terça-feira, abril 19, 2011

Inseto já era inseto há “315 milhões de anos”

Cerca de 315 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], um inseto pousou em um lugar enlameado, ficou ali por um tempo e saiu voando. Espantosamente, a impressão daquele inseto na lama, com aproximadamente 3,8 centímetros de comprimento, se solidificou e sobreviveu até hoje. “Ele deixou uma cópia perfeita de seu corpo”, diz o curador-assistente do Museu de Zoologia Comparativa de Harvard, Richard J. Knecht, que descobriu o fóssil em rochas de arenito no sudeste de Massachusetts (EUA). “Praticamente tudo está ali, exceto pelas asas.” Já foram encontrados fragmentos de insetos voadores - no geral, apenas as asas - com data de até 325 milhões de anos atrás [idem]. O fóssil de Massachusetts, porém, oferece a visão mais antiga, e talvez de melhor qualidade, de um inseto voador da antiguidade. Knecht procurava por fósseis perto de um pântano e encontrou um afloramento de rocha promissor.

“O primeiro pedaço que peguei estava naturalmente fendido”, conta. “Eu o abri como um livro, e ali estava o fóssil, as duas metades, como num molde.” Knecht explicou que, há 315 milhões de anos, o lugar era próximo à lateral de uma montanha acentuada, onde sedimentos se acumulavam rapidamente. Logo depois de o inseto voar dali, a marca foi enterrada e preservada. Pelo formato do inseto, Michael S. Engel, entomologista da Universidade do Kansas, o identificou como da classe Ephemeroptera, um dos primeiros grupos de insetos voadores. “Ele seria bastante similar aos insetos de hoje”, afirmou Knecht.

Knecht, Engel e Jacob S. Benner, paleontólogo da Universidade Tufts, descreveram a impressão do fóssil num artigo publicado em The Proceedings of the National Academy of Sciences.

(Folha.com)

Nota: Há supostos 315 milhões de anos o inseto “pré-histórico” era “bastante similar” aos de hoje. Na verdade, todos os seres vivos, de alto a baixo da coluna geológica, eram, em linhas gerais, “bastante similares” aos de hoje: todos possuíam incontáveis células no corpo; todos continham quantidade impressionante de informação complexa e específica no DNA; todos eram dotados de inúmeros sistemas de complexidade irredutível... resumindo: todos revelam design inteligente. Curiosa é a explicação para a fossilização de vestígios tão frágeis: o lugar era próximo à lateral de uma montanha acentuada, onde sedimentos se acumulavam rapidamente. Os cientistas sabem que, para uma marca como essa do inseto de Massachusetts ficar preservada, a lama com a impressão tem que ser rapidamente coberta por mais lama/sedimentos, a fim de que a erosão não faça desaparecer as marcas. Esse tipo de fóssil e outros tantos são encontrados em todo o mundo, sugerindo o cenário de uma inundação global, capaz de mover imensa quantidade de sedimentos.[MB]