terça-feira, janeiro 25, 2011

Barro e ferro: Alemanha evidencia “duas europas”

BMW, Daimler e Audi anunciaram medidas surpreendentes para muitos: vão ampliar suas fábricas para conseguir atender aos pedidos recordes. Dois anos depois do auge da pior crise econômica desde a era Hitler, a Alemanha dá sinais claros de que já deixou a crise no passado. Depois de registrar seu maior crescimento do PIB desde a reunificação em 1991, sexta-feira foi a vez da confiança do setor privado sofrer a maior alta já registrada. As exportações para países emergentes e a volta do consumo doméstico estão impulsionando a economia alemã. Mas também revelando um lado obscuro da Europa: a existência cada vez mais acentuada de um bloco em duas velocidades. Em 2010, a economia alemã cresceu 3,6%, bem acima de todas as demais da UE. Para economistas alemães, a explicação para o bom desempenho é simples. O modelo é baseado nas exportações e, com a importação de emergentes em alta, a economia alemã conseguiu resistir. O desemprego ficou em 7% e permitiu que o consumo interno fosse fortalecido.

Mas se o crescimento da Alemanha está sendo visto como um alívio para muitos na Europa, a expansão também escancara uma realidade que a UE evita falar: a existência de duas europas. Se a Alemanha cresce, países como Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e até Itália continuam sofrendo. Só a taxa de desemprego na Espanha, por exemplo, é três vezes superior à da Alemanha.

Para governos de países que enfrentam crises profundas, essa disparidade entre a Alemanha exportadora e suas economias cada vez menos competitivas é o que está ameaçando a Europa. Por anos, o saldo positivo na balança comercial alemã foi garantida graças ao consumo de espanhóis, gregos e irlandeses, hoje altamente endividados.

(Veja)

Nota: Há mais de 2.600 anos, o profeta Daniel registrou no capítulo dois de seu livro uma profecia impressionante que resume em alguns versículos toda a história da humanidade começando em Babilônia e avançando até a volta de Jesus. O símbolo profético é uma estátua composta de metais que representam claramente os impérios mundiais. Os pés de barro e ferro (v. 32, 33, 41) representam “reinos” europeus (já que eles vêm da fragmentação do Império Romano) que seriam fortes e fracos. Qualquer semelhança com a atual situação da Europa não é mera coincidência.[MB]