sábado, abril 17, 2010

Exoplanetas na contramão podem derrubar teoria

Uma descoberta do Observatório de Genebra pode colocar por terra a teoria planetária dominante, segundo a qual os planetas sempre orbitam em torno de seu sol na mesma direção, em rotação similar à da própria estrela. A reviravolta surgiu com o estudo de novos planetas que estão fora do Sistema Solar, os chamados exoplanetas, afirmaram astrônomos. A nova concepção se baseia na descoberta de nove exoplanetas – já foram descobertos 452 desde que o primeiro fora anunciado, em 1995. No entanto, esses últimos são especialmente úteis, pois não foram descobertos pelo cálculo da atração gravitacional que sofrem do sol, mas porque passaram diretamente na frente do sol. Uma equipe do Observatório de Genebra concluiu que seis dos 27 exoplanetas por ela estudados orbitavam na direção oposta à de sua estrela quente. A descoberta será anunciada em um encontro da Royal Astronomical Society, em Glasgow, nesta semana.

(Zero Hora)

Nota: Segundo matéria do site Inovação Tecnológica, "a teoria atual de formação dos planetas propõe que os planetas nascem de um disco de gás e poeira que circunda uma estrela jovem. Como esse disco protoplanetário gira na mesma direção da estrela, a teoria resultava em que os planetas formados a partir desse disco orbitariam, mais ou menos, no mesmo plano e se moveriam ao longo das suas órbitas na mesma direção que a rotação da estrela. Essa é cara do nosso Sistema Solar. Como somente há poucos anos os cientistas começaram a descobrir planetas orbitando outras estrelas, não é de estranhar que a teoria que tentava explicar a formação de todos os planetas resulte em sistemas planetários exatamente iguais ao nosso - o único observado até então". Assim avança a ciência e é assim que ocorrem as "revoluções científicas" (Kuhn). À medida que novos e mais precisos dados são coletados e analisados, se essas evidências contradisserem a teoria vigente, ela terá que ser revista ou mesmo descartada. Isso poderá acontecer com a teoria sobre as origem planetária. Com tantas evidências a favor do design inteligente da vida, isso também deveria acarretar numa revisão daquela teoria que tem o tempo e o acaso como molas-mestras.[MB]