quarta-feira, agosto 10, 2011

Restrições à religião e aumento da descrença

Duas notícias derivadas de pesquisas me chamaram a atenção hoje: “Restrição a religiões cresce na maioria dos países” e “Estudo diz que ateísmo vai tomar lugar das religiões”. Isso não me espanta, pois já estava previsto e só tende a se intensificar, afinal, Jesus mesmo perguntou: “Quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?” (Lucas 18:8). O apóstolo Paulo disse que os últimos dias seriam “tempos difíceis” (cf. 2 Timóteo 3:1). Na verdade, essas notícias apenas confirmam o fato de que o dia da volta de Jesus se aproxima. Segundo o Folha.com, quase um terço da população mundial vive em países em que está ficando mais difícil praticar religião livremente. O Fórum Sobre Religião e Vida Pública do Pew Research Center informou que restrições governamentais e hostilidade pública envolvendo religião aumentaram em alguns dos países mais populosos entre meados de 2006 e meados de 2009, a época em que a pesquisa foi feita. “Durante o período de três anos coberto pelo estudo, a extensão dos abusos e violência relacionados à religião cresceu em maior número de lugares do que o daqueles em que decresceu”, diz o relatório “Crescentes Restrições à Religião”.

Ainda segundo o site, estudo feito pelo Pew Center em 198 países constatou que aqueles considerados restritivos ou hostis no relatório anterior tiveram o quadro piorado enquanto o oposto foi verificado naqueles com mais tolerância religiosa. Um aumento substancial da hostilidade pública em relação a grupos religiosos foi observado na China, Nigéria, Tailândia, Vietnã e Reino Unido, enquanto as restrições governamentais cresceram significativamente no Egito e na França. Os países mais restritivos ou hostis em relação a certas religiões incluem Índia, Paquistão, Indonésia, Egito, Irã, China, Mianmar, Rússia, Turquia, Vietnã, Nigéria e Bangladesh.

Cristãos e muçulmanos, os dois maiores grupos religiosos do mundo, sofreram perseguição na maioria dos países. Fiéis de outras religiões também foram importunados. Os judeus, que perfazem menos de 1% da população mundial, foram alvo de restrições ou hostilidade em 75 países. Curiosa e tristemente, a “mídia oficial” dá pouca repercussão à violação dos direitos humanos cometida em muitos desses países. Cristãos estão sendo perseguidos e mortos, mas o maior barulho tem sido feito por grupos como os homossexuais, por exemplo, sempre presentes na mídia.

Segundo o site F5, também da Folha, um estudo que será publicado neste mês aponta que, quanto mais desenvolvido o país, maior o número de ateus. Para o autor Nigel Barber, portanto, chegará o dia em que quase todo o mundo vai se declarar sem religião.

A mudança já estaria ocorrendo. A pesquisa, feita em 137 países, mostra que, nas economias mais desenvolvidas, o número de descrentes é crescente. Na Suécia, por exemplo, o índice chega a 64% da população, seguida por Dinamarca (48%), França (44%) e Alemanha (42%). Na outra ponta, países da África subsaariana têm menos de 1% de ateus. O autor aponta razões mercadológicas para a baixa das religiões. Segundo ele, as pessoas procuram as igrejas para se salvar de dificuldades e incertezas da vida.

Jesus também descreveu esse quadro quando afirmou de modo contundente: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mateus 19:24).

Barber se esquece de que a onda de prosperidade está seriamente ameaçada neste momento, e que as crises (“naturais” ou não) frequentemente levam as pessoas de volta à fé, como aconteceu com os operadores da bolsa, em 2008.

Essas pesquisas revelam algo inerente ao ser humano, desde que deixou o Éden: o egoísmo e a ingratidão. Basta acumular algum dinheiro e a falsa impressão de que, por isso, está no controle da situação, que o ser humano manifesta o “vírus da independência” inoculado na raça pelo inimigo de Deus, que quis, ele mesmo, ser independente do Criador, iniciando a rebelião que, graças a Deus, está com seus dias contados.

Infelizmente, algumas pessoas somente reconhecem sua finitude e impotência quando estão frente a frente com a doença e a morte. Outros, precisam chegar ao fim da vida para perceber que desperdiçaram a existência numa vida de negação do evidente (isso aconteceu com o ateu Heinrich Heine e muitos outros).

Qual vai ser a sua escolha?[MB]