quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Fósseis comprovam que cobras nem sempre rastejaram

Uma nova tecnologia de imagem de raios-X está ajudando os cientistas a entenderem melhor como, no curso da evolução, as cobras perderam suas pernas. Os pesquisadores esperam que os novos dados ajudem a resolver um debate acalorado sobre a origem das serpentes: se elas evoluíram a partir de um lagarto terrestre ou aquático. Imagens novas e detalhadas em 3D revelam que a arquitetura interna dos ossos da perna de uma cobra antiga se assemelha às pernas de um lagarto. Os resultados foram publicados nesta terça-feira no Journal of Vertebrate Paleontology. A equipe de investigadores foi liderada por Alexandra Houssaye, do Museu Nacional d'Histoire Naturelle em Paris, França, e incluiu cientistas do Laboratório Europeu de Radiação Síncrotron (ESRF) em Grenoble, França, onde a imagem de raios-X foi feita, além do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), na Alemanha.

Só existem três exemplares fossilizados de serpentes com os ossos da perna preservados. Eupodophis descouensi, a antiga serpente estudada neste experimento, foi descoberta há dez anos em rochas de 95 milhões de anos no Líbano [segundo a cronologia evolucionista]. Com cerca de 50 cm de comprimento total, ela apresenta uma pequena perna, de cerca de 2 cm de comprimento, ligada à pelve. O fóssil é chave para a compreensão da evolução das serpentes, pois representa um estágio evolutivo intermediário [sic], de quando as cobras ainda não tinham perdido completamente as pernas que herdaram dos lagartos. Embora o fóssil exiba apenas uma perna em sua superfície, pensava-se que uma segunda perna poderia estar escondida na pedra, o que, de fato, foi revelado em detalhes, graças à luz síncrotron dos raios-X.

As imagens de alta resolução em 3-D sugerem que essa espécie perdeu as pernas porque cresceu mais lentamente. Os dados também revelam que a perna oculta é flexionada no joelho e tem quatro ossos do tornozelo. mas não ossos do pé ou dedo do pé. “A revelação da estrutura interna dos membros posteriores da Eupodophis nos permite investigar o processo de regressão dos membros na evolução das serpentes”, diz Alexandra Houssaye.

(O Globo)

Nota: É o mesmo de sempre: um fato e muita especulação. Fato: o fóssil revela que um tipo de cobra tinha patas. Especulação: isso seria um “resquício evolutivo” do tempo em que as cobras caminhavam. Levando-se em conta que foram encontrados registros antigos (como na cultura sumeriana) de serpente bípede conversando com um casal debaixo de uma árvore (já li sobre isso em outro Livro...), parece que certas “lendas” deveriam ser levadas mais a sério. Certamente, esse achado fóssil poderia levar a outra interpretação, se a cosmovisão adotada também fosse outra. De qualquer forma, é mais uma evidência de involução (“evolução negativa”), ou seja, não há como provar que um animal tenha desenvolvido patas ou qualquer outro órgão complexo a partir de um ancestral incontestável e mais simples. Isso porque a informação genética complexa e específica necessária para dar origem a novos órgãos funcionais simplesmente não pode surgir do nada. As cobras perderam informação, não ganharam. Se os darwinistas quiserem chamar a isso de “evolução”, sintam-se à vontade. Só pra lembrar: certo Livro cujos primeiros capítulos são tidos por alguns como mito já descrevia um tempo em que as serpentes não rastejavam...[MB]