sexta-feira, julho 23, 2010

Religião não evita divórcios, Deus sim

O que Deus uniu o homem separa. Um cruzamento entre dados de estado conjugal e religião realizado pelo Nepo (Núcleo de Estudos de População) da Unicamp mostra que a fé não segura casamentos. A informação é da reportagem de Hélio Schwartsman publicada na edição de quinta-feira da Folha de S. Paulo. De acordo com o texto, a proporção das mulheres separadas, desquitadas ou divorciadas de cada igreja é muito similar à distribuição das crenças pela população. Segundo a pesquisadora Joice Melo Vieira, que cruzou os dados, estudos no Brasil e no exterior mostram que a preocupação é estar em relações satisfatórias. Como a separação já não é tão estigmatizada, o fim da união é sempre uma possibilidade quando as coisas vão mal.

No final, relata Vieira, o que faz casais à beira da separação pensarem duas vezes são a situação dos filhos e a questão financeira. Como hoje mais mulheres trabalham, a dependência econômica não segura mais o casamento. Já os filhos o fazem apenas por tempo limitado.

(Folha.com)

Nota: Não vou levar em conta o fato de que o autor do texto é o ateu declarado Hélio Schwartsman, porque creio que os jornalistas podem ser honestos mesmo quando abordam pautas e assuntos que lhes são sensíveis e/ou dos quais discordam. A questão é: A pesquisa mostra que religião não evita divórcios ou que a verdadeira religião não está sendo vivida entre os casais? Não é novidade que a maior parte da população apenas se diz religiosa ou segue algum tipo de tradição religiosa familiar, mas sem compromisso com Deus ou com a Bíblia. Se a pesquisa fosse mais detalhada, perceberia que os casais profundamente religiosos (que fazem culto familiar, frequentam a igreja juntos, leem e estudam a Bíblia) geralmente são mais felizes, tolerantes e vivem em harmonia.[MB]