terça-feira, outubro 11, 2011

Aquecimento global é questionado. E o darwinismo?

Assim como fiz aqui no blog, o site Inovação Tecnológica repercutiu a conclusão da geógrafa Daniela de Souza Onça com respeito ao aquecimento global supostamente causado pelo ser humano (antropogênico). Na matéria, o site cita Daniela: “As hipóteses que afirmam a existência do aquecimento global e sua culpabilidade pelos eventos extremos não são teorias científicas solidamente estabelecidas, e sim saídas de modelos matemáticos do clima.” O texto diz mais: “A pesquisa Quando o Sol brilha, eles fogem para a sombra!: a ideologia do aquecimento global foi baseada na comparação entre as pesquisas produzidas pelas duas facções que se formaram, chamadas cética e aquecimentista, especialmente na leitura do quarto relatório do IPCC, de 2007. Daniela afirma que não foi encontrada, até hoje, nenhuma prova ou evidência de que o aquecimento do planeta esteja sendo provocado pelo homem. Para ela, tudo o que existe são resultados de modelos matemáticos do clima.”

“Muitas outras ‘provas’ são evocadas, como derretimento de geleiras, enchentes, furacões e secas. Mas tudo isso faz parte da variabilidade natural do sistema climático. Certamente, ocorreram eventos mais variáveis e intensos do que hoje ao longo de nossa história recente. A única ‘evidência’ são as saídas de modelos, mas quem disse que esses modelos representam adequadamente a realidade, ou que a representam suficientemente bem para sustentarmos o aquecimento global [antropogênico] com tanta segurança?”, questiona a doutora, e acrescenta: “Os modelos são baseados no conhecimento dos cientistas, que podem ser tanto insuficientes quanto incorretos.”

Segundo o Inovação Tecnológica, Daniela igualmente constatou que contrariar a hipótese do aquecimento global é, hoje, considerado um grave pecado contra o progresso da ciência e o futuro da humanidade. E o site recapitula os dias ruins para a ortodoxia que se criou em torno do tema: em meados de setembro, o Prêmio Nobel de Física Ivar Giaever desligou-se da Sociedade Americana de Física afirmando que os estudos do aquecimento global são pseudociência. Antes disso, a Sociedade já havia recusado uma revisão na posição sobre o assunto, solicitada por um grupo de 160 físicos, entre os quais o próprio Giaever.

E o texto termina assim: “Essa intromissão da política na ciência tem verdadeiramente impedido o prosseguimento da liberdade científica tão necessária para aumentar o conhecimento humano - a prova disso é que hoje é praticamente impossível conseguir publicar um artigo que não chegue às conclusões que a comunidade científica votou como consenso.”

Nota: Parabenizo mais uma vez o site Inovação Tecnológica por colocar o dedo na ferida e admitir algo que os “grandes” como a Folha de S. Paulo, por exemplo, nem sequer questionam: que o aquecimento global pode ter outra causa e não ser culpa do ser humano, e que há interesses políticos e religiosos por trás do assunto, embora ele seja apresentado como científico pela turma do Al Gore e os defensores do ECOmenismo. Essa matéria sobre a tese corajosa da Dra. Daniela me fez pensar em outra coisa: Se com dados atuais e relativamente mensuráveis os cientistas podem se deixar trair por ideologias pseudocientíficas, o que dizer de um modelo igualmente pseudocientífico que nem sequer pode contar com dados observacionais, já que seu objeto de estudo está ligado a um passado supostamente remotíssimo? Para tornar mais claro o que estou dizendo, vou parafrasear alguns trechos da reportagem acima.

Imagine que, em lugar de se referir ao aquecimento global antropogênico, Daniela estivesse tratando da macroevolução darwinista: “As hipóteses que afirmam a existência de ancestralidade comum entre todos os seres vivos e o surgimento da informação genética e da primeira célula por acaso não são teorias científicas solidamente estabelecidas, e sim saídas de filosofia naturalista e modelos matemáticos evolucionistas.” Daniela afirma que não foi encontrada, até hoje, nenhuma prova ou evidência de que mutações e seleção natural seriam responsáveis pelo acréscimo de informação genética ou mesmo o surgimento de novos órgãos funcionais e planos corporais. Para ela, tudo o que existe são resultados de modelos matemáticos e muita suposição baseada em evidências mínimas advindas da “microevolução” ou diversificação de baixo nível.

“Muitas outras ‘provas’ são evocadas, como a variedade morfológica e a resistência a antibióticos por parte das bactérias. Mas tudo isso faz parte da variabilidade natural dos seres vivos, cujas modificações ficam restritas a níveis taxonômicos baixos. A única ‘evidência’ são as saídas de modelos, mas quem disse que esses modelos representam adequadamente a realidade, ou que a representam suficientemente bem para sustentarmos a macroevolução com tanta segurança?”, questiona a doutora, e acrescenta: “Os modelos são baseados no conhecimento dos cientistas, que podem ser tanto insuficientes quanto incorretos.”

Segundo o Inovação Tecnológica, Daniela igualmente constatou que contrariar a hipótese darwinista é, hoje, considerado um grave pecado contra o progresso da ciência e o futuro da humanidade.

E o texto termina assim: “Essa intromissão da filosofia naturalista na ciência tem verdadeiramente impedido o prosseguimento da liberdade científica tão necessária para aumentar o conhecimento humano - a prova disso é que hoje é praticamente impossível conseguir publicar um artigo que não chegue às conclusões que a comunidade científica votou como consenso.”

A história e o padrão de comportamento de muitos se repetem, com sérios riscos para a democracia e o livre pensamento.[MB]


Leia mais: Nas páginas 32 e 33 de sua pesquisa sobre a visão editorial da Veja, o jornalista Ruben Dargã Holdorf, anos atrás, também contestava a posição dominante sobre a questão do aquecimento global. Confira aqui.