sexta-feira, junho 15, 2012

ONU alerta para saldo das catástrofes desde a Eco-92

Num balanço que coincide com o início, nesta semana, da primeira fase da Rio+20, o Departamento das Nações Unidas para a Prevenção do Risco de Desastres estima que as catástrofes afetaram 4,4 mil milhões de pessoas e custaram algo em torno de 1,6 bilhão de euros – ou 25 vezes o montante anual de ajuda internacional ao desenvolvimento. “Espero que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável [Rio+20] leve em conta os prejuízos que o planeta tem sofrido nos 20 anos desde a última dessas conferências”, referiu a representante especial da ONU para a redução dos desastres, Margareta Wahlström, num comunicado. Segundo o balanço da ONU, embora a maioria das mortes por catástrofes esteja relacionada com sismos, são as cheias, secas e tempestades que afetam mais pessoas.

Margareta Wahlström afirma que tem havido uma “crescente exposição a eventos extremos, alimentados pela rápida urbanização, pobreza, degradação ambiental, alterações climáticas e ausência de bom governo”. Todos esses temas estão na agenda da Rio+20 – um evento intergovernamental e também da sociedade civil, e que irá reunir mais de uma centena de chefes de Estado e de governo entre 20 e 22 de junho.

Alguns líderes das maiores economias mundiais não estarão presentes, como Barack Obama, Angela Merkel e David Cameron. O presidente russo, Vladimir Putin, que tinha confirmado presença, cancelou também sua participação, segundo o diário brasileiro Folha de S. Paulo. A Rússia será representada pelo primeiro-ministro Dmitri Medvedev. O ex-presidente brasileiro Lula da Silva adiou por alguns dias sua participação, por questões de saúde.

(Publico)