sexta-feira, março 12, 2010

Heróis anticataclismáticos e o fim inevitável

Em meados de janeiro, em uma das minhas costumeiras visitas à Livraria Curitibas, tive acesso ao lançamento The Umbrella Academy: Suíte do Apocalipse. Li toda a obra, com curiosidade, por saber de sua fama ainda antes de ser publicada por estas bandas. Trata-se de uma premiada história em quadrinhos (HQ), com roteiros do estreante Gerard Way e arte do brasileiro Gabriel Bá. Apesar de não ser um nome desconhecido, tanto no mercado nacional quanto no exterior, Bá não está no seu terreno costumeiro, pois costuma desenhar história de outros gêneros. Ele próprio admitiu que essa sua primeira incursão pelo gênero super-herói se deve às características peculiares de Umbrella. Na verdade, o enredo toma como premissa o relacionamento familiar nada saudável de sete garotos que nasceram com poderes especiais, adotados por um inventor inescrupuloso. Na prática, como o tema de relacionamentos entra na pauta entre uma cena e outra de ação despropositadamente violenta, Bá achou conveniente aceitar participar da série.

Apesar das expectativas de que o tratamento psicológico se aprofunde com o tempo, confesso que o roteiro me decepcionou em muitos pontos. Além de concordar com algumas resenhas que apontavam paralelos de Umbrella com X-men e Heroes, senti falta de uma ação mais arrada e menos óbvia. Os diálogos me pareceram tão profundos como os que costumam povoar obras de ficção pop - e todos sabemos que nem George Lucas nem James Cameron ficaram famosos por sua habilidade de botar frases na boca de personagens! [Leia mais]