terça-feira, abril 19, 2011

Programados para a monogamia

Embora inúmeros filmes e programas de televisão mostrem o ato sexual casual como “nada demais” ou mesmo “normal”, de acordo com dados científicos, essa crença está errada. Aparentemente, a química cerebral associada ao ato sexual é exclusivamente condutiva para o casamento. Os doutores Joe McIlhaney e Freda McKissic Bush disponibilizaram suas conclusões ao alcance do conhecimento médico atual (no que toca ao sexo casual) no seu livro Hooked: New Science on How Casual Sex Is Affecting Our Children. O aumento da dopamina (químico presente no cérebro que proporciona a sensação de satisfação) acompanha as experiências excitantes e satisfatórias, que por sua vez estimulam uma vontade de repetir a atividade que produz essa sensação. Contudo, os autores ressalvam que a dopamina é moralmente neutra, uma vez que a mesma sensação de satisfação associada à dopamina pode ser o resultado de atividades boas e saudáveis, ou de atividades más e prejudiciais.

De acordo com McIlhaney e Bush, quando a mulher é tocada de forma amorosa, o cérebro produz oxitocina, o que por sua vez ativa sentimentos de proximidade e confiança. O aleitamento tem o mesmo efeito: encoraja os laços entre a mãe e o seu bebê. O aumento do contato físico íntimo produz mais oxitocina o que conduz a um maior desejo por essa sensação de proximidade.

Tal como a dopamina, a produção de oxitocina não é controlada pela consciência, mas é, sim, um efeito fisiológico do contato. Quando isso é experimentado fora do vínculo do casamento, os autores notaram que as mulheres podem enganar a elas mesmas pensando que um mau relacionamento é bom devido aos efeitos da oxitocina que é produzida pelo contato físico. Quando esses relacionamentos terminam, a quebra do laço que os unia (e os sentimentos de traição que daí nascem) podem conduzi-las a traumas emocionais.

Nos homens, um dos efeitos da vasopressina (químico que inunda o cérebro masculino durante o ato sexual) é o de gerar uma sensação de união com a parceira. Pesquisas mostram que, se ele tem relações sexuais com múltiplas parceiras, a sensação de união é dissipada, e, consequentemente, sua habilidade de formar relacionamentos duradouros é posta em perigo.

A teoria da evolução está apenas “interessada” em que a humanidade tenha um mecanismo anatômico eficiente como forma de propagar os genes. O imperativo de acasalar e propagar os genes não haveria necessariamente de estar conectado a relações de duração longa. Pelo contrário, de acordo com a evolução, quanto mais parceiros um indivíduo tiver, mais oportunidades ele terá de ter uma descendência diversificada.

O cérebro humano, no entanto, aparenta ter sido especialmente arquitetado de modo a encorajar a monogamia, a confiança e casamentos baseados no compromisso – chegando ao ponto de o cérebro possuir um sistema coordenado de produção de químicos (conectados ao nosso sentido táctil) como forma de produzir sentimentos de intimidade.

Essa especificidade do cérebro humano está de acordo com o plano de Deus para o casamento. A existência desses sistemas fisiológicos que encorajam o relacionamento é precisamente o que seria de esperar de um Criador que planejou o casamento de modo que o homem e a mulher se tornassem numa carne (Gênesis 2:24).

Hooked e a Sagrada Escritura mostram que aqueles que seguem o plano monogâmico de Deus para a sexualidade (quer seja por intencionalmente seguirem as instruções da Bíblia ou não) possuem relacionamentos mais saudáveis e felizes com os respectivos cônjuges.

Mais uma vez se vê que quando a ciência é propriamente interpretada, ela está de pleno acordo com a Bíblia

(Darwinismo)

Nota: Acabei de receber meu exemplar de Hooked e parece realmente uma boa pesquisa. Na contracapa, os autores trazem as seguintes informações: (1) atividade sexual secreta substâncias químicas no cérebro, criando laços entre os parceiros; (2) a quebra desses laços pode causar depressão e tornar muito difícil estabelecer laços com outra pessoa; (3) substâncias químicas secretadas no cérebro durante o sexo podem se tornar aditivas (viciantes); (4) o cérebro humano não está plenamente desenvolvido até que a pessoa chegue à faixa dos 20 anos. Até lá, é mais difícil tomar sábias decisões em termos de relacionamentos. O assunto é sério e não resta dúvida de quem está por trás de tanta deturpação da sexualidade, levando-se em conta suas graves consequências e as bênçãos que adviriam do sexo abençoado e orientado por Deus.[MB]