segunda-feira, julho 19, 2010

E-mails que nos alegram (21)

“Caro Michelson, conheço-te aqui de Campinas, em São José, SC, em uma palestra que proferiste na igreja adventista do mesmo bairro. Pude, naquele sábado, conversar contigo, mas, na época, como eu não era estudante acadêmico, via a vida numa ótica um pouco mais simplista, sem a verdadeira face que a sociedade apresenta. Infelizmente, os ‘prazeres’ oferecidos pelo mundo (irracional) têm levado muitos jovens a fazer escolhas não muito saudáveis, deixando a influência de certas amizades falar mais alto que os princípios. Além disso, após fazerem certas escolhas, criticam a filosofia de vida em que foram educados, contudo, há de se ver que muitos, quando questionam, não o fazem de maneira geral, e assim não vão - principalmente - atrás das respostas. Michelson, digo estas coisas a você pelo fato de muitas vezes me sentir sozinho, pois, como lhe disse, tenho amigos que deixaram a fé, em virtude das coisas que o mundo oferece, e percebo que esses perdem principalmente a essencialidade e espirituosidade da vida, chegando até mesmo a ‘coisificar’ outras pessoas em busca de prazer. Todavia, tenho em teus textos uma forma de me encontrar, auxiliando-me nas convicções, tanto é que, após um período de questionamentos, pude abrir os olhos para este livro fantástico que é a Bíblia. Mesmo com esses questionamentos, nunca deixei de pelo menos me mostrar cristão, tanto é que numa noite, em uma conversa com um dos meus grandes amigos que se formará neste ano, fui contra a tese do TCC dele, que afirma a não-necessidade de Deus, segundo Sartre. Bem, no fim, ante meus outros amigos - calouros como eu - ele disse: ‘Abel, eu (ateu) e você temos que partir do mesmo ponto... a fé.’ Consegui conversar com ele graças ao seu blog, que me deu base para um debate de igual para igual.” (Abel Borges, acadêmico de Filosofia, UFSC)