sexta-feira, abril 16, 2010

Darwin e as "raças inferiores": racismo?

Em seu livro menos lido e menos pesquisado, The Descent of Man, no capítulo 6, "On the affinities and genealogy of man", Darwin argumenta que ele esperava que as "raças civilizadas" dos homens exterminassem completamente as "raças selvagens" de homens em alguns séculos. Ele também esperava que os macacos antropomórficos (gorilas e chimpanzés) se tornassem extintos. O resultado disso faria com que a lacuna entre humanos e animais, eventualmente, seria muito maior do que é hoje. Darwin postulou que a forma mais alta de humanos viria da atual "raça" caucasiana. Nesse livro, que a Nomenklatura científica e nem a turma da KGB (revisores paritários, pá, oops, peer-reviewers é très chic, chérie, très chic) querem que seja lido ou discutido, Darwin afirmou que a lacuna atual entre antropóides e humanos se encontra entre o gorila, do lado do macaco, e o negro ou aborígene australiano, do lado humano:

"The break will then be rendered wider, for it will intervene between man in a more civilized state, as we may hope, than the Caucasian, and some ape as low as a baboon, instead of as present between the Negro or Australian and the gorilla" (Charles Darwin, in The Descent of Man, Chapter 6, "On the affinities and genealogy of man").

Ideias têm consequências. Até as científicas.

QED: Darwin era sim racista!

(Leia mais no blog Desafiando a Nomenklatura Científica)