segunda-feira, março 28, 2011

Brasil tem mais ex-big brothers do que arqueólogos

Na quarta-feira, 30 de março, existirão 169 ex-integrantes do “Big Brother Brasil”. Um número que chama atenção ao ser posto, lado a lado, ao de profissionais com carteira assinada em algumas atividades regulamentadas pelo Ministério do Trabalho: hoje, no Brasil, existem 18 geoquímicos, 34 oceanógrafos, 77 médicos homeopatas e 147 arqueólogos, entre outros ofícios. No entanto, na mesma quarta, alguém estará R$ 1,5 milhão mais rico (ou menos pobre, dependendo do ponto de vista), e não será um desses trabalhadores. Numa edição marcada pela queda da audiência – a média geral era de 27 pontos até o último domingo, enquanto no ano passado esse número chegou a 30,7 e, no “BBB 5”, a 47,2, segundo o Ibope – o “BBB 11” chega ao fim com tipos bem diferentes em busca do prêmio máximo. Até o fechamento desta edição da Revista da TV, Daniel, Diana, Maria e Wesley eram os finalistas. Um deles será eliminado hoje à noite. Em uma análise realizada durante três anos pelo Observatório de Sinais, agência de consultoria especializada em tendências, pesquisa e estudos, foram avaliadas as experiências de ex-participantes de reality shows como o próprio “BBB”. Além disso, o chamado “Dossiê reality” ouviu 2.600 pessoas em cinco capitais do Brasil. Uma das conclusões é simples: ser ex-BBB se tornou, de fato, um ofício. “É uma espécie de profissão. O ‘BBB’ e os realities do mesmo tipo são mais um meio do que um fim. Os programas são tidos como uma plataforma para subir numa posterior carreira”, explica o sociólogo Dario Caldas, diretor do Observatório de Sinais. [...]

(Bog Blog)

Nota: Como disse meu primo Alexandre Santos Silva: “Tanta gente quer entrar no Big Brother. Pra quê? Pra começar uma carreira de ex-BBB? Começar a ser ex?”