quarta-feira, outubro 19, 2011

Supercomputador simula origens do Universo

O supercomputador Pleiades rastreou as origens da evolução do universo e criou a simulação mais precisa e completa da nossa história desde o big bang. O projeto Bolshoi mostra como se distribuiu a matéria escura que, embora invisível, compõe mais de 80% do cosmos. A simulação levou o equivalente a seis milhões de horas de CPU e foi liderada pelo departamento de astronomia da Universidade Estadual do Novo México, nos Estados Unidos. Até agora, os resultados obtidos apenas se mostraram de acordo com os modelos teóricos elaborados. No futuro, no entanto, uma simulação tão precisa servirá de base para importantes novos estudos sobre a origem do universo.

Antes do Bolshoi, o modelo utilizado para simulações cosmológicas era o Millennium Run, mas, há algum tempo, sua base de dados está desatualizada. Ele usava parâmetros dos primeiros dados da sonda Wilkinson Microwave Anisotropy (WMAP), que fornecia um mapa detalhado de variações de radiação cósmica de fundo (a radiação primordial, resultante do big bang).

O primeiro WMAP1 já teve seus parâmetros superados por duas novas divulgações de dados – e é em uma delas que o Bolshoi de baseia, a WMAP5. Dezenas de pesquisadores utilizam o modelo para suas pesquisas e, recentemente, dois trabalhos baseados nos dados obtidos pelo Bolshoi foram aceitos para publicação na Astrophysical Journal – um da Universidade Estadual do Novo México e outro da Universidade da Califórnia, ambas nos Estados Unidos.

(Info Exame)

Nota: Com todo respeito aos pesquisadores, mas simular a “origem” do Universo com base em modelos teóricos e dados não comprovamos empiricamente (como a polêmica possível existência da matéria escura) não pode levar a resultados que se considerem conclusivos. Isso porque todo o “experimento” (virtual) parte de pressupostos não tão seguros assim (lembre-se de que muitos cientistas questionam o modelo padrão e o big bang) e o computador precisa ser alimentado por dados providos por pesquisadores que creem serem esses dados corretos. O resto é simulação computacional e ninguém pode garantir que a realidade foi assim. No entanto, a despeito de tanta incerteza, os cientistas se valem dos resultados obtidos com a simulação como se equivalessem à realidade. Me desculpem, mas assim é fácil “provar” quase qualquer hipótese.[MB]