sexta-feira, agosto 26, 2011

Uma questão de ponto de vista

Em sua coluna mensal “Física sem mistério”, no site da revista Ciência Hoje, o físico Adilson de Oliveira escreveu um ótimo artigo intitulado “Uma questão de ponto de vista”. Leia alguns trechos abaixo e meus comentários entre colchetes [MB]:

“Uma característica importante no processo de ensino e aprendizagem é estimular a habilidade dos alunos de emitir opiniões e refletir sobre os assuntos e temas abordados. Há sempre a expectativa de que os estudantes se interessem e sejam participativos, apresentando questionamentos e defendendo o seu ponto de vista.” [...] [Se você estuda biologia e tentou defender seu ponto de vista criacionista numa universidade pública, já deve ter percebido que esse discurso de Adilson é muito bonito e correto, mas, na prática, bem difícil de aplicar.]

“No caso de uma nova teoria física, ela somente é considerada válida quando verificada experimentalmente. Além disso, pode-se ter uma centena de resultados que concordem com a teoria, mas basta apenas um para nos mostrar que ela está equivocada ou incompleta.” [Por isso física é física e darwinismo é darwinismo. A macroevolução nunca foi provada em laboratório, no entanto, é filosoficamente aceita como fato. E ai de quem contestá-la!]

“Quando se realiza um novo experimento e este mostra um resultado inusitado, ele somente será considerado válido quando for reproduzido, de maneira independente, por outros pesquisadores.” [Ocorre que as premissas macroevolutivas do darwinismo não são reprodutíveis. O próprio naturalismo filosófico que lhe serve de base conceitual não é testável. Por isso, tentam nos fazer crer que o desenvolvimento de resistência a antibióticos por parte das bactérias é a mesma coisa que uma “célula primordial” dar origem a um ser humano. Na verdade, quando partem para a ciência experimental – como ocorre nas experiências com as drosophila – os cientistas percebem que, embora haja “microevolução”, a macroevolução é apenas extrapolação teórica.]

“Nesse sentido, a grande vantagem da ciência como uma forma de conhecermos a natureza é o fato de que ela está em constante evolução, ou seja, novos resultados ou teorias sempre surgem para reforçar ou refutar o paradigma vigente.” [...] [Que bom seria se as coisas realmente fossem assim... Infelizmente, como escreveu Thomas Kuhn em seu A Estrutura das Revoluções Científicas, muitos paradigmas só deixam de ser defendidos quando seus defensores morrem. Mas os ultradarwinistas estão bem de saúde e parecem longevos.]