quarta-feira, maio 04, 2011

Mau design ou conhecimento incompleto?

Há algum tempo os crentes darwinistas vêm alegando que o sistema de visão humano é um exemplo de “mau design” porque está ligado em reverso: os fotorreceptores estão localizados por trás do mar de vasos sanguíneos e outros materiais. Mas, no ano de 2007, cientistas alemães descobriram que as células em forma de cone chamadas de “células Müller” agem como guias de ondas (eng: waveguides) que transmitem a luz através da confusão diretamente para os fotorreceptores. Alguns darwinistas responderam que isso foi apenas a forma que a seleção natural encontrou de fazer correções. Isso não mudava o argumento de que o olho foi “pobremente arquitetado”, diziam eles. Para grande desespero dos ateus, mais fatos vieram a ser descobertos acerca das células Müller. Pesquisadores da Technion-Israel Institute of Technology, em Haifa, descobriram que essas células fazem muito mais do que apenas transportar a luz para os fotorreceptores. Kate McAlpine reportou para a New Scientist que as células Müller proporcionam diversas vantagens. Elas agem como filtros de ruído, afinadoras e focalizadoras de cor.

Pelo menos dois tipos de luz entram nos olhos: luz informativa, que vem diretamente através da pupila, e “ruído” que já foi refletido múltiplas vezes dentro do olho. As simulações mostraram que as células Müller transmitem maior proporção das primeiras, enquanto que as últimas tendem a esvair. Isso sugere que as ditas células agem como filtros de luz, mantendo as imagens nítidas. Os pesquisadores descobriram também que a luz que foi rejeitada por uma das células Müller era menos susceptível de ser aceita por uma vizinha, uma vez que as células nervosas circundantes a dispersam.

Para acrescentar a isso, as propriedades ópticas intrínsecas das células Müller aparentam ter sido afinadas para a luz visível, deixando escapar ondas de luz que estejam nos limites do espectro visível ou estejam fora dele. As células também parecem manter as cores em foco. Do mesmo modo que a luz se separa num prisma, as lentes dos nossos olhos separam as diferentes cores fazendo com que algumas frequências fiquem fora do foco na retina. As simulações mostraram que o largo topo das células Müller permite que elas “recolham” qualquer cor separada e voltem a focá-las para dentro da mesma célula-cone. Isso garante que todas as cores de uma imagem fiquem no foco.

Essas descobertas foram feitas por Amichai Labin e Erez Ribak, da Technion. Um dos autores do estudo de 2007, Kristian Franze, da Universidade Cambridge, alegrou-se com o fato de essa última experiência complementar seu trabalho prévio. Ele disse:
“Isso sugere que o emparelhamento de luz por parte das células Müller é crucial para a visão tal como nós a conhecemos.”

O que os evolucionistas vão fazer com mais essa revelação científica? Afinal de contas, a repórter McAlpine mostrou que a retina invertida foi listada pela New Scientist em 2007 como um dos “maiores erros da evolução”. Kate começou por confessar que “isso parece errado”, mas depois teve que admitir que, de acordo com esse estudo, “a estrutura estranha e ‘invertida’ da retina dos vertebrados pode, na verdade, melhorar a visão”.

Não sei se você reparou, mas a Kate está dizendo que o que os evolucionistas classificavam de “erro”, na verdade, é algo que melhora nossa visão. A teoria dizia uma coisa, mas a ciência mostra outra. Os evolucionistas usaram sua falta de conhecimento científico como evidência a favor da religião deles (veja este artigo).

No entanto, e na boa tradição do que já se viu no passado, essa repórter não podia de maneira nenhuma deixar a teoria da evolução tão fragilizada aos olhos dos leitores. Ela tinha que fazer alguma coisa. Então, trouxe à baila o biólogo Ken Miller, católico e evolucionista, e um grande adversário da teoria do Design Inteligente. Sem pestanejar, o Dr. Miller rapidamente acalmou as hostes ateístas ao dizer realmente o que esse achado significa e o que ele não significa. Evolutivamente falando, claro.

No entanto, Ken Miller aconselha cuidado em não se assumir que a retina invertida nos ajuda a ver. Em vez disso, ele enfatiza o quanto a evolução teve que se acomodar ao design defeituoso. “A forma, orientação e estrutura das células Müller ajudam a retina a superar uma das principais desvantagens da ligação invertida”, afirmou Miller.

Mas se isso é uma desvantagem, por que Ribak e seus colegas pensam que os seres humanos deveriam imitar um design defeituoso? McAlpine terminou dizendo: “O novo entendimento do papel das células Müller pode encontrar aplicabilidade em transplantes de olhos bem-sucedidos e melhor design de câmeras.”

O ideólogo Ken Miller mostrou que os fatos e os dados não são relevantes no que toca a defender o tio Darwin. Grande “católico” ele nos saiu! Será que ele lê a Bíblia?

“O ouvido que ouve, e o olho que vê, o Senhor os fez a ambos” (Provérbios 20:12). [...]

O olho do vertebrado é uma maravilha da engenharia. Sua performance é boa e nós nem estamos minimamente perto de imitar todas as suas especificações simultâneas (estereoscopia, “fotografar” imagens em movimento, miniatura, alta definição, autorreparação, auto-higienização, alto alcance dinâmico, focalização rápida, processamento de imagem, durabilidade, e muito mais). [...]

Há razões para o olho estar construído de forma que está. Os fotorreceptores largam partes de si e requerem muita energia; eles precisam estar perto dos vasos sanguíneos por trás do olho. Agora ficamos sabendo que não somente eles têm que estar lá por razões de nutrição, mas também porque isso oferece vantagens ópticas. A noção de que nosso sistema de visão está mal construído não só está cientificamente errada, como revela uma grande arrogância da nossa parte. [...]

(Darwinismo)