperdício", disse Cynthia. Em cartazes e mensagens na internet, os manifestantes afirmam que as roupas deveriam ser doadas para os desabrigados. Só em Nova York, o número de pessoas vivendo nas ruas chega a 39 mil - o maior desde a crise de 1929. A situação é agravada pela forte onda de frio que atingiu os Estados Unidos no início do ano, provocando a morte de ao menos cinco pessoas. Em alguns pontos do país, a temperatura chegou a 33 graus abaixo de zero.

Na sexta-feira (8), uma porta-voz da H&M afirmou para o New York Times que a loja vai passar a doar as peças não-vendidas em vez de inutilizá-las. Representantes da matriz da rede, localizada na Suécia, classificaram o procedimento como "um erro que não será repetido".

(Época)

Nota do leitor Paulo Fernando Ferreira: Há algum tempo, em um bate-papo com um amigo, entramos no assunto do desperdício dos famosos e até dos não tão famosos (não é necessário ser famoso para desperdiçar, basta ganhar dinheiro "fácil" ou sem muito "suor do trabalho", e aí começa o esbanjamento e ostentação). O caso discutido foi sobre uma socialite que adquiriu uma pequena bolsa e pagou caríssimo (na Europa, em euros) e solicitou à filha do meu amigo que tirasse uma foto dela com a tal bolsa (dando destaque para a bolsa, é claro). A filha dele trabalhava para um jornal na época e fazia fotos para colunas sociais. O que fazemos com nosso dinheiro não é só problema nosso; vamos prestar contas disso a Deus (mordomia). Afinal, se Deus nos dá (mistérios de Deus por que uns têm tanto e outros quase nada), não é para desperdiçarmos ou ostentarmos a nosso bel-prazer, e sim para minimizarmos as diferenças sociais (também não é teologia da libertação, que fique bem claro). Entendo que em tudo deve haver equilíbrio e há um "senso" médio. Todos sabemos (pelo menos as pessoas com a razão em bom estado) o que precisamos e até quando ultrapassamos os limites. E por isso muitos querem que todos saibam que quebraram o limite (se estivesse no limite, não ostentaria, não é mesmo? E se estivesse no limite não seria diferente de ninguém. Precisaria de muito mais qualidades para aparecer). Fraternidade e justa distribuição de bens fazem falta...