domingo, abril 15, 2012

Perda de informação genética não é evolução

Os evolucionistas afirmam que, à medida que o tempo vai avançando, as formas de vida vão evoluindo e adquirindo capacidades e propriedades mais úteis. Levando isso em conta, não deveria a perda de uma capacidade útil – como a visão – ser considerada como o oposto do fenômeno evolutivo? Segundo algumas notícias evolucionistas em torno de peixes cegos, não; a perda de informação genética e a perda de capacidades úteis também servem de evidência para a teoria da evolução. Evolucionistas compararam as sequências genéticas de 11 populações de peixes da caverna (inglês: “cavefish” – Astyanax mexicanus), que são uma variante cega do “tetra fish” mexicano, com dez populações relacionadas que possuem a capacidade de ver. Uma vez que podem gerar descendência entre si, então “são da mesma espécie” (“Advantages of Living in the Dark: The Multiple Evolution Events of ‘Blind’ Cavefish”, New York University News Release, 20 de janeiro de 2012).

Um comunicado de imprensa da New York University atribuiu a perda de visão do peixe à “evolução convergente”, que não faz qualquer tipo de sentido se a evolução, segundo os neodarwinistas defendem, gerasse novas capacidades e funções.

A linhagem do peixe cego não termina num só ancestral. De fato, os autores do estudo escreveram para a BMC Evolutionary Biology o seguinte: “Os resultados demonstram que a população das cavernas da região estudada surgiu pelo menos cinco vezes – e de forma independente – e derivam de dois grupos de ancestrais” (Bradic, M. et al. 2012. “Gene flow and population structure in the Mexican blind cavefish complex [Astyanax mexicanus], BMC Evolutionary Biology 12: 9).

A pesquisadora chefe Martina Bradic afirmou: “Quaisquer que tenham sido as vantagens da condição invisual, elas podem explicar o porquê das populações distintas de o peixe da caverna A. mexicanus terem evoluído independentemente a mesma cegueira, um exemplo muito forte de convergência evolutiva” (Bradic, M. et al. 2012).

Os autores escreveram também que esses peixes “continuarão a ser uma fonte rica para o estudo da evolução adaptativa” (Bradic, M. et al. 2012). Obter o sistema de visão que os peixes possuem exige uma infusão enorme de informação, mas para tornar o peixe cego basta a perda de alguma informação.

Como é que a evolução pode ser uma explicação científica válida para essa observação, quando ela é tida como a causa de dois efeitos totalmente opostos? Como é possível que ambos os fenômenos (aquisição de informação e perda de informação) possam ter precisamente a mesma causa natural?

O estudo do peixe cego das cavernas pode, sem sombra de dúvidas, fornecer algum tipo de luz a respeito da genética das variações e o potencial do peixe para se adaptar e sobreviver nos mais variados ecossistemas. No entanto, como se supõe que o “processo evolutivo” gere novas características ou desenvolva nova e útil informação genética, a mera perda de capacidades e a variação de informação já existente nunca deveriam ser classificadas como “evolução”.

Os evolucionistas não podem de maneira nenhuma esperar que sua religião seja aceita como “ciência”, quando ela não pode ser falsificada pelas observações científicas. Uma teoria (e não disciplina científica) que acomoda duas conclusões mutuamente exclusivas não é ciência.