segunda-feira, junho 25, 2012

Música de Darwin prova o design inteligente

Pense em uma pintura que começou com algumas manchas de tinta e, espontaneamente, evoluiu até virar uma obra de arte. Troque as tintas por ruídos e você verá o que um grupo de pesquisadores da Imperial College London (Reino Unido) conseguiu criar: música evolutiva. Eles desenvolveram um programa (batizado de DarwinTunes) capaz de gerar e combinar ruídos. No início, havia duas faixas com notas e barulhos aleatórios. O programa as combinou, gerou mais duas, que geraram outras... Pouco tempo depois, eles compilaram centenas de faixas, que foram avaliadas por um grupo de voluntários. As mais apreciadas sobreviveram e as consideradas desagradáveis foram eliminadas. O programa combinou as faixas sobreviventes e, com o tempo, surgiram faixas cada vez mais agradáveis.

Lá pela 3.000ª geração, uma surpresa: “Começaram a surgir sons de bateria e baixo, espontaneamente. Não tínhamos incluído isso no algoritmo [a base do programa]”, disse o pesquisador Bob MacCallum à BBC. A explicação é que esses sons são apreciados por boa parte dos avaliadores, e o programa combinou ruídos para se aproximar do que eles consideravam bom.

“Nós acreditamos que a música evolui em um processo fundamentalmente darwiniano”, contou o professor Armand Leroi, membro da equipe, em entrevista à BBC. Embora não tenha havido a intervenção de músicos ou compositores, vale lembrar não foi um processo livre da ação humana: o grupo de voluntários influenciou o processo. “Forças de mercado – a escolha dos consumidores – são uma força criativa mais importante do que se imagina”, apontou.

Considerando o que faz sucesso atualmente, há quem duvide da sanidade do grande público. Seja como for, a evolução continua.


Nota: A comparação inicial é totalmente descabida e serve para induzir o leitor a acreditar no processo macroevolutivo (pra variar), que, segundo creem os darwinistas, seria capaz de originar padrões lógicos e funcionais a partir do nada. No caso da pintura, não mencionam o pintor e, ainda assim, partem de algo que já existe: tintas e tela. No caso das músicas, valem-se de inteligência e tecnologia – os programadores e os computadores. Isso jamais poderia provar que vida e matéria se originariam a partir do nada. Muito pelo contrário: prova exatamente o oposto disso, o design inteligente. Note que o programa (desenvolvido com uma finalidade) é que organiza e combina os ruídos (também já existentes) e que os pesquisadores admitem que “não foi um processo livre da ação humana”. Que tipo de “música darwinista” é essa, então? Diga-se de passagem, gostei do último parágrafo: realmente, quando ouço certas músicas na rua (coisas como “tchu” e “tcha” ou “ai se eu te pego”, duvido mesmo que a humanidade esteja evoluindo. Estamos é em franca decadência biológica, moral e cultural. Precisamos urgentemente de uma “intervenção”![MB]