quinta-feira, março 31, 2011

Terremoto pode ter modificado forma dos oceanos

O terremoto de 9 graus na escala Richter que atingiu o Japão em 11 de março pode ter modificado a forma dos oceanos devido a sua forte intensidade. A informação é dos especialistas em observação da Terra reunidos na Universidade Politécnica de Munique (sul da Alemanha) para apresentar os primeiros resultados do satélite europeu Gozo (acrônimo em inglês de Explorador da Circulação Oceânica e da Gravidade). Roland Pail, especialista da Universidade Politécnica de Munique, deu por certo que o terremoto do Japão influiu na forma do geoide, já que foi “um movimento em massa”. Pail explicou que por sorte o satélite passou pela zona do terremoto um dia depois da catástrofe e por isso os dados e as imagens registrados mostrarão com segurança uma modificação a respeito da informação anterior. O geoide, que é a forma como teria um oceano imaginário que cobrisse todo o planeta sem levar em conta correntes ou marés, é uma superfície de referência fundamental para medir com precisão a circulação oceânica, as mudanças do nível do mar e a dinâmica do gelo. [...]

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertos.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 11,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

(Terra)

Nota: Se apenas um terremoto foi capaz de alterar a forma dos oceanos e mesmo deslocar o eixo de rotação da Terra, do seria capaz um evento cataclísmico global, com intensa atividade vulcânica e megatsunamis varrendo a superfície da Terra? Basta estudar nosso planeta para constatar que o dilúvio foi realmente terrível e capaz de promover em questão de horas alterações que supostamente teriam levado bilhões de anos para se processar.[MB]