segunda-feira, outubro 17, 2011

Deus nos livrou da morte na Serra do Azeite

Ontem, minha família e eu sofremos um acidente (do qual praticamente renascemos) quando vínhamos de Joinville, SC, para casa, em Tatuí, SP. Na chamada Serra do Azeite, pouco antes de Registro, SP, nosso carro rodou numa curva, debaixo de chuva. Estamos bem, literalmente graças a Deus. Só com a ajuda dEle consegui manter a calma e raciocinar, mesmo enquanto o carro girava sem controle na pista molhada. Eu só pensava o seguinte: assim que o carro parar de rodopiar, preciso reassumir o controle. Ele rodou 180 graus e, quando alinhou novamente com a estrada, joguei-o para o acostamento e pisei no freio. Se não tivesse feito isso, um caminhão que vinha logo atrás teria nos colhido. Antes de completar o giro, nosso carro bateu com a traseira, de quina, na frente de outro veículo que havia rodado poucos minutos antes no mesmo local e estava parado no acostamento. Destruímos a frente desse veículo, mas isso fez com que nossa velocidade fosse reduzida e amorteceu o impacto. Se a pancada tivesse sido na guia, provavelmente teríamos capotado. Nosso carro não estragou muito, por incrível que pareça. Entortou o eixo traseiro e amassou o para-choque. Se a batida tivesse sido na lateral, poderia ter machucado minha filha mais velha, e se fosse na traseira ou dianteira, também seria grande o estrago. Mas o eixo absorveu todo o impacto.

Assim que meu carro parou, um rapaz (quase um anjo) veio até nós e nos orientou a sair do automóvel e irmos para a casinha de madeira dele, ali perto, numa roça. Deixei minha esposa e meus filhos lá, fizemos uma oração e voltei com o rapaz até meu carro, a fim de pegar algumas coisas de mais valor, enquanto o resgate não chegava. Nisso, outros dois carros rodaram no mesmíssimo lugar e ajudamos essas pessoas e se acalmarem. Desconfiamos de que havia óleo na rodovia. Ninguém estava correndo.

O resgate chegou e interditou uma das pistas. Escoltado por um dos carros deles, levei meu automóvel até o posto policial mais próximo (uns 15 km adiante), fiz o BO e liguei para a seguradora. A viagem iria demorar mais um pouco, mas chegaríamos em casa sãos e salvos.

Agradecemos muito a Deus esse livramento. Quando senti que perdia o controle da direção, só tive tempo de gritar “segura!”. Minha esposa envolveu nosso filho mais novo com o travesseiro e ele ficou bem. Minha filha do meio bateu a cabeça de leve no vidro da janela, mas não aconteceu nada de grave. Ficou apenas com um pequeno hematoma.

Acho que o inimigo estava com raiva do trabalho que fizemos pelos jovens do IAESC (internato adventista em que ficamos no fim de semana). Vários deles tomaram decisões depois das minhas pregações. Mas Deus limitou a ação do maligno e estamos bem, para a glória do Senhor. Creio que havia “airbags angelicais” em nosso carro!

Fica mais uma vez a lição: a vida é frágil e devemos sempre estar preparados para viver – ou morrer. O importante mesmo é a salvação e o cumprimento da missão. O resto é como aquela estrada molhada na Serra do Azeite: inseguro e perigoso.

Michelson

"Assim como os montes estão em derredor de Jerusalém, assim o Senhor em derredor dos Seus filhos" (Salmo 125:2).