sexta-feira, abril 29, 2011

Sem explicação para a evolução de sistemas bioquímicos

Segundo o biólogo molecular James Shapiro [foto], “não existem explicações darwinianas detalhadas para a evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular fundamental, somente uma variedade de especulações do que se deseja fosse realidade. É extraordinário que o darwinismo seja aceito como uma explicação satisfatória de um assunto tão vasto.” Shapiro é evolucionista, mas é um cientista evolucionista honesto em reconhecer que a atual teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos de A a Z precisa ser profundamente revisada. Eu sou da opinião de que deve ser simplesmente descartada. Darwin kaput! Pro bono scientia! Por essa e outras razões que a nova teoria geral da evolução – a síntese evolutiva ampliada –, não pode e nem deve ser selecionista. Assim como a seleção natural é preguiçosa – o problema de estase no registro fóssil –, assim é preguiçosa a Nomenklatura científica que entregará a nova teoria somente em 2020. E você só fica sabendo aqui neste blog porque a grande mídia vive uma relação incestuosa com a Nomenklatura científica: o que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde. Quando a questão é Darwin, é tutti cosa nostra, capice?

O pior de tudo isso é que o MEC/SEMTEC/PNLEM aprova e recomenda livros didáticos de Biologia do ensino médio com a abordagem do fato, Fato, FATO da evolução com uma teoria – a síntese evolutiva moderna – declarada cientificamente morta por outro evolucionista honesto: Stephen Jay Gould, em 1980!

O nome disso é desonestidade acadêmica, traduzindo em miúdos, 171 epistêmico! E nenhum desses autores de livros didáticos me processa por danos morais. Estranho, não é mesmo? Desde 1998 que eu denuncio a desonestidade acadêmica deles, e nenhum me processa. Sabe a razão maior? Eles sabem que Darwin vai junto comigo para o banco dos réus.

(Desafiando a Nomenklatura Científica)

quinta-feira, abril 28, 2011

Estados Unidos querem se aliar ao Vaticano

Os Estados Unidos têm interesse em ser um aliado do Vaticano, de acordo com documentos revelados pelo site WikiLeaks e antecipados nesta quinta-feira pela revista italiana L’Espresso. Segundo os documentos, a secretária de Estado americana Hillary Clinton teria orientado os embaixadores e diplomatas do país a criarem uma página na internet para acompanhar as novidades do governo pontifício. “O Vaticano pode ser uma potência aliada ou um inimigo ocasional. Devemos fazê-lo ver que a nossa política pode ajudá-lo a avançar em muitos princípios”, orientou o Departamento de Estado. Os relatórios, que serão publicados na sexta-feira pela revista, informam que os Estados Unidos consideram o Vaticano um modelo a ser estudado com atenção. “Trata-se de uma armada impressionante: 400 mil sacerdotes, 750 madres, cinco mil monges e frades, relações diplomáticas com 177 países, três milhões de escolas, cinco mil hospitais, braço operativo da Caritas com 165 mil voluntários e dependentes que prestam assistência a 24 milhões de pessoas”, afirmam os documentos.

O Departamento de Estado americano ainda apontou que a relação do país com o governo pontifício deve ser construída com cuidado. “Tudo depende da relação que possamos construir: devemos trabalhar juntos quando as nossas posições são complementares, assegurando que a nossa linha seja compreendida quando são divergentes”, dizem os textos.

(Veja)

Nota: Há um século (quando isso era inconcebível), Ellen White escreveu: “Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo [de onde vêm, por exemplo, as principais produções espíritas do mundo]; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 588). Será que falta muito para que essa tríplice união seja consolidada? Tarefa de casa: reler atentamente o capítulo 13 do Apocalipse.[MB]

Gonorreia pode virar superdoença

Cientistas alertam que a doença sexualmente transmissível (DST) gonorreia está se tornando cada vez mais resistente aos tratamentos nos EUA. Em 2009, quase um quarto das cepas de bactérias testadas em uma vigília em todo aquele país se mostraram resistente à penicilina, tetraciclina, fluoroquinolonas e até uma mistura dos três. Outras informações, datadas de 2010, indicaram resistência a outro antibióticos como cefalosporina. Isso é alarmante, pois as cefalosporinas são a última classe de antibióticos que os médicos têm para tratar essa DST. “Isso pode ser um anúncio do que está por vir”, disse Kimberly Workowski, do Centro para o Controle e Prevenção de DSTs (CDC) do governo dos EUA. “A resistência pode ficar pior.” Se isso acontecer, a gonorreia pode virar uma superbactéria e ter um efeito catastrófico no controle da doença. Especialistas estão trabalhando em estratégias de prevenção da resistência, incluindo tratar a doença com diversos antibióticos de uma só vez. Eles também estão fazendo campanha pelo sexo seguro para diminuir a transmissão.

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhea e o seu contágio acontece por meio de sexo sem uso de preservativo. Pessoas com essa doença geralmente não têm sintomas visíveis, mas ela pode levar a complicações seríssimas, incluindo infertilidade e dor crônica na pélvis nas mulheres. Nos homens, ela pode causar epididimite, uma síndrome clínica que consiste em dor e inchaço do epidídimo (pequeno duto que coleta e armazena os espermatozoides), que pode levar à infertilidade. Se a bactéria se espalha na corrente sanguínea ou nas articulações, pode levar à morte.

Mais de 301 mil casos foram reportados pelo CDC em 2009, mas a agência estima que o número real chegue a 700 mil pessoas contaminadas a cada ano nos EUA. Desde os anos 1970 a bactéria tem ficado resistente aos antibióticos tradicionais como penicilina e tetraciclina. Em 1991, começaram a emergir bactérias resistentes à fluoroquinolona. Já não se recomenda mais tratamentos com essas drogas para não aumentar a resistência.
Pesquisadores agora veem o surgimento resistente à cefalosporina na região sudeste da Ásia. Geralmente, esses tipos resistentes migram para o EUA e se espalham pelo ocidente. “Esperamos que a história não se repita, mas parece que o padrão está se mantendo”, disse Kimberly.

Para prevenir a resistência, o CDC recomenda que a doença seja tratada com uma forma injetável de cefalosporina unida a outro tipo de antibiótico como azitromicina ou doxiciclina. Além disso, há pesquisas para encontrar drogas que combatam a DST com baixos custos, incluindo medicamentos que matam a bactéria em diferentes estágios de vida, disse a médica. Contudo, eles já estão preparando um plano emergencial em caso de uma epidemia.

(Hypescience)

Nota: Enquanto, por um lado, alguns se preocupam com o alastramento de doenças que podem se tornam epidêmicas, como a gonorreia (sem contar o flagelo da aids, que continua ceifando muitas vidas), outros promovem a libertinagem sob a bandeira da tolerância. É o caso das paradas gays e do recente “beijaço gay”, promovido num campus universitário. Experiências têm mostrado que o melhor combate a essas doenças deriva do verdadeiro sexo seguro, ou seja, praticado dentro do casamento (entre um homem e uma mulher), numa relação de fidelidade. Se o sexo for praticado nesse contexto, não há o que temer. Mas isso é conversa de “fundamentalistas retrógrados”. Vivemos em” novos tempos” e o povo quer liberdade. Então, que esteja preparado para as consequências das superdoenças e para os resultados de suas escolhas.[MB]

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/04/estudantes-fazem-ato-contra-homofobia-no-campus-da-ufmg.html

àfrica seja fiel

Oração ao Deus desconhecido, por Nietzsche

Antes de prosseguir no meu caminho
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa chamar.

Sobre esses altares está gravada em fogo
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Eu sou Teu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Eu sou Teu, não obstante os laços
Me puxarem para o abismo.
Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servi-Te.

Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que me penetras a alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.

(Friedrich Nietzsche [1844-1900] em Lyrisches und Spruchhaftes [1858-1888]. Tradução: Leonardo Boff. O texto em alemão pode ser encontrado em Die Schönsten Gedichte von Friederich Nietzsche, Diogenes Taschenbuch, Zürich 2000, 11-1,2 ou em F. Nietzsche, Gedichte, Diogenes Verlag, Zurich 1994)

quarta-feira, abril 27, 2011

"Olho treinado" e as lentes da cosmovisão

No dia 13 de abril, foi veiculada a notícia de que cientistas haviam encontrado fósseis preservados de organismos que teriam vivido no fundo de lagos "há pelo menos um bilhão de anos" (segundo a tremendamente antiga cronologia evolucionista) no Lago Torridon, na costa oeste da Escócia. Reportagem publicada no site do jornal Daily Mail informa que, segundo os especialistas, os fósseis "marcam um importante momento na evolução das espécies, quando bactérias simples tornaram-se conjuntos de células mais complexas, capazes de realizar fotossíntese e reprodução sexuada". O professor Martin Brasier, da Universidade de Oxford, disse que os novos fósseis mostram que "o movimento em direção a complexas células começou muito antes do que se pensava". Charles Wellman, da Universidade de Sheffield, salienta ainda que "o estudo aponta que a vida na terra nesse momento era mais abundante e complexa do que o previsto". [Leia o texto completo aqui e deixe seu comentário lá.]

Biólogo de Harvard quer alterar teoria da evolução

Em uma tarde recente, o ilustre biólogo de Harvard, Edward O. Wilson, estava em casa falando ao telefone sobre os golpes que vêm recebendo da comunidade científica e parafraseando Arthur Schopenhauer para explicar a indignação de seus colegas. “Todas as novas ideias passam por três fases”, dizia Wilson, com um certo tom de menino travesso. “Elas primeiro são ridicularizadas ou ignoradas. Depois, são tratadas com indignação. Finalmente, elas são encaradas como óbvias desde o princípio. Wilson tem 81 anos, idade em que poderia ser perdoado por se isolar numa fazenda e escrever livros populares sobre ciência. No ano passado ele tentou escrever ficção, publicando um livro sobre formigas – sua especialidade científica – e até conseguiu emplacar um conto no The New Yorker. Mas ele também tem defendido uma ideia científica perturbadora, que, segundo o próprio Wilson, está na fase dois da progressão de Schopenhauer: a indignação.

O que Wilson está tentando fazer no fim de uma influente carreira é nada menos que derrubar um elemento central da teoria da evolução: a origem do altruísmo. Sua posição está provocando críticas ferozes de outros cientistas. No mês passado, a revista Nature publicou cinco cartas de renomados cientistas dizendo que Wilson não entendeu a teoria da evolução e não sabe do que está falando. Uma dessas cartas continha as assinaturas de 137 cientistas, incluindo dois colegas de Wilson em Harvard.

O novo argumento de Wilson equivale a um ataque frontal às ideias aceitas há anos sobre um dos grandes mistérios da evolução: por que uma criatura ajudaria outra às próprias custas? A seleção natural significa que os mais aptos passam seus genes para a próxima geração, e cada organismo parece ter um incentivo enorme para sobreviver e se reproduzir. No entanto, estranhamente, o autossacrifício existe no mundo natural, mesmo quando ele parece colocar organismos individuais em uma desvantagem evolutiva: o esquilo que emite um som agudo para alertar outros esquilos sobre a presença de um predador está se colocando em risco. Como poderiam persistir, ao longo dos tempos, genes que levam a tais comportamentos? É uma questão que atormentava até mesmo Charles Darwin, que considerava o altruísmo um sério desafio à sua teoria da evolução.

O enigma do altruísmo é mais do que uma simples curiosidade técnica para os teóricos da evolução. Equivale a uma investigação de alto risco sobre a natureza do bem. Ao identificar os mecanismos através dos quais o altruísmo e outros comportamentos sociais avançados evoluíram em todos os tipos de seres vivos – como formigas, vespas, cupins e ratos-toupeira – estamos aumentando a nossa compreensão da raça humana e os processos evolutivos que nos ajudaram a desenvolver a capacidade de colaboração, lealdade, e até mesmo moralidade. Talvez seja esta a razão pela qual o debate um tanto esotérico entre Wilson e seus críticos tenha se tornado tão aquecido.

A explicação para o altruísmo se fundamenta na “teoria da seleção por parentesco”. De acordo com essa teoria, um organismo que busca passar seus genes para as gerações futuras pode fazê-lo indiretamente, ajudando um parente a sobreviver e procriar. Irmãos, por exemplo, compartilham aproximadamente metade de seus genes. E assim, pela lógica desapaixonada da evolução, ajudando um irmão a reproduzir é quase tão bom quanto reproduzir por si próprio. Assim, atuando de forma altruísta com alguém com quem você compartilha material genético não constitui autossacrifício: é apenas uma maneira diferente de promover seus próprios interesses. Wilson foi um dos pais da teoria da seleção por parentesco, mas agora, 40 anos depois, ele está implorando a seus colegas para que a desconsiderem. “A seleção por parentesco está errada”, declara Wilson. “É isso. Está errada.”

Na década de 1970, Wilson transformou a teoria da seleção por parentesco na base do seu trabalho na área da sociobiologia, um campo em que foi pioneiro e que cimentou o seu status como um dos gênios da ciência moderna. Mas ao longo das décadas, Wilson se deparou com evidências que o fizeram duvidar da relação entre parentesco genético e altruísmo. Os investigadores estavam encontrando espécies de insetos que compartilhavam um monte de material genético entre si, mas que não se comportavam de forma altruísta, e outras espécies que tinham muito pouco material genético em comum, mas que agiam de maneira altruísta. “Nada do que foi observado se encaixava na teoria da seleção por parentesco”, disse Wilson. “Eu sabia que algo estava errado.”

Em 2004, Wilson sugeriu uma teoria alternativa, defendendo que a origem do altruísmo e do trabalho em equipe não tem nada a ver com o grau de parentesco entre indivíduos. A chave, disse Wilson, está no próprio grupo. Em determinadas circunstâncias, os grupos de indivíduos que colaboram podem competir com grupos que não colaboram, garantindo assim que seus genes – incluindo os que predispõem à cooperação – sejam passados para as gerações futuras. Esta seleção por grupo, Wilson insiste, é o que forma a base evolucionária para uma variedade de comportamentos sociais avançados como o altruísmo e o trabalho em equipe.

Wilson não está argumentando que os membros de certas espécies não se sacrificam em benefício de seus parentes. Eles o fazem. Mas ele acredita que parentesco não é essencial para o desenvolvimento de avançados comportamentos sociais como o altruísmo. Para ele, a razão de tais comportamentos é que eles são vantajosos em nível do grupo. O fato de que organismos socialmente avançados acabam favorecendo seus parentes é um subproduto da participação em um determinado grupo, não a causa, diz Wilson.

(Opinião e Notícia)

Nota: Essa história me fez lembrar Antony Flew, considerado o maior filósofo ateu do século 20 e que se converteu ao teísmo, no fim da vida. Por negar ideias tão caras aos ateus empedernidos, Flew foi acusado de senilidade e de sofrer manipulação, num típico e rasteiro argumento do tipo ad hominem – não consegue atacar as ideias, ataque a pessoa. Edward O. Wilson está quase passando por isso (por enquanto, ainda não o chamaram de senil...). Um cientista não pode perceber e divulgar as inconsistências de sua pesquisa/teoria? Nota dez para Wilson por sua coragem. Seus colegas darwinistas é que, insatisfeitos por perder o maior defensor de uma ideia que lhes agrada, estão agitados. Schopenhauer e Thomas Kuhn neles! Que abram a mente para as revoluções científicas. Embora reconheça a coragem e a honestidade de Wilson, continuo achando que o darwinismo não fornece resposta satisfatória para a origem do altruísmo e da moralidade. Wilson e seus pares continuam querendo salvar a teoria das evidências.[MB]

Um novo santo para a crise católica

Deu na revista IstoÉ desta semana: “Não há dúvida de que o Vaticano tem pressa de que a figura carismática e globalizada de João Paulo II alcance a esfera celestial, afirmam vaticanistas. E essa ansiedade está relacionada com a crise do catolicismo no mundo – principalmente na Europa. O Anuário Pontifício de 2011, divulgado pelo Vaticano em fevereiro deste ano e que leva em conta a variação nos números da Igreja Católica no mundo entre 2008 e 2009, comprova essa tese. Embora a Santa Sé tenha alardeado que o rebanho aumentou em 15 milhões de seguidores nesse período, o documento revela, de maneira cristalina, o encolhimento do catolicismo no Velho Continente. No berço do catolicismo, onde se concentram 10,6% da população mundial, apenas 24% se dizem católicos, um índice baixo se comparado às Américas, por exemplo, que tem 13,6% da humanidade e incríveis 49,3% de católicos. ‘Não é à toa que Bento XVI vem focando seus esforços e os da Cúria Romana no problema da fé católica na Europa’, diz Fernando Altemeyer, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

“Ter um aliado do peso de João Paulo II em uma missão como essa tem valor inestimável. Sua biografia, com pinceladas medievais, parece ter sido moldada para servir de inspiração para ovelhas desgarradas. ‘Um santo é a voz mais eloquente que a igreja dispõe no processo de evangelização’, afirma dom Dimas Lara Barbosa, bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). As beatificações, assim como a de Karol Wojtyla, cumprem uma série de funções terrenas, além das espirituais de praxe. No pontificado de João Paulo II, por exemplo, houve uma preocupação em se canonizar santos dos Estados Unidos, para impulsionar a fé naquele país. O culto e a devoção a um personagem local acende a chama da religiosidade e atrai mais fiéis. [...]”

Nota: O cristianismo em seus primórdios não precisou de santos mortos (segundo a concepção católica, já que santo, na Bíblia, é próprio fiel vivo) para espalhar a mensagem de Cristo. Precisou de homens e mulheres imbuídos do poder do Espírito Santo e com amor inquebrantável pela Palavra de Deus. O desconhecimento desse cristianismo puro, dessa fé simples e racional, capaz de dar respostas satisfatórias a uma geração desnorteada, isso é que poderia resgatar a fé do desgastado continente Europeu. Apesar dos traços de caráter louváveis de Karol Wojtyla (que dorme inconsciente em seu caixão), colocá-lo como mais um intercessor entre Deus e os homens é minimizar a obra de Jesus Cristo, o verdadeiro intercessor.[MB]

Leia também: “Vaticano vai expor o sangue de João Paulo II durante beatificação”

Promoção da causa gay, humilhação do mulherio

Bem que Gilberto Braga tenta disfarçar, com algumas concessões ao bom-mocismo, mas ao desfraldar suas bandeiras pró-homossexualidade deixa escorrer misoginia pelos cantos da tela no folhetim das nove, cuja autoria compartilha com Ricardo Linhares (Insensato Coração, Rede Globo, 21h). Embora dos seis personagens gays apenas um tenha papel de destaque, diálogos como o de um deles (Nelson, interpretado por Edson Fieshi), numa cena de festa em que, acossado por uma socialite, bradou irritado algo como "se eu precisasse de uma boneca inflável para alavancar minha carreira estaria perdido", dão a medida do tratamento depreciativo que os autores vêm destinando às mulheres na trama. O mesmo personagem, capítulos depois, se mostraria possesso porque uma garota sem noção, atraída por sua "irresistível" beleza, atrapalhara uma paquera sua entre iguais, num quiosque. Para arrematar, ironizou, juntamente com o garçom, igualmente gay, a ignorância de Sueli (Louise Cardoso), que não alcança o linguajar, o estilo, nem consegue identificar os membros desta comunidade aparentemente tão superior. [...]

Nada contra a defesa de um gênero oprimido. Mas os direitos GLS e a valorização da mulher não são mutuamente excludentes.

Para movimentar sua trama os autores apelam para bate-bocas e cenas de ação bem ao estilo do cinema estadunidense. Em 25 capítulos já houve seqüestro e acidente de avião, roubos e assaltos a residências, desastres de carros e motos, rebelião de presídio, assassinato, socos e tapas em profusão, várias cenas hospitalares.

Felizmente a Globo está reprisando O Clone (14h30), que, embora não seja nenhuma mil e uma noites, extrai o movimento do relacionamento interno dos personagens e desfila mulheres misteriosas e sensuais como odaliscas.

(Silvia Chiabai, Observatório da Imprensa)

terça-feira, abril 26, 2011

Aranha de “165 milhões de anos” é igual à atual

Cientistas encontraram na China a maior aranha fossilizada já registrada, chegando a 15 centímetros de extensão com as patas abertas. A fêmea, que viveu há cerca de 165 milhões de anos [segundo a “esticada” cronologia evolucionista], faz parte do gênero Nephila, cujos espécimes são conhecidos pelas teias fortes e de tom dourado que produzem. Essas aranhas são encontradas em regiões tropicais e subtropicais. Segundo a revista científica Biology Letters, onde foi publicada o estudo, o fóssil foi encontrado na região da Mongólia Interior. Os pesquisadores batizaram o animal de Nephila jurassica. O professor de Paleontologia da Universidade do Kansas (Estados Unidos) Paul Selden, que participou do estudo, disse à BBC que o corpo da Nephila jurassica não é o maior, mas ao considerar as suas patas, ela se torna a aranha fossilizada de maior tamanho já encontrada. Até então, o fóssil mais antigo do gênero Nephila tinha 35 milhões de anos [idem]. A nova descoberta faz com que a existência desse gênero seja revista para o Período Jurássico, o que torna a aranha a mais antiga Nephila já registrada.

É impossível determinar com certeza como morreu esse aracnídeo fossilizado. A possibilidade mais forte seria um desastre natural. A aranha foi encapsulada em cinza vulcânica no fundo do que teria sido um lago. A cinza teria, segundo o estudo, arrancado o animal de sua teia e o encoberto. Os detalhes preservados no fóssil impressionam os cientistas. “Você vê não somente os pelos das patas, mas pequenas coisas, como a trichobothria (pequenas estruturas em formato de pelo que servem para detectar vibrações do ar)”, afirma Selden. [...]

(BBC Brasil)

Nota: Se esse fosse um exemplo raro de fossilização perfeita, até poderíamos crer em eventos isolados como a erupção de um vulcão. Mas fósseis como esse são encontrados em todas as partes do mundo, e frequentemente são descobertos indícios de água envolvida no processo, como no caso dos dinossauros que, ao que tudo indica, morreram sufocados em água e lama. Além disso, chama atenção o fato de esses animais, como a Nephila jurássica, serem praticamente idênticos aos seus parentes atuais, a despeito do fato de terem se passado supostos milhões de anos. Cadê a evolução? Ou essa aranha foi outro ser que não sofreu “pressão evolutiva” durante tanto tempo? Na verdade, a “explicação” é bem conveniente: se o animal fossilizado está extinto e apenas de longe se assemelha a algum ser vivo atual, trata-se de um “elo” evolutivo. Se é exatamente igual ao atual, não passou por evolução. São os poderes da teoria-explica-tudo.[MB]

Tudo, menos criação (ainda a história do RNA)

[Meus comentários seguem entre colchetes – MB.] Pesquisadores estão tentando entender como a vida deu [então já assumem que isso ocorreu e pronto?] um salto do RNA para o DNA, e como ele adicionou uma gama de proteção e sustentação de compostos orgânicos ao longo dessa evolução. A resposta pode estar em um conceito pouco conhecido – o de que o RNA pode agir como uma enzima. O estudo também demonstrou que as bases do RNA monomérico podem se formar em condições semelhantes às de uma Terra pré-histórica [Terra esta nunca provada]. Essas bases individuais, flutuando em um ambiente aquático, podem se juntar e formar cadeias. Quanto ao conceito do RNA como enzima, a comunidade bioquímica considera que o RNA age como enzima para produzir as proteínas do nosso corpo (chamadas “ribozima”) [em nosso corpo, o aparato já existe em funcionamento; isso é uma coisa, outra é dizer que o RNA simplesmente surgiu e passou a funcionar]. Assim, não é preciso muita lógica [não?!] pensar que as enzimas do RNA, apesar de sua menor aptidão catalítica, poderiam lentamente gerar açúcares, proteínas, fosfolipídios e outras macromoléculas-chaves. Na verdade, uma série de enzimas de RNA que gera vários tipos de molécula orgânica foi descoberta – incluindo enzimas para realizar autorreplicação das próprias enzimas [repito: essas enzimas foram descobertas em sistemas bióticos complexos; dizer que surgiram a partir da não complexidade é pura especulação].

Uma questão crítica que ficou sem resposta, porém, foi a forma como a antiga enzima de RNA poderia ter sobrevivido. O RNA, naturalmente, passa por reações de hidrólise em água que pode quebrar suas cadeias [fato]. Embora ocorrendo em uma taxa baixa, o grande número de ligações fosfodiéster em uma longa cadeia de RNA torna praticamente inevitável que a molécula de RNA se quebre em dias, ou meses [fato]. De que forma os antigos RNAs escaparam da destruição, então?

Os pesquisadores fizeram experimentos [planejamento inteligente] para tentar decifrar esse enigma. Eles colocaram o RNA dentro de bolsões de líquido de arrefecimento a água, presos em gelo [planejamento inteligente com vistas a obter um resultado esperado], e descobriram que as enzimas RNA funcionavam e, ao mesmo tempo, escapavam da degradação. O problema é que com a temperatura mais fria, a barreira de energia é provavelmente demasiado elevada para a hidrólise não catalisada das ligações fosfodiéster que ocorreriam – e que garantiriam a existência do RNA. Mas com íons suficientes [mais planejamento inteligente], a enzima RNA poderia diminuir a barreira de energia e não só sobreviver como se autorreplicar.

Assim, a origem da vida na Terra não poderia ter sido em um mar profundo de ventilação ou em mar aberto, mas em uma poça de lama fria nos pólos norte ou sul, que continha uma mistura de água e subprodutos orgânicos de carbono libertado da crosta terrestre [hipótese].

Ao longo do tempo, essa forma de vida poderia ter construído um arsenal de produtos químicos úteis [como? Complexidade a partir da simplicidade?]. A evolução mais crítica teria sido a criação [criação?] de uma bicamada de fosfolipídios de proteção [“resolver” o assunto com simples palavras é uma coisa, difícil é explicar como teria surgido essa “capa” fosfolipídica complexa seletiva vital para manter íntegras e agrupadas as organelas da protocélula que supostamente vagava num ambiente líquido], a criação de enzimas de proteína para oferecer catálise mais rápida e, por último, a mudança para o DNA quimicamente mais estável [como isso ocorreu?]. Depois disso, essa forma estaria pronta para arriscar climas mais quentes, sobreviver e se reproduzir [como esse “ser vivo” foi capaz de duplicar perfeitamente toda a sua complexidade e, tempos depois, dar origem à reprodução sexuada a partir da assexuada?], bem como captar a energia do Sol para correção [o “ser primordial” era tão inteligente que foi capaz até de corrigir ineficiências no sistema de captação de energia!] de energia nas moléculas à base de carbono.

Essa é apenas uma teoria, que talvez nunca seja totalmente provada. Porém, os cientistas a consideram um avanço por ter fornecido uma explicação plausível de como a vida poderia ter evoluído a partir de compostos de carbono a um complexo sistema de vida. [Isso é o melhor que os darwinistas têm a oferecer em termos de “explicação” para a evolução química da vida? A coisa tá feia... Traduzindo: essa é apenas uma hipótese que jamais poderá ser verificada empiricamente e que demanda muita fé para ser aceita, mas, pelo menos, evita o constrangimento de se admitir que vida só pode provir de vida, que informação depende de uma fonte informante, e que complexidade específica requer planejamento; ou seja, admitir que a vida foi criada. O naturalismo filosófico é o maior entrave ao conhecimento da natureza e a uma visão mais ampla da realidade. E, sinceramente, não tenho tanta fé para crer na mitologia descrita na matéria acima – MB.]

(Hypescience)

Leia também: "Cientistas copiam RNA para 'explicar' origem da vida"

A misteriosa técnica de navegação da baleia-jubarte

O recorde mundial de maior migração animal pelo Planeta Terra pertence à Baleia-jubarte. Recentemente, um exemplar feminino dessa espécie fez o que a humanidade só foi capaz de realizar no século XV, com enormes caravelas: cruzou o atlântico. A baleia saiu da costa brasileira, percorreu quase dez mil quilômetros e foi parar em Madagascar, ilha no sudeste da África. Qual o segredo dessa baleia? Para achar essa resposta, cientistas da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia monitoraram os movimentos de 16 baleias-jubarte desde 2003. Tal monitoramento, que terminou no ano passado. Foi feito através de escutas de rádio que estavam programadas para cair do corpo delas, o que aconteceu sete anos após a aplicação. O que chamou atenção dos cientistas é a retidão das rotas das baleias. Para percorrer um caminho superior a 2.000 quilômetros, tiveram um desvio quase nulo (de apenas 0,4 graus) na trajetória. A técnica para tamanha precisão segue sendo obscura para os cientistas. As duas principais teorias foram refutadas.

A primeira supunha que elas se utilizavam do magnetismo terrestre, tal qual os tubarões, mas essa não é a resposta porque o campo magnético da Terra varia durante a migração delas. A outra tese era a de que elas se guiam pelo Sol, mas isso também caiu por terra quando eles descobriram que baleias provenientes de pontos diferentes são capazes de seguir a mesma trajetória, com o Sol estando em posição diferente para cada uma.

O resultado parcial da interpretação foi o seguinte: se elas não usam exclusivamente o magnetismo terrestre e nem a luz do Sol, devem usar os dois indicadores juntos. Devido a uma habilidade sensorial, ainda desconhecida, elas se guiam por esses dois fatores naturais para trilhar seus caminhos retos com tanta facilidade.

(Hypescience)

Nota: Aves migratórias também constituem uma maravilha da criação. Elas estocam as calorias necessárias para fazer voos de milhares quilômetros, sem escalas. Se errarem o caminho, acabarão morrendo por exaustão, longe da fonte de alimento. É o tipo de sistema que tinha que funcionar perfeitamente desde o início, ou levaria esses animais a extinção.[MB]

segunda-feira, abril 25, 2011

Brasil é 3º país onde mais se crê em Deus

O Brasil foi o terceiro país em que mais se acredita em “Deus ou em um ser supremo” em uma pesquisa conduzida em 23 países. A pesquisa, feita pela empresa de pesquisa de mercado Ipsos para a agência de notícias Reuters, ouviu 18.829 adultos e concluiu que 51% dos entrevistados “definitivamente acreditam em uma ‘entidade divina’ comparados com os 18% que não acreditam e 17% que não têm certeza”. O país onde mais se acredita na existência de Deus ou de um ser supremo é a Indonésia, com 93% dos entrevistados. A Turquia vem em segundo, com 91% dos entrevistados e o Brasil é o terceiro, com 84% dos pesquisados. Entre todos os pesquisados, 51% também acreditam em algum tipo de vida após a morte, enquanto apenas 23% acreditam que as pessoas param de existir depois da morte e 26% “simplesmente não sabem”. Entre os 51% que acreditam em algum tipo de vida após a morte, 23% acreditam na vida após a morte, mas “não especificamente em um paraíso ou inferno”, 19% acreditam “que a pessoa vai para o paraíso ou inferno”, outros 7% acreditam “basicamente na reencarnação” e 2% acreditam “no paraíso, mas não no inferno”. Nesse mesmo quesito, o México vem em primeiro lugar, com 40% dos entrevistados afirmando que acreditam em uma vida após a morte, mas não em paraíso ou inferno. Em segundo está a Rússia, com 34%. O Brasil fica novamente em terceiro nesta questão, com 32% dos entrevistados.

Mas o Brasil está em segundo entre os países onde as pessoas acreditam “basicamente na reencarnação”, com 12% dos entrevistados. Apenas a Hungria está à frente dos brasileiros, com 13% dos entrevistados. Em terceiro, está o México, com 11%. Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%.

As discussões entre evolucionistas e criacionistas também foram abordadas pela pesquisa do instituto Ipsos. Entre os entrevistados no mundo todo, 28% se definiram como criacionistas e acreditam que os seres humanos foram criados por uma força espiritual - ou seja, não acreditam que a origem do homem seja a evolução de outras espécies como os macacos. Nessa categoria, o Brasil está em quinto lugar, com 47% dos entrevistados, à frente dos Estados Unidos (40%). Em primeiro lugar está a Arábia Saudita, com 75%, seguida pela Turquia, com 60%, Indonésia em terceiro (57%) e África do Sul em quarto lugar, com 56%.

Por outro lado, 41% dos entrevistados no mundo todo se consideram evolucionistas, ou seja, acreditam que os seres humanos são fruto de um lento processo de evolução a partir de espécies menos evoluídas como macacos. Entre os evolucionistas, a Suécia está em primeiro lugar, com 68% dos entrevistados. A Alemanha vem em segundo, com 65%, seguida pela China, com 64%, e a Bélgica em quarto lugar, com 61% dos pesquisados.

Entre os 18.829 adultos pesquisados no mundo todo, um total de 18% afirmam que não acreditam em “Deus, deuses, ser ou seres supremos”. No topo da lista dos descrentes está a França, com 39% dos entrevistados. A Suécia vem em segundo lugar, com 37% e a Bélgica em terceiro, com 36%. No Brasil, apenas 3% dos entrevistados declararam que não acreditam em Deus, ou deuses ou seres supremos.

A pesquisa também concluiu que 17% dos entrevistados em todo o mundo “às vezes acreditam, mas às vezes não acreditam em Deus, deuses, ser ou seres supremos”. Entre estes, o Japão está em primeiro lugar, com 34%, seguido pela China, com 32% e a Coreia do Sul, também com 32%. Nesta categoria, o Brasil tem 4% dos entrevistados.

(Último Segundo)

Nota: Curiosamente, com tantos “crentes” por aqui, quase 50% não acreditam na vida após a morte ou não fazem ideia do que acontece depois dela. Teria esse deus criado o ser humano para viver até o túmulo e só? Quase metade dos 51% que creem na vida após a morte não crê no paraíso nem no inferno. Embora eu também não creia no mito do inferno eterno (creio na aniquilação da morte, de Satanás e seus anjos, dos pecadores empedernidos e do próprio inferno = sepultura, na Bíblia), pergunto: Para onde vão, então, os mortos? Que vida eterna seria essa? Curiosamente, apesar de toda a propaganda espírita (filmes, seriados, desenhos e livros), apenas 7% dos que creem na vida após a morte sustentam a ideia da reencarnação. Mesmo assim, o Brasil é o segundo país que mais acredita na reencarnação. Por essas e outras, não concordo quando dizem que o Brasil é um “país cristão”. Se fosse, não haveria tantas dúvidas sobre questões basilares da fé e também não haveria tantas ideias pagãs misturadas com as crenças do povo.

No que diz respeito aos percentuais de criacionistas e evolucionistas, fico imaginando se as perguntas foram suficientemente claras. Por exemplo: se me perguntarem se creio que Deus criou os seres vivos exatamente como são hoje, direi que não. O que o entrevistador colocaria em sua planilha, que sou evolucionista? Mas, se perguntarem a um evolucionista teísta se ele crê na criação ou na evolução, o que ele deverá responder? Portanto, esses percentuais nem sempre são tão confiáveis pelo grau de generalização envolvido nas perguntas. De qualquer forma, achei interessante a relação evolucionismo/ateísmo na Suécia e na Bélgica. Seria coincidência?[MB]

E-mails que nos alegram (30)

“Sou membro da Igreja Adventista Central de São Bernardo do Campo. Conheço seu blog desde 2006, quando fui convidada para trabalhar no Colégio Adventista de Santo André. Naquela época, eu não era adventista, mas, mesmo assim, eles precisavam de uma professora de geografia e acabaram me contratando, uma professora meio ‘louca’ e ainda por cima tatuada! Tive que aprender o real criacionismo por meio do seu blog. Depois de alguns meses, ofereceram-me estudos bíblicos. Sempre fui apaixonada pela história de Jesus Cristo. Havia sido evangélica um tempo de minha vida; fui da Congregação Cristã, mas permaneci pouco tempo ali. Tive o privilégio de estudar a Bíblia com um pastor, e o ‘coloquei na parede’, literalmente, por causa do meu conhecimento errado sobre a Bíblia; mas ele era muito bem preparado e com muita paciência me mostrou a verdade. Morri para o mundo e nasci para Jesus em 23 de setembro de 2007. Hoje evangelizo meus alunos numa escola pública – uma seara grande. E atualmente estou dando estudos bíblicos na casa de uma professora de matemática que é católica. Sou auxiliar e professora da Escola Sabatina e tecladista na igreja. Encontrei meu povo e mais que isso: meu caminho!”

(Marli Paixão)

Se a humanidade fosse ateia estaria extinta

Países cuja população tem significativa parcela de ateus (ou de não religiosos) tendem a minguar até desaparecer por causa de seu baixo índice de natalidade, diferentemente do que ocorre naqueles em que os crentes têm domínio consolidado. Essa conclusão é do pesquisador de religião Michael Blume, da Universidade de Jena, na Alemanha, com base em dados de 82 países. Ele disse que seu estudo apontou para um cenário já previsto em uma hipótese evolucionista de Friedrich August Von Hayek (1899-1992), matemático e Prêmio Nobel. Como exemplo de baixa natalidade, ele citou os ateus suíços, que têm em média 1,1 filho por casal (censo de 2000), contra os 2,7 dos hindus, 2,4 dos muçulmanos e 2 dos judeus. Nestes tempos em que as pessoas passaram a viver mais, a taxa mínima de natalidade para repor com acréscimo a mortandade seria de no mínimo de 1,7 filho, disse Blume. A população da Suíça é majoritariamente cristã, mas lá o estrato dos não religiosos vem tendo forte crescimento nos últimos anos, representando 11,1% do total. O percentual sobe para 20% quando se consideram somente as cidades com população a partir de 100 mil habitantes.

Blume apurou que, independentemente da fé de cada um, os casais que rezam pelo menos uma vez por semana têm a média de 2,5 filhos, mais do que o dobro do que os ateus e agnósticos. Constatou que os casais de fundamentalistas [como gostam desse termo...] - de qualquer religião - são os que mais têm filhos porque obedecem à risca a determinação divina do “crescei e multiplicai”. Para esses religiosos, mais do que outros, os filhos são dádivas de Deus [e não são?].

Assim, o estudo de Blume, que é crente, deixa subentendido que, se houvesse hoje uma predominância dos fundamentalistas na população mundial, o planeta teria muito mais pessoas. E se a maioria fosse de ateus, a humanidade estaria em extinção.

(Paulopes Weblog)

Sexualização precoce e seus efeitos nas meninas

Em 2007, a Associação Americana de Psicologia publicou um relatório que liga a sexualização precoce a três dos problemas mais comuns de saúde mental de meninas e mulheres: transtornos alimentares, baixa autoestima e depressão. A moda destes últimos tempos tem contribuído grandemente para essa sexualização das meninas. Num artigo publicado no site da CNN, LZ Granderson denuncia essa tendência e destaca o disparate da rede Abercrombie & Fitch que lançou no mercado um sutiã do tipo push-up, “para meninas que, normalmente, são jovens demais para ter qualquer coisa para empurrar para cima”. Originalmente, o sutiã era vendido para meninas de sete anos, mas, após o protesto público, a Abercrombie & Fitch direcionou a peça para o público de 12. Leia aqui o artigo “Pais, não vistam suas filhas como prostitutas” (em inglês) e, depois, confira o estudo “Report of the APA Task Force on the Sexualization of Girls”.

domingo, abril 24, 2011

O “olho treinado” e as lentes da cosmovisão

No dia 13 de abril, foi veiculada a notícia de que cientistas haviam encontrado fósseis preservados de organismos que teriam vivido no fundo de lagos “há pelo menos um bilhão de anos” (segundo a tremendamente antiga cronologia evolucionista), no Lago Torridon, na costa oeste da Escócia. Reportagem publicada no site do jornal Daily Mail informa que, segundo os especialistas, os fósseis “marcam um importante momento na evolução das espécies, quando bactérias simples tornaram-se conjuntos de células mais complexas, capazes de realizar fotossíntese e reprodução sexuada”.

O professor Martin Brasier, da Universidade de Oxford, disse que os novos fósseis mostram que “o movimento em direção a complexas células começou muito antes do que se pensava”. Charles Wellman, da Universidade de Sheffield, salienta ainda que “o estudo aponta que a vida na terra nesse momento era mais abundante e complexa do que o previsto”.

Quinze dias antes, outra notícia havia se espalhado na internet: gravuras rupestres de dinossauros com seres humanos encontradas na área de Kachina Bridge, em Utah, Estados Unidos, foram submetidas a uma análise de pesquisadores, que chegaram à conclusão de que elas são apenas “pintura manchada”.

Os estudiosos analisaram quatro imagens do que “parecem ser dinossauros”. Não satisfeitos com o que viam a olho nu, usaram binóculos e lentes especiais e iluminação direta e indireta do sol. “O dinossauro 1, apelidado de Sinclair, realmente se parece com um dino, se visto por olhos comuns. Mas um olho treinado pode frequentemente enxergar o que um não treinado vê”, disse o paleontólogo Phil Senter, da Universidade Estadual Fayetteville, na Carolina do Norte. “Até nosso estudo, esta era a melhor gravura de dinossauros e a mais difícil de ser interpretada porque se parece muito com um dinossauro”, admitiu.

Segundo os estudiosos com “olhos treinados”, a imagem dos dinossauros é ilusão de ótica, semelhante aos rostos e animais vistos nas nuvens e nas formações rochosas da Lua (com a diferença de que as pinturas de Kachina Bridge foram feitas por humanos).

Voltando à primeira notícia – a dos fósseis no fundo do lago escocês –, algumas considerações são necessárias: (1) Não existem “bactérias simples”; para elas existirem, é preciso que haja organelas especializadas, máquinas moleculares bastante complexas, membrana seletiva e informação genética. (2) Como essas “bactérias simples” se tornaram “conjuntos de células mais complexas”, capazes de realizar fotossíntese e reprodução sexuada? Como elas foram capazes de duplicar a informação genética com precisão? Complexidade pode se originar da (suposta) simplicidade? Isso é científico? Fotossíntese e reprodução sexuada são mecanismos ultracomplexos que exigem o “surgimento/evolução” de muitas funções específicas de complexidade irredutível e, no caso dos sexos, distintas e perfeitamente compatíveis. Como surgiram? Mutações simultâneas e diferentes em organismos diferentes numa mesma época e mesmo local? (3) A admissão de que o “movimento em direção a complexas células começou muito antes do que se pensava” cria problemas para a teoria da evolução, já que cada vez mais o tempo do “surgimento” da vida complexa vai recuando no passado (e essa constatação não é de hoje). Daqui a pouco, restará a pergunta: Haveria tempo suficiente para a evolução da vida nesse nível de complexidade? (4) O estudo aponta que “a vida na terra neste momento era mais abundante e complexa do que o previsto”. A surpresa é apenas dos darwinistas, já que os criacionistas postulam que a complexidade está presente neste planeta desde que a vida foi criada – e é exatamente isso o que se observa de alto a baixo na coluna geológica.

E quanto aos dinossauros de Utah? Curiosamente, os desenhos de mãos, pessoas e outros animais encontrados no mesmo local não “mancharam”. Somente a imagem dos dinossauros ficou manchada e constitui ilusão de ótica... Mas quem sou eu para contestar os especialistas? Não tenho “olho treinado”.

E o que um “olho treinado” vê, quando contempla, por exemplo, um único dente fóssil? R.: uma criatura completa! O que um “olho treinado” vê, quando analisa camadas sedimentares plano-paralelas em grandes extensões e sem evidência de erosão entre elas? R.: bilhões de anos de sedimentação. O que um “olho treinado” vê, quando constata variações no tamanho do bico de aves da mesma espécie ou analisa bactérias que adquirem resistência a antibióticos, mas que continuam sendo bactérias? R.: a macroevolução de uma “célula primordial” até um ser humano! O que um “olho treinado” vê, quando se dá conta da tremenda quantidade de informação complexa e específica no DNA? R.: acaso cego. O que um “olho treinado” vê, quando observa tecidos moles e proteína identificável em fósseis de dinossauros? R.: milhões de anos de extinção, assim mesmo. O que um “olho treinado” vê, quando olha para o período Cambriano com sua “explosão” de vida complexa e se dá conta de que no Pré-cambriano não existem ancestrais evolutivos desses animais? R.: mistério.

Na verdade, as pinturas em Kachina Bridge não são as únicas evidências dessa contemporaneidade entre humanos e dinossauros. No capítulo “O que aconteceu com os dinossauros”, do meu livro A História da Vida (em nova edição ampliada), abordo esse e outros temas relacionados aos dinos. Há muito mais por trás dessa história que alguns pesquisadores e a mídia acham que resolveram por meio de conclusões enviesadas.

Enfim, essas duas notícias mostram que mesmo um “olho treinado” não está imune aos ditames da cosmovisão. E é essa cosmovisão que influencia poderosamente os pesquisadores, fazendo com que eles adotem dois pesos e duas medidas, adaptando as evidências ao modelo teórico, e não o contrário.

(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)

sexta-feira, abril 22, 2011

Terra de Esperança

Dr. Floyd Greenleaf
Floyd Greenleaf nasceu em setembro de 1931, em Braintree, Vermont, Estados Unidos. Estudou no Southern Missionary College, onde se formou em História e Religião. É mestre em ciência com ênfase em história e Ph.D em história latino-americana. Lecionou por vários anos, desde o ensino fundamental, passando pelos ensinos médio e superior, tendo sido também vice-presidente acadêmico do Southern College of Seventh-day Adventists, de 1987 a 1996. Autor de inúmeros artigos publicados em diferentes periódicos, escreveu também os livros Light Bearers: A History of the Seventh-day Adventist Church, em coautoria com Richard Schwarz (publicado em português pela Unaspress com o título Portadores de Luz); In Passion for the World: A History of Seventh-day Adventist Education; entre outros. Casado com Betty June Wallace, tem três filhos.

Nesta entrevista, concedida ao jornalista Michelson Borges, o Dr. Greenleaf fala sobre o livro Terra de Esperança, que a Casa Publicadora Brasileira lança no mês de maio, e sobre os primórdios do adventismo no continente sul-americano. [Leia mais]

Ditadura: solução para o aquecimento global?

Um socialista propondo o fascismo? Onde é que já vimos algo parecido? Hmmm... Talvez no início dos anos 1930, na Alemanha. Via Real Science: "Suponhamos que se descubra amanhã que o efeito estufa foi subestimado, e que os efeitos catastróficos vão ocorrer dentro de dez anos e não daqui a cem anos. Bem, dado o estado dos movimentos populares atuais, provavelmente teríamos uma usurpação do poder por parte dos fascistas, e provavelmente todo mundo iria concordar com isso uma vez que esse seria o único meio para a sobrevivência de todos nós. Eu haveria de concordar com isso uma vez que, por agora, não há alternativas."

Ficamos sabendo, portanto, que o alarmismo em torno do não-existente aquecimento global antropogênico é bastante útil para pessoas [e instituições/religiões] com planos totalitários. Isso talvez explique o porquê de as Nações Unidas pedirem ajuda a Hollywood para propagar a mensagem do aquecimento global. É preciso não esquecer uma coisa importante acerca do marxismo cultural: eles não se importam com os homossexuais, com as mulheres ou com o meio ambiente. A única coisa que os preocupa é o poder.

Eles querem ter uma forma de controlar os recursos mundiais sem que a humanidade sinta que está sendo controlada por ditadores. Como tal, e como é normal entre os totalitários, eles inventam um falso inimigo e colocam-se como os "escolhidos" para lutar contra o "inimigo" que eles criaram.

As palavras de esquerdistas como Noam Chomsky são um lembrete muito forte do que está realmente por trás do movimento ambientalista.

(Marxismo Cultural)

Nota: Na verdade, há ainda mais por trás do movimento ambientalista conhecido como ECOmenismo e não são apenas os "marxistas culturais" que têm interesse nessa bandeira conveniente. Clique aqui para ler mais sobre esse assunto.[MB]

quinta-feira, abril 21, 2011

Apologética para nossos dias

Acabei de ler dois livros muito bons de apologistas cristãos consagrados: Apologética Para Questões Difíceis da Vida, de William Lane Craig (Ed. Vida Nova), e A Morte da Razão - Uma resposta aos neoateus, de Ravi Zacharias (Ed. Vida).

Em seu livro, Craig (que é doutor em teologia e filosofia) mostra que a teologia bíblica pode responder satisfatoriamente questões que têm que ver com nosso dia a dia. Por exemplo: Por que Deus não responde às minhas orações? Se Deus é onipotente, por que o mal existe? Se Deus é tão amoroso, por que sofremos? Qual é o significado do sofrimento para o cristão? Como ele deve lidar com suas dúvidas?

É mais uma contribuição do escritor que vem promovendo incessantemente a ideia de que o cristão pode e deve desenvolver uma fé racional, e deve estar sempre pronto para responder a todo aquele que lhe pedir a razão da sua esperança (1 Pedro 3:15).

Craig também lida francamente com questões espinhosas que envolvem as polêmicas do aborto e da homossexualidade.

Ao propor uma verdade absoluta, cristãos como Craig e outros podem parecer arrogantes e intolerantes. Por isso, logo na introdução de seu livro, o autor avisa: “O cristão está comprometido tanto com a verdade como com a tolerância, porque acredita naquele que não somente disse ‘Eu sou a verdade’, como também declarou ‘amai os vossos inimigos’” (p. 11).

Enfim, é leitura obrigatória para quem quer entender o mundo com as claras lentes da cosmovisão cristã.

A Morte da Razão é uma resposta ao livro Carta a Uma Nação Cristã, do ateu militante Sam Harris, mas bem pode ser lido como uma resposta breve ao neoateísmo de modo geral, defendido por figuras como Dawkins, Hitchens, Dennett e outros. O indiano Ravi Zacharias sabe muito bem do que está falando, pois foi ateu e, no tempo em que cursava filosofia em Nova Délhi, por sugestão das ideias de Albert Camus tentou o suicídio. Não foi bem-sucedido e acabou no hospital. Ali ganhou uma Bíblia e sua vida deu uma guinada. A história é impressionante, mas Zacharias nos dá apenas uma “palhinha” dela nessa obra, cujo objetivo é mostrar que Deus não é produto da imaginação e que o cristianismo fornece boas respostas para questões levantadas – muitas vezes de forma leviana – pelos ateus fundamentalistas.

Entre outros assuntos, Zacharias trata da verdadeira natureza do mal, da absoluta falência do neoateísmo, da coexistência da religião e da ciência e da fundamentação da moralidade. Zacharias mostra que a visão de mundo dos neoateus leva a um vácuo. “Pelo menos Voltaire, Sartre e Nietzsche foram sinceros e coerentes na visão de mundo deles. Eles confessavam o ridículo da vida, a falta de sentido de tudo num mundo ateísta. Os ateus de hoje, como Richard Dawkins e Sam Harris, todavia, estão tão cegos pela arrogância da mente deles que procuram apresentar essa visão da vida como algum tipo de libertação triunfal. [...] A vida sem Deus é em última análise uma vida sem nenhum ponto de referência de sentido que não seja a que alguém lhe dá na hora” (p. 36, 38).

Na página 64, Zacharias sumariza suas ideias assim: “A visão de mundo da fé cristã é bem simples. Deus pôs neste mundo o suficiente para tornar a fé nEle uma coisa bem razoável. Mas deixou de fora o suficiente a fim de que viver tão somente pela razão pura fosse impossível”.

O livro tem apenas 110 páginas, mas traz inspiração e lições para uma vida.

Michelson Borges

Leia também: "Livros sobre ateísmo têm mais divulgação no Brasil"

Marcelo Gleiser: os cientistas também são dogmáticos

Li e reli o artigo “Contra as formas de dogmatismo”, de Marcelo Gleiser, na Folha de S. Paulo de 10/4/2011. Ele começa seu artigo mencionando o livro Absence of Mind, da romancista e ensaísta americana Marilynne Robinson, criticando cientistas como Richard Dawkins e Steven Pinker pelos ataques à fé e à religião. Fiquei pensando: só agora em 2011 que o Gleiser atentou para as críticas de Robinson contra esses neoateus, pós-modernistas, chiques e perfumados? O blog Uncommon Descent já tinha destacado essas críticas quase um ano atrás: 25 de julho de 2010. Não sei quais são os verdadeiros objetivos recentes de Gleiser em se voltar publicamente contra Dawkins, o apóstolo do ateísmo pós-moderno, e outros cientistas ateus, na postura que ele concorda com Robinson de ser essencialmente fundamentalista ‒ “cientismo”, a ciência é o único modelo explicativo válido. Gleiser salientou a crítica de Robinson: “As certezas que, juntas, trivializam e menosprezam, precisam ser revisitadas”, escreveu.

Gleiser resumiu o argumento de Robinson: não há dúvida de que a ciência é uma belíssima construção intelectual, com inúmeros triunfos no decorrer dos últimos quatro séculos, mas sua visão de mundo é necessariamente incompleta. É aqui que Gleiser me surpreende indo contra a posição subjetiva dos atuais mandarins da Nomenklatura científica: reduzir todo o conhecimento aos métodos da ciência empobrece a humanidade, e necessitamos de diversidade cultural, e essa diversidade inclui, entre outras, a cultura das religiões.

Interessantes as perguntas que Gleiser faz: O que faz com que cientistas tenham tanta confiança no seu saber, se a prática da ciência apoia-se em incertezas e que uma teoria funciona apenas dentro de seus limites de validade? Essa confiança na incompletude e incerteza do conhecimento científico em detrimento dos demais conhecimentos que tentam explicar a realidade não é arrogância dos cientistas? Eu chamo esse comportamento de “síndrome luciferiana”. Quem lê entenda.

Muito mais interessantes são as respostas que Gleiser dá: as teorias científicas são testadas constantemente e seus limites são expostos, e que dos limites de uma teoria que surgem outras. Gleiser sabe: nem todas as teorias e hipóteses científicas são testadas constantemente, e mesmo que seus limites, e até a sua falência epistêmica no contexto de justificação teórica [Argh, isso é como cometer um assassinato!] sejam expostos, os que praticam ciência normal não abandonam essas teorias não corroboradas pelas evidências encontradas. Kuhn explica isso no seu livro A Estrutura das Revoluções Científicas.

Concordo com Gleiser ‒ para que a ciência avance é necessário que ela falhe, mas é necessário expor onde a ciência vem falhando e tem falhado. Ele tentou isso timidamente, eu diria mais devido ao espaço reservado para seu artigo na FSP: as verdades de hoje não serão as mesmas de amanhã, e citou como exemplo disso a noção de que a Terra era o centro do cosmo, plenamente aceita até o século 17.

Ele, que defende tanto a Darwin, bem que poderia nos dizer onde que o homem que teve a maior ideia da humanidade errou ‒ a evolução através da seleção natural. Mas Gleiser não tem coragem para isso, e o Marcelo Leite, jornalista especial da FSP, não permitirá que se cometa tal pecado mortal nas páginas impolutas do jornal que apoiou a ditabranda. Pereça tal pensamento! Podemos criticar tudo, menos Darwin!

Todavia, mais uma vez eu tiro o chapéu para Gleiser ‒ dentro de sua validade, se as teorias científicas funcionam extremamente bem, nós podemos chamá-las de verdadeiras. E para meu espanto ‒ afirmar que a ciência detém a verdade é ir longe demais. É aqui que reside o que eu chamo de “síndrome luciferiana”: afirmar que a ciência é a única forma de conhecimento par excellence para descrever a totalidade da realidade.

Mas, se você estava pensando numa metanoia de Gleiser para uma visão de ciência diferente da visão materialista da ditadura da Nomeklatura científica, tire o cavalo da chuva. O artigo dele não é uma crítica à ciência, pois, segundo ele, seria contradizer sua obra. Todavia, ele diz, elegantemente, que é uma espécie de toque de despertar aos que pregam a ciência como dona da verdade, e que é necessário ter mais cuidado. Macacos me mordam! O que a Nomenklatura científica vai dizer desse discurso?

Em seguida, Gleiser destaca dois casos que Robinson examinou expondo os pontos fracos e os abusos da retórica científica [?]. Segundo Gleiser, ela mesma não é imune aos abusos de sua retórica, e citou a crítica feita à análise de Steven Pinker sobre o “Bom Selvagem”: “Será que é razoável argumentar contra o mito do Bom Selvagem baseando-se na cultura do século 20? O que nos parece primitivismo pode ser algo bem diferente. Não posso deixar que uma análise tão falha seja difundida.”

Outro exemplo de ponto fraco e abuso de retórica científica [não seria a subjetividade do cientista?]. Gleiser citou a resenha de Robinson sobre o livro de Dawkins, Deus, um Delírio, na qual criticou veementemente ao biólogo. Naquela resenha de 2006, Robinson acusou Dawkins de usar argumentos científicos onde não são pertinentes.

Robinsou criticou Dawkins pela sua critica à ideia de que Deus é o Criador do universo, e que a ideia não faz sentido, pois como o universo começou simples, Deus não poderia ser complexo para conseguir criá-lo. Não li a resenha de Robinson, mas eu queria saber como Dawkins tem essa informação privilegiada sobre Deus e o universo. Epifania? Dawkins entre os profetas, agora?

A conclusão de Dawkins é que Deus contradiz a teoria da evolução, pois já surge complexo. Robinson contra-atacou corretamente, e colocou Dawkins no seu devido lugar: aplicar teorias científicas a Deus não faz sentido. Gleiser, agnóstico [não seria ateu?], concorda com ela. Eu também. Em número e grau!

Discordo de Gleiser de que muito da ciência e da religião vem da necessidade que temos de encontrar sentido e significado em nossas vidas. Fui ateu, e nunca vi meu posicionamento ideológico anterior dando sentido e significado em minha vida como os neoateus pregam escancaradamente e apoiados pela grande mídia. Muito menos a ciência, fria e objetiva na sua descrição da realidade, tem esta função atribuída por Gleiser: a ciência não me faz encontrar o sentido, e muito menos o significado de minha vida. Aqui Gleiser escorrega a la Dawkins: é retórica vazia de sua subjetividade posando como se fosse uma afirmação científica.

Neste blog eu denuncio a falta e a necessidade de humildade e autocrítica nos cientistas defendidas por Robinson no seu livro e resenha.

Como Gleiser, eu também espero a mesma atitude de líderes religiosos e teólogos, mas diferente dele, espero uma atitude muito mais incisiva e corajosa na construção da realidade, especialmente no que diz respeito ao que os cientistas afirmam dizer saber sobre a origem e evolução do universo e da vida.

Para mim, as formas de dogmatismo são mais bem combatidas no contexto de justificação teórica. Inclusive para Darwin!

(Desafiando a Nomenklatura Científica)

Cruz sobre painel de carro pode custar emprego a inglês

Um eletricista pode ser demitido em Wakefield (Inglaterra) por usar uma cruz sobre o painel do carro do trabalho. Colin Atkinson, de 64 anos, foi chamado para uma audiência na Wakefield and District Housing (WDH), que é mantida com verba pública, quando terá que se explicar. A organização diz que a cruz pode causar ofensa, mas regularmente promove a política da diversidade, chegando a permitir que funcionários exibam símbolos religiosos no trabalho. Para a gerente de igualdade e diversidade do WDH, Jayne O’Connell, usar burca pode ser até discreto. A WDH monta estandes em eventos gays e, politicamente, prega a liberdade, deixando que funcionários portem fotografias de Che Guevara no escritório.

“Trabalhei em minas de carvão e servi o Exército na Irlanda do Norte e nunca sofri um estresse como esse. O tratamento a cristão neste país está se tornando diabólico. É o politicamente correto chegando ao extremo”, reclamou Colin ao Daily Mail.

(Page Not Found)

Nota: Na Inglaterra, o Cristianismo está sendo empurrado aos poucos para a clandestinidade. Detalhe: Che Guevara, cuja foto é permitida pela WDH, foi um psicopata que, segundo Régis Debray, exaltava o “ódio eficaz, que faz do homem uma eficaz, violenta, seletiva e fria máquina de matar”. Nuvens carregadas pairam sobre o horizonte...[MB]

quarta-feira, abril 20, 2011

Zimbábue: abstinência, fidelidade, queda nas taxas de HIV

Apesar da proliferação de maciças campanhas em favor do preservativo na luta contra o HIV/aids, mais um estudo mostra que a estratégia mais eficiente é promover a fidelidade matrimonial e a responsabilidade sexual. O novo estudo proveniente do Zimbábue, onde a prevalência caiu 50% desde que atingiu seu máximo no fim dos anos 90, verificou que o sucesso foi motivado primariamente pela modificação dos comportamentos sexuais, particularmente uma queda no sexo casual, comercial ou extramarital. O Dr. Daniel Halperin, da Harvard School of Public Health, e seus colegas reportam: “No Zimbábue, tal como em todos os outros lugares, a redução dos parceiros parece ter desempenhado papel crucial na reversão da epidemia do HIV.” O estudo, publicado este mês na PLoSMedicine.org, foi comissionado pela UNFPA e a UNAIDS.

Os pesquisadores verificaram que a mudança de comportamento foi motivada pelo medo da infecção, medo esse exacerbado pela elevada mortandade causada pela aids. Eles afirmam também que o declínio econômico amplificou a queda nas taxas de HIV uma vez que os homens têm agora menos dinheiro para pagar para ter sexo ou manter múltiplos relacionamentos.

Embora contrair uma DST no Zimbábue tenha sido imagem de marca num passado recente, segundo os pesquisadores, esse dado tem-se tornado embaraçoso e humilhante.

Foi sugerido pela equipe investigadora que o Zimbábue foi mais bem-sucedido no combate à aids que outros países africanos porque tem elevadas taxas de casamento e escolaridade secundária em maior número. Devido a isso, a população estava melhor colocada para agir em conformidade com a educação em torno da aids e aceitar melhor os métodos de prevenção com a mensagem “Seja fiel”.

Embora colocando ênfase na importância da fidelidade e da responsabilidade sexual, o artigo da equipe suporta o uso de preservativos durante o sexo casual.

O Dr. Edward C. Green, presidente do New Paradigm Fund e antigo diretor do AIDS Prevention Research Project (Harvard), declarou à LifeSiteNews que essa pesquisa é “mais uma evidência” em favor sua posição de longa data de que “a fidelidade (às vezes chamada de redução de parceiros) e, com menor ênfase, a abstinência, são as medidas mais eficientes no combate à aids especialmente na África”.

Ele concorda também com a verificação do artigo de que “quando as pessoas estão com medo de contrair a aids, elas tendem a usar o senso comum e evitar comportamentos promíscuos”.

O Dr. Green tem sido um dos maiores críticos da promoção dos preservativos por parte das grandes agências do combate à aids. Ele foi notícia em 2009 ao confirmar o que Bento XVI disse quando este declarou que os preservativos apenas “aumentam o problema” do HIV e da aids.

“Há uma consistente associação mostrada pelos nossos melhores estudos entre maior disponibilidade de preservativos e uma maior (e não menor) taxa de infecção do HIV […]. Isso pode ocorrer em parte devido ao fenômeno conhecido como ‘compensação de risco’. Quando alguém usa uma tecnologia que ‘reduz o risco’, muitas vezes essa pessoa perde o benefício (redução do riso) ao ‘compensar’ ou correndo riscos maiores que correria se não usasse a tecnologia redutora dos riscos.”

Isso demonstra mais uma vez a sabedoria de Deus ao ordenar aos seres humanos que se mantenham em abstinência enquanto solteiros e sejam fiéis depois de casados.

Como acontece sempre, os comportamentos que a ciência mostra serem os mais saudáveis já estavam [descritos] na Bíblia há séculos. Parece que os “ignorantes pastores do deserto” tinham acesso a uma Fonte de informação com profundo conhecimento da natureza humana.

(Darwinismo)

Nota: Eu gostaria de ver o Ministério da Saúde brasileiro promovendo, durante o carnaval, uma campanha com o slogan “Seja fiel”, em lugar de vídeos que mostram adolescentes falando que fizeram muito sexo, mas com camisinha (como se fosse apenas físico o problema do sexo irresponsável fora do contexto matrimonial). Mas acho que estou sendo utópico demais.[MB]

Direito de adventista será analisado em repercussão geral

Assunto tratado no Recurso Extraordinário (RE) 611874 interposto pela União teve manifestação favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à repercussão geral. O Plenário Virtual da Corte, por votação unânime, considerou que o caso extrapola os interesses subjetivos das partes, uma vez que trata da possibilidade de alteração de data e horário em concurso público para candidato adventista. O caso diz respeito à análise de um mandado de segurança, pela Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que entendeu que candidato adventista pode alterar data ou horário de prova estabelecidos no calendário de concurso público, contanto que não haja mudança no cronograma do certame, nem prejuízo de espécie alguma à atividade administrativa. O TRF1 concedeu a ordem por entender que o deferimento do pedido atendia à finalidade pública de recrutar os candidatos mais bem preparados para o cargo. Essa é a decisão questionada pela União perante o Supremo.

Natural de Macapá (AP), o candidato se inscreveu em concurso público para provimento de vaga no TRF-1. Ele foi aprovado em primeiro lugar na prova objetiva para o cargo de técnico judiciário, especialidade segurança e transporte, classificado para Rio Branco, no Estado do Acre.

Ao obter aprovação na prova objetiva, o impetrante se habilitou para a realização da prova prática de capacidade física que, conforme edital de convocação, deveria ser realizada nos dias: 22 de setembro de 2007 (sábado) nas cidades de Brasília (DF), Salvador (BA), Goiânia (GO), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG) e Teresina (PI); 29 de setembro de 2007 (sábado) nas cidades de Rio Branco (AC), Macapá (AP), Cuiabá (MT), Belém (PA), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Palmas (TO); e 30 de setembro de 2007 (domingo) para as provas em Manaus (AM).

Desde a divulgação do Edital de Convocação para as provas práticas, o candidato tenta junto à organizadora do concurso - Fundação Carlos Chagas - obter autorização para realizar a prova prática no domingo (30/09/2007), mas não teve sucesso. Através de email, a Fundação afirmou que não há aplicação fora do dia e local determinados em edital.

Com base nesta resposta, o candidato impetrou mandado de segurança e entendeu que seu direito de liberdade de consciência e crença religiosa, assegurados pela Constituição Federal (artigo 5°, incisos VI e VIII) “foram sumariamente desconsiderados e, consequentemente, sua participação no exame de capacidade física do concurso está ameaçada, fato que culminará com a exclusão do Impetrante do certame e o prejudicará imensamente, pois ostenta ala. colocação para a cidade de classificação que escolheu (Rio Branco/AC)”.

Segundo ele, o caso tem causado um grande transtorno, uma vez que professa o Cristianismo sendo membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, instituição religiosa que determina [sic] guardar o sábado para atividades ligadas à Bíblia.

Por meio do recurso extraordinário, a União sustenta que há repercussão geral da matéria por esta se tratar de interpretação do princípio da igualdade (artigo 5º, caput, da Constituição Federal) em comparação com a norma do mesmo artigo (inciso VIII) que proíbe a privação de direitos por motivo de crença religiosa. Para a autora, as atividades administrativas, desenvolvidas com o objetivo de prover os cargos públicos, não podem estar condicionadas às crenças dos interessados.

De acordo com o ministro Dias Toffoli, relator do RE, a questão apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as esferas da Administração Pública, que estão sujeitas a lidar com situações semelhantes ou idênticas.

“Cuida-se, assim, de discussão que tem o potencial de repetir-se em inúmeros processos, visto ser provável que sejam realizadas etapas de concursos públicos em dias considerados sagrados para determinados credos religiosos, o que impediria, em tese, os seus seguidores a efetuar a prova na data estipulada”, afirma Toffoli.

(Supremo Tribunal Federal)

Nota: Se você simpatiza com a causa da liberdade religiosa, está aí um bom motivo para orar.[MB]

terça-feira, abril 19, 2011

Lynn Margulis: seleção natural não explica a evolução

Lynn Margulis, bióloga evolucionista, mas não darwinista, concedeu recentemente entrevista para a revista Discover. Entre muitas coisas, Margulis foi academicamente honesta ao responder sobre o status epistêmico da atual teoria da evolução, a Síntese Evolutiva Moderna, que ela nomeou como neodarwinismo: “Todos os cientistas concordam que a evolução ocorreu […] A questão é: A seleção natural é suficiente bastante para explicar a evolução? […] Este é o problema que eu tenho com os neodarwinistas: eles ensinam que a geração de novidade é o acúmulo de mutações aleatórias no DNA, numa direção estabelecida pela seleção natural […] A seleção natural elimina, e talvez mantenha, mas ela não cria. […] Eu fui ensinada muitas vezes que o acúmulo de mutações aleatórias resultava em mudança evolucionária – resultava em novas espécies. Eu acreditei nisso, até que procurei pela evidência. […] Não existe gradualismo no registro fóssil […] O ‘equilíbrio pontuado’ foi inventado para descrever a descontinuidade [...] Os críticos, inclusive os críticos criacionistas, estão certos em seu criticismo. Apenas que eles nada têm a oferecer a não ser o design inteligente ou ‘Deus fez’. Eles não têm alternativas que sejam científicas. […] Os biólogos evolucionistas acreditam que o padrão evolucionário é uma árvore. Não é. O padrão evolucionário é uma teia […].”

Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “A Nomenklatura científica como sói sempre, ficará muda como mármore de Carrara. A galera dos meninos e meninas de Darwin não poderá usar da retórica vazia e surrada de que os críticos do fato, Fato, FATO da evolução não entendem o que é ciência e nem como fazer ciência. No primeiro caso, o silêncio da Nomenklatura científica é compreensível porque é melhor ficar calado mesmo, pois Margulis é uma cientista de peso. Para que replicar e dar destaque às suas críticas? No segundo caso, a galera dos meninos e meninas de Darwin vai ter que enfiar a viola no saco, porque essa crítica é uma cientista evolucionista, não mais darwinista, mas é uma evolucionista honesta! [...] O fato, Fato, FATO da evolução é um fato, Fato, FATO, mas os cientistas não sabem, nota bene, NÃO SABEM como se deu o fato, Fato, FATO da evolução. Ué, mas nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução, não é? Mas que luz epistêmica é essa que ninguém sabe COMO se deu?

“E ainda tem autores de livros-texto de Biologia do ensino médio que abordam o fato, Fato, FATO da evolução como sendo um fato estabelecido cientificamente. Nada mais falso! Pior de tudo, o 171 epistêmico desses autores é aprovado pelo MEC/SEMTEC/PNLEM. O nome disso é desonestidade acadêmica!

“Srs. autores de livros didáticos, estou desde 1998 esperando ser processado por danos morais e calúnia. Nenhum de vocês me processa, e eu explico a razão: eu vou para o banco dos réus, mas Darwin vai junto comigo.

“QED: a maior ideia que toda a humanidade já teve – a seleção natural através de mutações aleatórias – não explica o fato, Fato, FATO da evolução! Traduzindo em miúdos: a teoria geral da evolução de Darwin não é assim uma Brastemp no contexto de justificação teórica, e demanda sua revisão ou simples descarte. Eu proponho seu simples descarte. Todavia, na Nomenklatura científica, quando a questão é Darwin, é tutti cosa nostra, capice?

“E a nova teoria geral da evolução - a Síntese Evolutiva Ampliada – só vai sair em 2020. Por quê? Não temos cientistas capazes de elaborar uma teoria da evolução para o século 21? Que vergonha...”

Inseto já era inseto há “315 milhões de anos”

Cerca de 315 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], um inseto pousou em um lugar enlameado, ficou ali por um tempo e saiu voando. Espantosamente, a impressão daquele inseto na lama, com aproximadamente 3,8 centímetros de comprimento, se solidificou e sobreviveu até hoje. “Ele deixou uma cópia perfeita de seu corpo”, diz o curador-assistente do Museu de Zoologia Comparativa de Harvard, Richard J. Knecht, que descobriu o fóssil em rochas de arenito no sudeste de Massachusetts (EUA). “Praticamente tudo está ali, exceto pelas asas.” Já foram encontrados fragmentos de insetos voadores - no geral, apenas as asas - com data de até 325 milhões de anos atrás [idem]. O fóssil de Massachusetts, porém, oferece a visão mais antiga, e talvez de melhor qualidade, de um inseto voador da antiguidade. Knecht procurava por fósseis perto de um pântano e encontrou um afloramento de rocha promissor.

“O primeiro pedaço que peguei estava naturalmente fendido”, conta. “Eu o abri como um livro, e ali estava o fóssil, as duas metades, como num molde.” Knecht explicou que, há 315 milhões de anos, o lugar era próximo à lateral de uma montanha acentuada, onde sedimentos se acumulavam rapidamente. Logo depois de o inseto voar dali, a marca foi enterrada e preservada. Pelo formato do inseto, Michael S. Engel, entomologista da Universidade do Kansas, o identificou como da classe Ephemeroptera, um dos primeiros grupos de insetos voadores. “Ele seria bastante similar aos insetos de hoje”, afirmou Knecht.

Knecht, Engel e Jacob S. Benner, paleontólogo da Universidade Tufts, descreveram a impressão do fóssil num artigo publicado em The Proceedings of the National Academy of Sciences.

(Folha.com)

Nota: Há supostos 315 milhões de anos o inseto “pré-histórico” era “bastante similar” aos de hoje. Na verdade, todos os seres vivos, de alto a baixo da coluna geológica, eram, em linhas gerais, “bastante similares” aos de hoje: todos possuíam incontáveis células no corpo; todos continham quantidade impressionante de informação complexa e específica no DNA; todos eram dotados de inúmeros sistemas de complexidade irredutível... resumindo: todos revelam design inteligente. Curiosa é a explicação para a fossilização de vestígios tão frágeis: o lugar era próximo à lateral de uma montanha acentuada, onde sedimentos se acumulavam rapidamente. Os cientistas sabem que, para uma marca como essa do inseto de Massachusetts ficar preservada, a lama com a impressão tem que ser rapidamente coberta por mais lama/sedimentos, a fim de que a erosão não faça desaparecer as marcas. Esse tipo de fóssil e outros tantos são encontrados em todo o mundo, sugerindo o cenário de uma inundação global, capaz de mover imensa quantidade de sedimentos.[MB]

Programados para a monogamia

Embora inúmeros filmes e programas de televisão mostrem o ato sexual casual como “nada demais” ou mesmo “normal”, de acordo com dados científicos, essa crença está errada. Aparentemente, a química cerebral associada ao ato sexual é exclusivamente condutiva para o casamento. Os doutores Joe McIlhaney e Freda McKissic Bush disponibilizaram suas conclusões ao alcance do conhecimento médico atual (no que toca ao sexo casual) no seu livro Hooked: New Science on How Casual Sex Is Affecting Our Children. O aumento da dopamina (químico presente no cérebro que proporciona a sensação de satisfação) acompanha as experiências excitantes e satisfatórias, que por sua vez estimulam uma vontade de repetir a atividade que produz essa sensação. Contudo, os autores ressalvam que a dopamina é moralmente neutra, uma vez que a mesma sensação de satisfação associada à dopamina pode ser o resultado de atividades boas e saudáveis, ou de atividades más e prejudiciais.

De acordo com McIlhaney e Bush, quando a mulher é tocada de forma amorosa, o cérebro produz oxitocina, o que por sua vez ativa sentimentos de proximidade e confiança. O aleitamento tem o mesmo efeito: encoraja os laços entre a mãe e o seu bebê. O aumento do contato físico íntimo produz mais oxitocina o que conduz a um maior desejo por essa sensação de proximidade.

Tal como a dopamina, a produção de oxitocina não é controlada pela consciência, mas é, sim, um efeito fisiológico do contato. Quando isso é experimentado fora do vínculo do casamento, os autores notaram que as mulheres podem enganar a elas mesmas pensando que um mau relacionamento é bom devido aos efeitos da oxitocina que é produzida pelo contato físico. Quando esses relacionamentos terminam, a quebra do laço que os unia (e os sentimentos de traição que daí nascem) podem conduzi-las a traumas emocionais.

Nos homens, um dos efeitos da vasopressina (químico que inunda o cérebro masculino durante o ato sexual) é o de gerar uma sensação de união com a parceira. Pesquisas mostram que, se ele tem relações sexuais com múltiplas parceiras, a sensação de união é dissipada, e, consequentemente, sua habilidade de formar relacionamentos duradouros é posta em perigo.

A teoria da evolução está apenas “interessada” em que a humanidade tenha um mecanismo anatômico eficiente como forma de propagar os genes. O imperativo de acasalar e propagar os genes não haveria necessariamente de estar conectado a relações de duração longa. Pelo contrário, de acordo com a evolução, quanto mais parceiros um indivíduo tiver, mais oportunidades ele terá de ter uma descendência diversificada.

O cérebro humano, no entanto, aparenta ter sido especialmente arquitetado de modo a encorajar a monogamia, a confiança e casamentos baseados no compromisso – chegando ao ponto de o cérebro possuir um sistema coordenado de produção de químicos (conectados ao nosso sentido táctil) como forma de produzir sentimentos de intimidade.

Essa especificidade do cérebro humano está de acordo com o plano de Deus para o casamento. A existência desses sistemas fisiológicos que encorajam o relacionamento é precisamente o que seria de esperar de um Criador que planejou o casamento de modo que o homem e a mulher se tornassem numa carne (Gênesis 2:24).

Hooked e a Sagrada Escritura mostram que aqueles que seguem o plano monogâmico de Deus para a sexualidade (quer seja por intencionalmente seguirem as instruções da Bíblia ou não) possuem relacionamentos mais saudáveis e felizes com os respectivos cônjuges.

Mais uma vez se vê que quando a ciência é propriamente interpretada, ela está de pleno acordo com a Bíblia

(Darwinismo)

Nota: Acabei de receber meu exemplar de Hooked e parece realmente uma boa pesquisa. Na contracapa, os autores trazem as seguintes informações: (1) atividade sexual secreta substâncias químicas no cérebro, criando laços entre os parceiros; (2) a quebra desses laços pode causar depressão e tornar muito difícil estabelecer laços com outra pessoa; (3) substâncias químicas secretadas no cérebro durante o sexo podem se tornar aditivas (viciantes); (4) o cérebro humano não está plenamente desenvolvido até que a pessoa chegue à faixa dos 20 anos. Até lá, é mais difícil tomar sábias decisões em termos de relacionamentos. O assunto é sério e não resta dúvida de quem está por trás de tanta deturpação da sexualidade, levando-se em conta suas graves consequências e as bênçãos que adviriam do sexo abençoado e orientado por Deus.[MB]