terça-feira, dezembro 21, 2010

Vida começou há três bilhões de anos – como?

A vida na Terra teria surgido há cerca de três bilhões de anos, provavelmente quando formas primitivas desenvolveram estratégias mais eficazes de captar energia do sol, segundo estudo publicado na revista científica Nature. A conclusão é de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), que construíram [!] um “fóssil genômico”, essencialmente um modelo matemático que tomou 1.0000 genes chave existentes hoje e calculou como evoluíram a partir de um passado muito distante. Segundo o estudo, o genoma coletivo de toda a forma de vida se expandiu maciçamente entre 3,3 e 2,8 bilhões de anos e durante esse tempo, 27% de todas as famílias de genes existentes atualmente emergiram para a vida.

Os cientistas Eric Alm e Lawrence David afirmaram que a grande emergência provavelmente se deu através do advento de um processo bioquímico chamado transporte de elétrons. Essa é uma função chave da biologia, que envolve o movimento de elétrons dentro das membranas das células e é central para plantas e alguns micróbios, capacitando-os a captar energia do sol através da fotossíntese e respirar oxigênio.

A grande mudança, que Alm e David apelidaram de expansão Arqueana, foi seguida, cerca de 500 milhões de anos depois, de um fenômeno conhecido como Grande Evento da Oxidação, quando a atmosfera terrestre se tornou progessivamente impregnada de oxigênio. O Grande Evento de Oxidação foi, possivelmente, a maior reviravolta de espécies da história da Terra, uma vez que as formas de vida primitivas ou biológicas anaeróbicas morreram, sendo substituídas por formas aeróbicas maiores e mais inteligentes.

“Nossos resultados não podem dizer se o desenvolvimento do transporte de elétrons causou diretamente a Expansão Arqueana”, admitiu David. “No entanto, podemos especular que ter acesso a uma disponibilidade muito maior de energia permitiu à biosfera abrigar ecossistemas microbianos mais complexos e maiores”, disse.

Os fósseis remotos datam de um período chamado de Explosão Cambriana, 588 milhões de anos atrás. Mas, com raras exceções, formas de vida pré-cambrianas tinham o corpo macio, e por isso não deixavam marcas fossilizadas. Mesmo assim, deixaram como legado um DNA abundante, que explica a recriação do “fóssil genômico” em computador. “O que é realmente notável sobre essas descobertas [?] é que provam que as histórias de eventos muito antigos são registradas no DNA compartilhado por organismos vivos”, disse Alm. “Agora que começamos a entender como decodificar essa história, espero que possamos reconstruir alguns dos eventos mais remotos da evolução da vida em detalhes”, emendou.

(UOL)

Nota: Os cientistas ainda não sabem o que causa um simples soluço; não sabem se o universo é múltiplo ou único e nem se tem muita ou pouca matéria escura; confundem bactérias terrestres com vida alienígena (isso aconteceu com o meteorito de Marte [lembra?] e com a pataquada da Nasa); e querem que acreditemos que eles sabem como a vida “surgiu” há supostos três bilhões de anos! Isso é que é ufanismo darwinista! A ciência é uma tremenda ferramenta útil, quando trabalha dentro dos limites do método científico. Mas, quando resolve extrapolar sua esfera de ação para a história e a filosofia, a coisa começa a complicar, pois fica-se na dependência de pressupostos não verificáveis. Uma experiência feita com modelo computacional, com premissas alimentadas por cientistas que já sabem o que querem encontrar... Isso é ciência empírica? Passa longe. E o que seria uma forma de vida “primitiva”? Uma célula? Mas esta já deveria conter informação genética para existir e se multiplicar. Informação surge do nada? Deveria ter, também, uma membrana seletiva composta de proteínas específicas. Isso já existia, então? E antes que surgisse o tal processo bioquímico de transporte de elétrons, essencial à vida? Como as primeiras formas de vida “se viravam”? Complexidade irredutível surge de repente? O uso das palavras “possivelmente”, “provavelmente” e “especulação” dá o tom da matéria acima. Mas, para quem lê somente os títulos das reportagens e suas linhas (não as entrelinhas), fica a certeza de que a vida pode simplesmente surgir.[MB]