segunda-feira, janeiro 10, 2011

Consequências da “pornificação” da Inglaterra

A “pornificação” da sociedade está promovendo violência contra as mulheres e terá um impacto corrosivo na sociedade britânica nos anos que virão, disseram duas escritoras feministas na semana passada. Kat Banyard, autora do livro The Equality Illusion (A Ilusão da Igualdade), disse no Festival Internacional do Livro em Edimburgo que a pornografia leva a “um aumento em conduta agressiva e atitudes que apoiam a violência contra as mulheres”. “Números imensos de jovens e homens sentam-se assistindo e recebendo experiências poderosas e claras de olhar mulheres sendo fisicamente abusadas. Há um problema enorme – mas não estamos nem próximos de lidar com ele”, disse Banyard.

Natasha Walter estava apresentando seu livro Living Dolls: The Return of Sexism (Bonecas Vivas: a Volta do Sexismo) sobre o desenvolvimento de atitudes culturais acerca da superação pessoal das meninas. Bonecas Vivas estuda os diários de meninas durante o último século mostrando que a autoestima delas mudou de uma ênfase na autodisciplina intelectual e emocional para obsessão com a aparência física.

Além da pornografia descarada, as autoras identificaram e condenaram uma nova variante de misoginia na cultura popular. O aumento de “revistas de rapazes” sexualmente explícitas, dirigidas a rapazes adolescentes que estão no mercado de trabalho, a aceitação da prostituição, [atenção Ludwig Krippahl!] a normalização dos clubes de strip-tease, lap dance e pole dance e os excessos da cultura de celebridades que presta culto às estrelas do cinema, TV e esporte, são partes integrais da nova humilhação das mulheres, dizem elas.

Em seu livro, Walter investiga a nova “cultura vulgar”, um produto do feminismo em que mulheres libertinas machonas sexualmente agressivas e beberronas são ensinadas a ostentar sua sexualidade como forma de aumentar o poder do feminismo.

Até 90 por cento dos rapazes adolescentes da Inglaterra confessam que viram pornografia explícita que é facilmente acessível na internet. Walter disse que os rapazes que não participam da cultura pornográfica são desprezados pelos seus colegas como “esquisitos”. Walter escreve acerca de meninas adolescentes se gabando de múltiplos encontros sexuais e diz que a “hiperssexualização” da cultura tocou até mesmo as crianças do ensino primário.

“Nunca tivemos pornografia ou exploração sexual nessa escala. Os efeitos são incalculáveis, mas provavelmente ficaremos já fartos deles nas próximas décadas”, disse Banyard.

Os comentários ecoam os comentários do produtor musical Mike Stock, que disse para os meios de comunicação no começo deste mês que “noventa e nove por cento das listas de músicas de sucesso é música popular e 99 por cento disso é pornografia sutil”.

Ao mesmo tempo, uma reportagem do jornal Daily Mail disse que os professores, inclusive aqueles de escolas primárias, estão enfrentando mais e mais incidentes de importunação sexual por parte de seus alunos.

As estatísticas que foram disponibilizadas sob a Lei de Liberdade de Informações oriundas de relatórios dos próprios professores mostravam um total de 305 “incidentes” no ano passado. Esses incidentes incluíam um envolvendo um menino de oito anos que lambeu a perna da professora e tocou nos seios dela, e outro em que um menino de seis anos fez comentários sexuais para uma professora de 49 anos em West Midlands.

Um adolescente de 16 anos anunciou para sua classe na Escócia sua intenção de estuprar sua professora e uma aluna exibiu rapidamente sua calcinha para um professor e então passou a “se massagear de um modo sexual” na frente dele. Outros relatórios diziam que crianças estão se acariciando em aula com o objetivo de envergonhar ou intimidar seus professores.

As estatísticas foram liberadas à medida que relatórios policiais mostram que crianças novas, até de seis anos, estão sendo presas por crimes graves, inclusive agressão e assalto.

(Darwinismo)

Nota: Quando li esse texto, me lembrei da recente declaração do biólogo Tony Davidson Felício: “A menina deveria compreender o crescimento dos seios como uma preparação para a maternidade, mas é induzida a desejar seios grandes e ‘atraentes’. Todas as mudanças projetadas por Deus têm um sentido espiritual e eterno, mas, no mundo, adquirem um sentido carnal e banal.” Isso é apenas uma amostra do que acontece com a crescente secularização e erotização da sociedade atual. Como a vida imita a “arte” e essa “arte” tende a ser cada vez mais libertina, dias muito piores virão. Romanos 1 e 2ª Timóteo 3 são profecias bíblicas que mais se assemelham ao jornal de amanhã.[MB]