quarta-feira, novembro 17, 2010

Ateísmo e complexo de Édipo

Não tenho lá muita simpatia por essas teorias “metafísicas” que ostentam um falso slogan de ciência. O freudismo, tal qual o marxismo e o darwinismo têm em comum o fato de manipularem dados com pretextos de serem científicos. Porém, desses três o darwinismo sai mais ileso. (rs) Pois bem. Há alguns anos li um livro de um pastor chamado Laércio Pereira, cujo título é A Existência de Deus e dos Ateus. Claramente um livro religioso com proposta religiosa. Algo, porém, me chamou a atenção no âmbito da especulação freudiana. Lá pelas tantas, o autor faz menção de Paul Johnson, que liga o ateísmo ao famigerado complexo de Édipo. Diz ele:

“Segundo Paul Johnson, o ateísmo pode ser motivado pela revolta contra a autoridade. Um ser em desenvolvimento, em luta pela independência e pela responsabilidade adulta, passa necessariamente por períodos de rivalidade e revolta em relação aos pais e a outros símbolos de autoridade.

“Freud apresenta essa rivalidade e revolta como característica dos modernos conflitos familiares. Pois bem, se o ateísmo pode ser associado ao complexo dos pais, é inteiramente lógico ligar ao ateísmo o complexo de Édipo, um ciumento desejo de superar e suplantar o pai. Sentimentos de rivalidade e conflitos de ciúmes substituem a lealdade a Deus. Muitos filhos que caem no desagrado paterno repudiam o Deus de seus pais, como forma de rebelar-se contra os próprios pais. Diz Johnson, ainda, que a igreja ortodoxa russa havia de tal forma identificado Deus com o imperialismo escravizador dos homens, que foi necessário assassinar Deus juntamente com o Czar. A revolta contra Deus ocorre onde a opressão se faz sentir com mais força, onde Deus Se situa ao lado dos exércitos imperiais e das classes exploradoras. Em segundo lugar, Johnson afirma ser a necessidade do ego uma motivação para o ateísmo. Comenta ele: Freud descobre um reservatório de energia psíquica, o ‘Id’, que se esforça por satisfazer o desejo de exaltação de prestígio do ego. Adler considera a luta do ego pelo poder, um impulso básico da personalidade.

“Nietzche, repudiando as ambições militares, orientou suas forças para as conquistas literárias. Seus mais acerbos ataques ao cristianismo, que ele qualificava de ‘moral de escravos’, é uma busca de compensação a um complexo de inferioridade. Em Assim falou Zaratrusta, ele confessa: ‘Quero revelar-vos inteiramente o coração, meus amigos; se existissem deuses, como poderia eu suportar o fato de não ser Deus? Portanto, não existem deuses!’.”

(Humor Darwinista)

Nota: Outro bom livro que aborda esse assunto é Deus em Questão, de Armand M. Nicholi Jr.