quinta-feira, maio 20, 2010

Projeto Atlanta: Frutos do Espírito 2

No dia oito de agosto de 2009, deixei o meu lar na cidade de Bertioga, litoral norte do Estado de São Paulo, região sudeste do Brasil. Por muitas vezes me afastei dos meus entes queridos para viajar. No entanto, especificamente nesse dia oito, não estava saindo de casa para uma viagem comum. Não estava me despedindo do meu filho Grégori, da Glendali e de minha amada esposa Francis, para um afastamento de um dia, dois, uma semana ou um mês. Dessa vez a viagem tem previsão de durar vários meses. Pode até ser que fosse de um dia, no entanto, ir para longe de quem amamos, mesmo que seja por algumas horas, faz brotar uma dor apertada no coração. Enche-nos de uma angústia na alma e é necessário apegar-se ao Consolador para suportar a ausência daqueles que, quando somos obrigados a deixar para trás, levam consigo um pedaço de nós.

O conforto para mim e para os que ficaram em nosso paraíso, na cidade de Bertioga, reside no motivo pelo qual deixo nosso querido Brasil: pregar o evangelho em todos os países da Terra. Isso mesmo! Deixo tudo quanto mais amo neste planeta para ir a outras nações cumprir a ordem do mestre: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo.”

Outra razão que tem me impulsionado a avançar nestas viagens é que recebi um convite direto e pessoal de Deus, quando Ele me disse: “Eu te escolhi para que saias por todo o mundo e vás anunciar que Meu Filho Jesus em breve virá.”

Foi por isso que me vi revestido de forças para dar um beijo, um abraço caloroso e um decidido adeus, para ir rumo à cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, na região norte deste Brasil continental, e de lá, sobre meu “cavalo de aço”, a “gorducha”, minha bike, iniciar no dia 12 de agosto a travessia das três Américas, com o alvo de chegar até Atlanta, no Estado da Geórgia, Estados Unidos.

Largando de Boa Vista, primeiramente cheguei à cidade de Santa Helena de Uairén, na Venezuela. Cruzei esse país de leste para oeste, e após percorrer 2.732 km, alcancei a cidade de Cucuta, na Colômbia. Pedalei 1.580 km em território colombiano e entrei em Puerto Obaldia, primeira cidade do principal país da America Central, o Panamá. Ali rodei por 720 km e atravessei mais uma fronteira, dessa vez para alcançar San José, capital da Costa Rica, após pilotar a “gorducha” por mais 420 km.

Depois que cheguei a San José, após viajar mais de 5.000 km, parei para analisar o resultado evangelístico deste desafio. Venho pregando e testemunhando em escolas, universidades e igrejas por esses países. Em todas as ocasiões, faço apelos para que se alguém em sua perfeita razão entende que anuncio o verdadeiro caminho para o Céu, que se converta e entregue a vida ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Anotei em papéis o nome de muitos que fizeram esse compromisso com Deus. São os frutos do Espírito até o momento do Projeto Atlanta. Estarei orando para que muito em breve Jesus volte e nos leve para o Seu Reino.

Sinto que está valendo à pena o sacrifício. Se Jesus viria ao mundo para morrer por um único pecador, tenho que me ver realizado, pois graças à oportunidade de testemunhar, muitos agora estão mirando o mesmo alvo de minhas peregrinações na Terra: a Canaã Celestial.

É por isso que continuarei neste caminho, como um “caçador celeste”, fazendo todo o possível para convencer os que abrirem os olhos e ouvidos ao clamor de que Jesus está às portas.

Estou indo para Atlanta na companhia de Deus. Convido-o a me acompanhar.

(George Silva de Souza, atleta e autor livro Conquistando o Brasil)